18 results on '"Andrade, Marta Mega de"'
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2. Palavra de Mulher: sobre a “voz das mulheres” e a história grega antiga
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Andrade, Marta Mega de, primary
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- 2020
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3. Tempo, história e subjetividade em uma abordagem 'atópica' das teses de Walter Benjamin em seu ensaio Sobre o conceito de história
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Andrade, Marta Mega de
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Walter Benjamin ,Tiempo ,Subjetividade ,Subjetividad ,Subjectivity ,Time ,Tempo - Abstract
This article seeks to reflect upon the problems of time and subjectivity in the production of historical knowledge. Its approach is deeply inspired by the thinking of Giorgio Agamben and begins by citing the relationship between history and poetry in the 1451 (a, b) section of Aristotle’s Poetics. The passage aims at establishing a difference between history and poetry, which is discussed here with reference to three mythical dimensions of Greek temporality — Aiôn, Chrónos, Kairós — with the objective of characterizing sketches of a conception of time that is different from ours and to which the image of the “body of time” is here proposed. The dialogue that follows with the theses on Walter Benjamin’s On the concept of History brings closer the problem of the body of time to the question of action and historical subjectivity, questioning the possibility of conceiving an image of time most appropriate to the constituent action of the historical subject and its relationship with the possible. Neste artigo, busca-se refletir acerca dos problemas do tempo e da subjetividade na produção de conhecimento histórico. A abordagem escolhida é profundamente inspirada no pensamento de Giorgio Agamben e parte da citação da relação entre história e poesia no trecho 1451 (a, b) da Poética de Aristóteles. O trecho procura estabelecer uma diferença entre história e poesia, que é discutida aqui com referência a três dimensões míticas da temporalidade grega — aiôn, chrónos, kairós — com o objetivo de caracterizar esboços de uma concepção de tempo diferente da nossa e para a qual se propõe aqui a imagem do “corpo do tempo”. O diálogo que se segue com as teses incluídas em Sobre o conceito de história, de Walter Benjamin, aproxima a problemática do corpo do tempo à questão da ação e da subjetividade histórica, indagando sobre a possibilidade de conceber uma imagem do tempo mais adequada à ação constituinte do sujeito histórico e a sua relação com o possível.
- Published
- 2019
4. Nós e os Outros
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Andrade, Marta Mega de, primary
- Published
- 2018
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5. Pólis: comunidade, política e a vida em comum numa leitura da Política de Aristóteles
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Andrade, Marta Mega de and Andrade, Marta Mega de
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Considero neste artigo um contexto ateniense para a primeira teoria política grega entre o final do V e meados do IV século, discutindo que tipo de “filosofia” sobre as práticas dos cidadãos precedem a teoria e como se desdobra, então, a chamada “teoria” na Política, de Aristóteles. Esse contexto, tanto no âmbito das escolas filosóficas quanto na produção escrita da Atenas clássica, deve nos auxiliar – dentro das limitações desse artigo dedicado a uma leitura histórica da Política, de Aristóteles – a explorar e contribuir para uma concepção da pólis como comunidade política, na medida que considero a noção de comunidade política calcada em Aristóteles muito diferente da nossa noção de estado ou de cidade-estado, como espero poder demonstrar. Em terceiro lugar, gostaria de apontar algumas implicações da abertura da noção de vida comum (koinós), o que significa sua distinção das amarras com as quais costumamos prendê-la à polis ao identificar o "público" (pólis) com o koinos (interesse comum) e o "privado" (oikos) com o idios (interesse particular). Indico desde já que considero essas implicações como um subproduto dos argumentos do autor da Política, e não sua tarefa consciente ou principal. E espero poder demonstrar que a importância do koinos para a compreensão da polis coloca-nos em presença de mais agentes no espaço político do que simplesmente o grupo de cidadãos que “governa”, ou seja, que “pratica a pólis”.
