Submitted by Jeferson Carlos da Veiga Rodrigues (jveigar@unisinos.br) on 2022-10-20T18:37:04Z No. of bitstreams: 1 Tiago Domingues_.pdf: 4493634 bytes, checksum: ef944234aac30958f99d48f6bb93aa26 (MD5) Made available in DSpace on 2022-10-20T18:37:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tiago Domingues_.pdf: 4493634 bytes, checksum: ef944234aac30958f99d48f6bb93aa26 (MD5) Previous issue date: 2022-06-29 Nenhuma Objetivos: Avaliar a prevalência de medicamentos psicoativos (psicoestimulantes, ansiolíticos e antidepressivos) e os seus fatores associados em uma amostra de acadêmicos da área da saúde de uma universidade do Centro-Oeste brasileiro. Metodologia: eEstudo transversal de base escolar (universitária), com uma amostra censitária de 2.295 universitários da área da saúde (Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia, Educação Física, Odontologia e Medicina), de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos, participantes de um projeto maior de pesquisa cujo objetivo foi avaliar as condições de saúde e fatores associados nessa população no ano de 2018. Os dados foram coletados em outubro de 2018 por uma equipe de pesquisa treinada, utilizando um questionário padronizado, pré-testado e autoaplicável, composto por perguntas fechadas e abertas que foram aplicados durante o período das aulas. Os dados foram referidos pelos participantes, incluindo variáveis demográficas, socioeconômicas, acadêmicas, comportamentais e saúde. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNISINOS e da UniRV e todos os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A tese foi dividida em dois estudos: no primeiro estudo, intitulado “Prevalência e fatores associados ao uso de medicamentos psicoestimulantes entre acadêmicos de uma universidade do Centro-Oeste brasileiro”, se objetivou estimar a prevalência do uso de medicamentos psicoestimulantes na vida, anterior e posterior ao ingresso na universidade e os fatores associados entre universitários do Centro-Oeste brasileiro. O segundo estudo, denominado “Uso de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos entre acadêmicos da área da saúde: prevalência e fatores relacionados ao ingresso na universidade” se objetivou caracterizar o uso de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos entre estudantes universitários da área da saúde e analisar as características sociodemográficas, acadêmicas, comportamentais e de saúde associadas ao uso na vida e posterior ao ingresso na universidade. Ambos os estudos foram estratificados por sexo e utilizadas análises de regressão multivariável por Regressão de Poisson com o uso dos medicamentos (psicoestimulantes, ansiolíticos e antidepressivos) na vida e posterior ao ingresso na universidade como variáveis dependentes. Cada variável foi ajustada às outras no mesmo nível ou mais distal com base em um modelo conceitual de causalidade. Resultados: no primeiro estudo observou-se uma prevalência de uso de medicamentos psicoestimulantes na vida e após o ingresso na universidade foram 38,1% (IC 95% 34,5 – 41,7) e 43,8% (IC95% 37,4 a 50,2) no sexo masculino, e 29,5% (IC 95% :27,2 – 31,7) e 48,2% (IC 95% 43,5 a 52,9) no sexo feminino, respectivamente. Após ajustes, maior probabilidade de uso na vida ocorreu para universitários cursando medicina, com maior idade de ingresso na universidade, que já consumiram drogas ilícitas na vida e que referiram diagnóstico médico de depressão. Para o sexo masculino, maior classe econômica, o tabagismo aumentou em 30% a probabilidade de uso. Entre as mulheres, não morar com a família, ter consultado um médico e reprovação acadêmica foram também determinantes do uso. Já no segundo estudo, maiores prevalências de uso na vida para os medicamentos investigados foram verificadas entre as acadêmicas (ansiolíticos 33,4% vs 20,5%; antidepressivos 28,1% vs 17,6%). Quase metade dos universitários que referiram uso na vida iniciaram o uso após o ingresso na universidade (ansiolíticos 43,6%, antidepressivos 49,0%). Após ajuste para fatores de confusão, maiores probabilidades de uso foram verificadas para participantes com diagnóstico de ansiedade e depressão. Ingresso tardio na universidade aumentou a probabilidade de uso de ansiolíticos na vida. A probabilidade de uso de antidepressivos aumentou com a idade, e para graduandos da medicina e tabagistas. Para o desfecho, o uso posterior à universidade observou-se associação linear direta com tempo de curso e inversa com idade de ingresso. Conclusões: verificou-se uma elevada prevalência de uso de psicofármacos em estudantes universitários do Centro-Oeste brasileiro. No primeiro estudo, observou-se maior proporção de uso para o sexo masculino e com início anterior e próximo ao ingresso na universidade. O início da vida acadêmica demonstrou