- Published
- 2015
6. Pólis: comunidade, política e a vida em comum numa leitura da Política de Aristóteles
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Andrade, Marta Mega de, primary
- Published
- 2015
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7. Mito e gênero: Pandora e Eva em perspectiva histórica comparada
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Silva, Andréia Cristina Lopes Frazão da and Andrade, Marta Mega de
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Gender Studies ,Ancient Greece ,Portugal Medieval ,Eva ,Medieval Portugal ,Estudos de Gênero ,Pandora ,Grécia Antiga - Abstract
Neste artigo, discutimos as potencialidades teórico-metodológicas dos estudos de gênero na perspectiva da História Comparada. A partir da análise de enunciações dos mitos de Pandora e Eva, focalizamos uma problemática do gênero associada à tematização do corpo e do casamento na Atenas Clássica (apropriações das narrativas do mito de Pandora por Hesíodo) e no Reino de Portugal em fins do medievo, analisando como a diferença é significada, questionada e legitimada nestes dois contextos históricos distintos. In this article, we discuss theoretical and methodological potentials of gender studies in Comparative History. By analyzing enunciations of Pandora's (Hesiod's Theogony and Works and Days) and Eva's (version of the medieval Portuguese Bible) myths, we focus on gender issues associated to body and marriage in ancient Greece (classical Athens) and in the kingdom of Portugal at the end of Middle Ages. Our interest lies on how difference is signified, questioned and legitimated in relation to these two distinct historical contexts.
- Published
- 2009
8. Politics and visibility: women eulogy in Athenian funerary contexts (5th - 4th BC.)
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Andrade, Marta Mega de, primary
- Published
- 2014
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9. Prática do espaço, experiência do corpo: sennett e a cidade
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Andrade, Marta Mega de
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História do corpo ,History of the body ,História Urbana ,Body and space ,Corpo e espaço ,Urban History - Abstract
This essay focuses on Richard Sennett's Flesh and stone. The body and the cify in Western dvilization. It stresses some of lhe central questions in Sennett's baok: the relationship between a global history and a local perspective; .uses" or .ways of doing" as ways of producing. Although not Sennett's main concern, implications of these questions in lhe field of material culture studies are investigated, especially the possibility of a discursive paradigm in the analysis of spatial practices and bodily experiences. Este ensaio tem por eixo a obra de Richard Sennett, Flesh and stone. The body and the cify in Western civilization. Salienta algumas questões centrais na obra de Sennett: a relação entre a história globol e a perspectiva local; os usos ou "formas de fazer como formas de produzir". Embora não seja preocupação central de Sennett, são investigadas implicações destas questões no campo dos estudos da cultura material, especialmente a possibilidade de um paradigma discursivo na análise espacial das práticas corporais.
- Published
- 1996
10. O espaço funerário: comemorações privadas e exposição pública das mulheres em Atenas (séculos VI-IV a.C.)
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Andrade, Marta Mega de, primary
- Published
- 2011
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11. Electra e Orestes: reconhecimento e espaço na tragédia grega
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Andrade, Marta Mega de, primary
- Published
- 2010
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12. O elogio das mulheres em contextos funerários da Atenas Clássica: estudo de caso do táphos de Mélita
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Andrade, Marta Mega de, primary
- Published
- 2010
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13. A vida comum: espaço e cotidiano nas representações urbanas da Atenas clássica
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Andrade, Marta Mega de, primary
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14. Mito e gênero: Pandora e Eva em perspectiva histórica comparada
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Silva, Andréia Cristina Lopes Frazão da, primary and Andrade, Marta Mega de, additional
- Published
- 2009
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15. The body on the stage: female tragic in the Athenian space (5 th BC)
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Araújo, Lucicleide da Silva, Vasques, Márcia Severina, Andrade, Marta Mega de, and Baptista, Lyvia Vasconcelos
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Espaço feminino ,Teatro Grego Antigo ,CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA [CNPQ] ,Tragédia Grega ,Corpo feminino - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Neste trabalho, analiso o corpo feminino no contexto do teatro grego antigo a partir de personagens e contextos das peças produzidas na pólis grega no século V a.C. O discurso sobre o corpo feminino é acessado na poiesis trágica de Eurípides (Εὐριπίδης - c. 480 a.C.- 406 a.C.) em peças do gênero trágico apresentadas nas Dionisíacas Urbanas no espaço ateniense entre 431 e 414 a.C.: Medeia (Μήδεια), Hécuba (Ἑκάβη) e Electra (Ἠλέκτρα). Busco compreender como o poeta ateniense constrói os espaços de atuação relacionados ao feminino e a expressão do corpo dessas heroínas trágicas. Intento perceber como os corpos dessas personagens femininas são observados, ouvidos, expressados e narrados no logos trágico do poeta ateniense. Para historicização do corpo feminino, e das expressões do feminino na poética euripidiana, priorizo elementos que auxiliam na decodificação e percepção das vozes e presença das mulheres na narrativa trágica: as lamentações (θρῆνος, thrênos), silêncios (σιωπής, siopis), transgressão (ὕϐρις, hýbris) e movimentos (κίνησις/ kinesis). A percepção dessa experiência mítica do feminino, e do corpo feminino, é acessada a partir do conceito de Espaço Feminino (Female Space), de Aspasia Skouroumouni Stavrinou (2010). A experiência de corpo que é atrelado ao feminino nestes espaços, as formas de subjetividade que produzem este corpo, que cria (m) essas identidades sobre este corpo, enquanto experiências subjetivas, entendo que perpassam pela linguagem. Meu propósito é observar como este corpo feminino é apresentado nestes discursos no que diz respeito aos espaços de atuação dessas mulheres e o modo como são narrados seus corpos, gestos e ações na poética trágica. In this work I analyze the female body in the context of ancient Greek theater from the characters and contexts of the plays produced in the Greek polis in the 5th century BC. The discourse on the female body is accessed in Euripides' tragic poiesis (Εὐριπίδης - c. 480 - 406 BC) in tragic plays presented in The City Dionysia in the Athenian space between 431 and 414 BC: Medea (Μήδεια), Hecuba (Ἑκάβη) and Electra (Ἠλέκτρα). I seek to understand how the Athenian poet builds the spaces related to the female and the expression of the body of these tragic heroines. I intend to understand how the bodies of these female characters are observed, heard, expressed and narrated in the tragic logos of the Athenian poet. To historicize the female body and the expressions of the female in Euripidian poetics, I prioritize elements that aid in the decoding and perception of women's voices and presence in the tragic narrative: the lamentations (θρῆνος, thrênos), silences (σιωπής, siopis), transgression (ὕϐρις, hýbris) and motions (κίνησις / kinesis). The perception of this mythical female experience and the female body is accessed from the concept of Aspasia Skouroumouni Stavrinou's Female Space (2010). The body experience that is linked to the female in these spaces, the forms of subjectivity that produce this body, which creates these identities about this body, as subjective experiences, I understand that permeate the language. My purpose is to observe how this female body is presented in these discourses regarding the spaces of action of these women and the ways in which their bodies, gestures, actions in tragic poetics are narrated.