ser fator determinante para o uso nessa população, principalmente para o uso indevido. Já o segundo estudo observou que entre os universitários que ingressam na universidade com uma idade menor foi observada uma menor probabilidade de uso de ansiolíticos e antidepressivos na vida, mas estes apresentam uma probabilidade maior de vir a usar esses medicamentos após o ingresso na universidade. Objectives: to evaluate the prevalence of psychoactive drugs (psychostimulants, anxiolytics and antidepressants) and their associated factors in a sample of academics in the health area of a university in the Brazilian Midwest. Methodology: school-based cross-sectional study (university), with a census sample of 2,295 university students in the health area (Nursing, Physiotherapy, Pharmacy, Physical Education, Dentistry and Medicine), of both sexes, aged 18 years or older, participants in a larger research project whose objective was to assess health conditions and associated factors in this population in 2018. Data were collected in October 2018 by a trained research team, using a standardized, pre-tested and self-administered questionnaire, composed of closed and open questions that were applied during the class period. Data were reported by participants, including demographic, socioeconomic, academic, behavioral and health variables. The study was approved by the Research Ethics Committee (CEP) of UNISINOS and UniRV and all participants signed an informed consent form (FICT). The thesis was divided into two studies: The first study entitled “Prevalence and factors associated with the use of psychostimulant drugs among academics from a university in the Brazilian Midwest” aimed to estimate the prevalence of the use of psychostimulant drugs in life, before and after the university admission and associated factors among university students in the Brazilian Midwest. The second study, called “Use of anxiolytics and antidepressants among academics in the health area: prevalence and factors related to university admission” aimed to characterize the use of anxiolytics and antidepressants among university students in the health area and to analyze the sociodemographic characteristics, academic, behavioral and health associated with use in life and after entering university. Both studies were stratified by sex and used multivariable regression analysis by Poisson regression with the use of medications (psychostimulants, anxiolytics and antidepressants) in life and after university entrance as dependent variables. Each variable was adjusted to the others at the same or more distal level based on a conceptual model of causality. Results: in the first study, a prevalence of use of psychostimulant drugs in life was observed, and after entering university they were 38.1% (95%CI: 34.5 - 41.7) and 43.8% (95%CI: 37, 4 to 50.2) in males and 29.5% (95%CI: 27.2 – 31.7) and 48.2% (CI 95% 43.5 to 52.9) in females, respectively. After adjustments, a higher probability of lifetime use occurred for university students studying medicine, with higher age at university entrance, who had already consumed illicit drugs in life and who reported a medical diagnosis of depression. For males, higher economic class and smoking increased the probability of use by 30%. Among women, not living with the family, having consulted a doctor and academic failure were also determinants of the use. In the second study, higher prevalences of lifetime use for the drugs investigated were found among academics (anxiolytics 33.4% vs 20.5%; antidepressants 28.1% vs 17.6%). Almost half of the university students who reported using it in their lifetime started using it after entering university (anxiolytics 43.6%, antidepressants 49.0%). After adjusting for confounders, greater probabilities of use were found for participants diagnosed with anxiety and depression. Late university entry increased the likelihood of lifetime use of anxiolytics. The likelihood of antidepressant use increased with age, and for medical students and smokers. For the outcome of use after university, there was a direct linear association with duration of the course and an inverse association with age of entry. Conclusions: there was a high prevalence of psychotropic drug use among university students in the Brazilian Midwest. In the first study, a higher proportion of use was observed for males and with onset before and close to university entrance. The beginning of academic life proved to be a determining factor for use in this population, especially for misuse. The second study observed that, among university students who entered university at a younger age, a lower probability of using anxiolytics and antidepressants in life was observed, but they were more likely to use these drugs after entering university.