- Published
- 2019
16. The musical chorus as antropological place in the political community of Athens in the instauration process of isonomy in Cleisthenes at the end of the sixth century BCE
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Araujo, Felipe Nascimento de, Candido, Maria Regina, Gonçalves, Marcia de Almeida, and Andrade, Marta Mega de
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Ceramics ,Performance ,Choral ,Athens ,Cerâmicas ,Política ,Memory ,Vasos ,Cultural ,Isonomia ,Memória ,Vases ,Theater ,Society ,CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA [CNPQ] ,Theatre ,Clístenes ,Antropologia ,Ancient Greece ,Teatro ,Sociedade ,Theatrical ,Lugar antropológico ,Musical chorus ,Atenas ,Período arcaico ,Politics ,Cleisthenes ,Grécia Antiga ,Isonomy ,Anthropological place ,Teatral ,Anthropology ,Sixth century BCE ,Coro musical ,Coral ,Material culture ,Archaic period ,Cultura material ,Sexto século a.C - Abstract
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-06T23:53:48Z No. of bitstreams: 1 Felipe Nascimento de Araujo.pdf: 4923194 bytes, checksum: 0cd0fb8f237bb8270983cfff3f2a3e79 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-06T23:53:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Felipe Nascimento de Araujo.pdf: 4923194 bytes, checksum: 0cd0fb8f237bb8270983cfff3f2a3e79 (MD5) Previous issue date: 2018-04-06 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro This present dissertation intends to address the Greek musical chorus as one of the aspects in the political and social creation of the Athenian citizen, which represents an element of social and political integration in the polis in the end of the VI century BC. The expression musical chorus is used to denominate the choral performances of the ancient Hellenes that consisted in an intrinsic union between the singing and the dancing, what build an artistic form from a link of integrated movements up to the singing word, being both inseparable. The selected theoretical instrument is founded in the concept of anthropological place of Marc Augé, whose definition corresponds to a concrete and symbolic construction of the space that occurs a group of collective and individual practices. In this order, the musical chorus corresponds to a social construction, representing the bond that its members have with the identity that is built for them by the present collectivity in the Athenian political community. From this perspective, we materialize the musical chorus as an anthropological place in the material culture of the Attics ceramics, which the symbolic representation of citizens appeared in the iconography of the vases let us identify elements that relate them to the political community of the archaic polis. Pursuant to this, it is important to highlight that our analyses documentation consists in a group of ceramics dated in the end of the VIº century that represents the musical chorus as an anthropological place. Through this theoretical approach, this present work hypothetizes that the musical chorus was formed mainly by members from the aristocratic elite, due to the fact that this social segment has a prominent relevance in the political context of the instauration process of isonomy. Another hypothesis defended in this dissertation refers to the existence of a relation between the musical chorus and the hoplite phalanx, in which the participation of the citizens in chorus of the public festivals worked as a complementary activity to the formation of the soldier peasant citizen that integrated the political community of the Athenian political community. Esta dissertação busca abordar o coro musical grego como um dos aspectos presentes na formação política do cidadão ateniense, constituindo um elemento de integração social e histórica no contexto da pólis do final do século VI a.C. O termo coro musical é utilizado para denominar as performances corais dos antigos helenos que consistiam em uma união intrínseca entre o canto e a dança, construindo uma forma de arte a partir da junção de movimentos integrados à palavra cantada, sendo ambos indissociáveis. O instrumental teórico selecionado se fundamenta no conceito de lugar antropológico de Marc Augé, cuja definição corresponde a uma construção concreta e simbólica do espaço em que ocorre um conjunto de práticas coletivas e individuais. Sendo assim, os coros musicais correspondem a uma construção social, representando o vínculo que seus integrantes possuem com a identidade que lhes é construída pelas coletividades presentes na comunidade política dos atenienses. A partir dessa perspectiva, o coro musical como lugar antropológico se materializa na cultura material das cerâmicas áticas, na qual as representações simbólicas dos cidadãos presentes nas pinturas dos vasos nos permite identificar elementos que os relacionam com a comunidade política da pólis arcaica. Desse modo, é importante destacar que a principal categoria de documentação utilizada nesta dissertação consiste em um conjunto de cerâmicas datadas do final do século VI que representam o coro musical como lugar antropológico. Através desta abordagem teórica, este trabalho formula a hipótese que o coro musical era formado majoritariamente por membros pertencentes à elite aristocrática, devido ao fato deste estrato social possuir destacada relevância no contexto político do processo de instauração da isonomia. Outra hipótese defendida nesta dissertação consiste na existência de uma relação entre o coro musical e falange hoplita, no qual a participação do cidadão nos coros dos festivais públicos funcionava como uma atividade complementar à formação do cidadão camponês soldado que integrava a comunidade política dos atenienses.
- Published
- 2018
17. The mith of Niobe: an icongraphic evidence
- Author
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Silva, Virginia Valim, Berbara, Maria Cristina Louro, Conduru, Roberto Luís Torres, and Andrade, Marta Mega de
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Pottery ,Cerâmica ,Niobe (Mitologia grega) na arte ,LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::FUNDAMENTOS E CRITICA DAS ARTES::HISTORIA DA ARTE [CNPQ] ,Sociedade grega ,Mitologia grega ,Greek mythology ,Mitologia grega na arte ,Cerâmica grega ,Greek society ,Mulheres na arte - Abstract
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-05T17:01:05Z No. of bitstreams: 1 Virginia Valim Silva_dissertacao.pdf: 2799679 bytes, checksum: 64666a8cf2ab61f1b56fb730b3ccef31 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-05T17:01:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Virginia Valim Silva_dissertacao.pdf: 2799679 bytes, checksum: 64666a8cf2ab61f1b56fb730b3ccef31 (MD5) Previous issue date: 2015-03-18 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The current research, based on the iconographic evidence of the myth of Niobe found in the Greek s ceramics universe, aims to leverage the meaningful context of the images from two distinct regions: the Greece Balkan Peninsula and Western Greece, in which representations are recognized differently, each of them focused on an isolated point in the narrative. The work seeks out to raise questions about art as a reflection of cultural and social values set out in the two regions, therefore demonstrating the complexity of the myth and its peculiarities A presente pesquisa, baseada nas evidências iconográficas do mito de Niobe encontradas nas cerâmicas do universo grego, busca levantar os contextos de significação das imagens em duas regiões distintas: a Grécia balcânica e a Grécia ocidental, uma vez que é observada uma diferença na representação, focada, cada qual, em um momento pontual da narrativa. O trabalho procura levantar questões acerca da arte como um reflexo de valores culturais e sociais estabelecidos nas duas regiões, demonstrando assim, com a complexidade do mito, suas particularidades
- Published
- 2015
18. Night wander : the mortal immortal Self in Aelius Aristides' Hieroì Lógoi
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Lolita Guimarães Guerra, Chevitarese, Andre Leonardo, Funari, Pedro Paulo Abreu, Carlan, Claudio Umpierre, Andrade, Marta Mega de, Costa, Alexandre da Silva, Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, and UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
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Mortalidade ,Immortality ,Sonhos - História ,Dreams - History ,Imortalidade ,Mortality ,Autobiografia ,Autobiography ,Aristides, Aelius, 117-181. Hieroì Lógoi - Abstract
Orientador: André Leonardo Chevitarese Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Resumo: Os Hieroì Lógoi de Élio Aristides, compostos ca. 170 da Era Comum, constituem uma narrativa autobiográfica dedicada a Asclépio, cujo santuário, em Pérgamo, foi frequentado pelo autor ao longo de sua vida. Este, ao voltar-se em direção ao deus em busca de suas famosas curas praticadas por meio de sonhos, é transformado em meio a uma relação de favorecimento e intimidade com Asclépio que, em última instância, identifica-o a ele. Essa identificação, dada a ver no corpo de Aristides e por ele sentida é atravessada por valores paradoxais e inapreensíveis do ponto de vista de uma elaboração sistemática. Ela é entendida, assim, como uma iniciação mistérica, a qual dialoga com a cultura material de Asclepeia como os santuários de Pérgamo e o de Epidauro. Nesses espaços circulam sentidos e práticas cuja dinâmica resulta, não apenas, na produção da própria materialidade, como dos indivíduos que, no ocupar-se dela, são também constituídos. Esta relação circular com o mundo material ultrapassa o contexto dos santuários e deve ser também observada no próprio texto dos Hieroì Lógoi como produto humano e, ao mesmo tempo, produtor do humano. A escrita autobiográfica oferece-se, assim, como locus privilegiado para a reflexão sobre os modos de produção e existência do Eu enquanto ser no mundo. Ao mesmo tempo, na medida em que esta autobiografia é composta por meio de discursos nos quais se combinam elementos sobrenaturais e de transformação do si mesmo em algo para além do humano, ela deve ser pensada como parte de um antigo ocupar-se do Eu em ambiente greco-romano. Esta forma de tratar o Eu, tomá-lo e ocupar-se dele, prescinde da elaboração sistemática de um saber teórico e, simultaneamente, fundamenta toda reflexão desenvolvida em torno do problema do si mesmo a partir da perspectiva da primeira pessoa. A identificação de Aristides a Asclépio dialoga com temas caros a esses questionamentos: a unidade, a continuidade e a impermeabilidade do Eu, muitas vezes contestadas por ideias de multiplicidade, fragmentação e abertura. Essas reflexões frequentemente lançam hipóteses sobre a autonomia do indivíduo e sua vulnerabilidade perante os imortais. Na medida em que a identificação de Aristides a Asclépio se dá, em grande parte, por meio da visualidade e dos encontros face a face, sinaliza-se a necessidade de questionar a mortalidade e a imortalidade como pares antitéticos tributários de noções de alteridade próprias da dicotomia sujeito / objeto. Assim, a partir do discurso paradoxal de Aristides sobre suas experiências, o qual reatualiza antigas perspectivas sobre os limites entre deuses e homens como flexíveis, contestáveis e, até mesmo, apenas virtualmente existentes, defendemos uma abordagem da mortalidade e da imortalidade como pares incomensuráveis os quais, nos Hieroì Lógoi, constituem o Eu. Essa abordagem nos permite pensar mortalidade imortalidade como expressão particular de uma dimensão de trato, tomada e ocupação do Eu anterior, não-tributária e não-fundadora de um saber sistematizado das relações de alteridade. Os Hieroì Lógoi apresentam-se, portanto, como materialidade narrativa das possibilidades-Eu emergidas no sonho e na devoção de um homem do segundo século de nossa Era Abstract: The Hieroì Lógoi of Aelius Aristides, composed ca. 170 C.E., constitute an autobiographical narrative dedicated to Asclepius, whose sanctuary, in Pergamon, the author visited many times throughout his life. As he turns to the god in search of his famous dream cures, Aristides is transformed through a favoritism and intimacy relationship with Asclepius which ultimately identifies them. This identification, bodily seen and felt by Aristides, is permeated by paradoxical and inapprehensible values from the perspective of systematic elaboration. Therefore, it is understood as an initiation into a mystery which is in close relation to the Asclepieia¿s material culture, as in Pergamon and Epidauros. In these spaces there are available meanings and practices in circulation whose dynamics result not only in the production of materiality but, also, in the fashioning of individuals who, as they deal with it, are constituted by it. This circular relation with the material world trespasses the sanctuaries¿ context and may be also observed in the Hieroì Lógoi text itself as a human product and, at the same time, it's producer. Autobiography is offered, therefore, as a privileged locus for the reflection on the modes of existence and fashioning of the Self as being in the world. At the same time, as this autobiography is composed by discourses which combine supernatural features and elements which transform the Self into something beyond human, it must be approached as part of the ancient self-occupation in the Greco-Roman world. This taking and occupation of the Self dispenses the systematic elaboration of a theoretical knowledge and simultaneously grounds all reflection on the problem of the Self from the first-person perspective. Aristides¿ identification with Asclepius engages in important themes to these inquiries: unity, continuity and the Self¿s impermeability, often contested by ideas of plurality, fragmentation and openness. These reflections frequently construct hypothesis regarding individual agency and autonomy, on the one hand, and vulnerability towards the gods, on the other. As Aristides¿ identification with Asclepius occurs, mostly, trough face-to-face visuality, comes to light the necessity to question mortality and immortality as antithetical pairs dependent on notions about otherness peculiar to the subject / object dichotomy. Therefore, from Aristides¿ paradoxical discourse on his experiences, which reactualizes ancient perspectives on the limits between gods and men as flexible, contested and even virtually absent, we assert an approach towards mortality and immortality as incommensurable pairs which constitute the Self in the Hieroì Lógoi. This approach allows us to consider mortality immortality as a particular expression of treatment, taking and occupancy of the Self which is prior, independent and non-constituent of systematized and discursively built alterity. The Hieroì Lógoi present themselves, therefore, as the narrative materiality of Self-possibilities arisen in this second-century man's dream and devotion Doutorado História Cultural Doutora em História
- Published
- 2014
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