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The overall objective of this dissertation was to survey the practices of reading fiction made by "common educated readers", that means, people who are not characterized neither as teachers of literature, or as literary critics, but to stand as individuals who have experienced a process of education that embraces up to university level. To achieve this overall objective, it was necessary to seek the following specific objectives: conduct a bibliographical research on studies of reading practices, literacy and literacy literary; select individuals who were characterized as "common educated readers" and elaborate specific research tools that could allow access to objectified data. The development of this study was justified due to the little knowledge we have about the reading of "common educated readers" that passed the process of a literary school, relevant and influential formation for readers, but that may not be the only instance that influences the development of skills that individuals use to perform the required reading in their social contexts. This study is also justified on grounds of understanding the reading practices not only as the moment of reading itself, but all that is peripheral to it. Regarding methodological aspects, this research can be characterized as descriptive qualitative, because it goal is to appoint the reading practices for fiction from people chosen and considered as "common educated readers". This is a type of research that do not generalizes the practice, but raises possibilities for a better understanding of the universe of reading and the literary reader. The survey was conducted by three instruments: 1) Multiple choice questionnaire, 2) History of reading and 3) Open questionnaire. The data collected show that the reader is historically situated, therefore, has reading practices characteristic of his time. The "common educated readers" in their way of reading narrative fiction, is influenced by social practices of reading learned outside the school context and witch are aligned to the ideological model of literacy. O objetivo geral desta dissertação foi levantar as práticas de leitura de ficção realizadas por "leitores comuns escolarizados", a saber, sujeitos que não se caracterizam nem como professores de literatura, nem como críticos de literatura, situando-se como indivíduos que já passaram por um processo de escolarização que abarca até o nível universitário. Para atingir este objetivo geral, foi necessário buscar os seguintes objetivos específicos: realizar pesquisa bibliográfica relativa aos estudos sobre práticas de leitura, letramento e letramento literário; selecionar indivíduos que se caracterizaram como "leitores comuns escolarizados" e elaborar instrumentos de pesquisa específicos que pudessem permitir o acesso aos dados objetivados. O desenvolvimento deste estudo justificou-se em razão do pouco conhecimento que se tem sobre a leitura de "leitores comuns escolarizados", que passaram pelo processo de formação literária da escola, relevante e influenciador da formação dos leitores, mas que pode não se constituir na única instância que influencia no desenvolvimento das habilidades que os sujeitos utilizam para realizar a leitura exigida em seus contextos sociais. Tal estudo também se justifica em razão de compreender as práticas de leitura não só como o momento da leitura em si, mas tudo que é periférico a ela. Quanto aos aspectos metodológicos, esta pesquisa pode ser caracterizada como descritiva qualitativa, pois objetiva levantar as práticas de leitura de ficção dos sujeitos escolhidos e entendidos como "leitores comuns escolarizados". Trata-se de um tipo de pesquisa que não generaliza a prática, mas levanta possibilidades para uma melhor compreensão do universo da leitura e do leitor literário. A pesquisa foi realizada por meio de três instrumentos: 1) Questionário de múltipla escolha, 2) História de Leitura e 3) Questionário aberto. Os dados levantados mostram que o leitor está situado historicamente, por isso, possui práticas de leitura características do seu tempo. O leitor comum escolarizado é influenciado, em seu modo de ler narrativa de ficção, por práticas sociais de leitura apreendidas fora do contexto escolar e que se alinham ao modelo de letramento ideológico. 121 f

From a general perspective and by means of a diachronic view, this study comprehends the production of novels translated to Portuguese language and sold in newsstands, old-books shops and subscription systems; in such work, these exts are called "good girl novels" and "good guy novels". Its main objective is the textual comparison of both theoretical genres and in the verification of an ideal reader projected by these texts. The view, at the same time critical and theoretical, supposes not only the cultural and immediate social context being the basis of a critical work, but also its insertion in a major process, which implies the act of reading and the consumption of such novels. The structural and morphological course has resulted in broad assertions; thus, the need for theory as reference and support for the research has come into considerations based on the theory of the novel and on the cultural industry. From the theory of the novel, of Bakhtin and Luckács are used; about the cultural industry this work is based on Adorno and Garcia Canclini. From these theoretical crossings it was possible to recognize the corpus representativity as a guide of the analytical process, in the (in)variations and analysis deviations. For such reason this work has taken two paths: one of descriptive analysis and another of possible uses of the text. This course has allowed a series of questions towards two conceptions: the first being genealogic; the second, being marketguided. Thus, the research set out from the corpus to a process understanding which contextualize it historically, socially and culturally; that is, from the novel readings to their origin, the problem of the cultural industry and reader formation, aiming to articulate a reflection which would take origin, circuit and texts. Com uma perspectiva panorâmica e por meio de um recorte diacrônico, esse estudo compreende a produção de romances traduzidos para a língua portuguesa e à venda em bancas de jornal, sebos e sistema de assinatura; nesse trabalho, esses textos são nomeados romance de mocinha e romance de mocinho. O objetivo geral consiste na comparação textual dos dois gêneros romanesco e na verificação de um leitor ideal projetado por esses textos. O viés, ao mesmo tempo crítico e teórico, supõe ser fundamento do trabalho crítico não só o contexto cultural e social imediato de uma produção, mas também sua inscrição num processo maior, que implica o ato de leitura e o consumo de tais romances. O percurso estrutural e morfológico resultou em constatações abrangentes; assim, a necessidade da teoria como referência e suporte de pesquisa desembocou em considerações imbricadas na teoria do romance e na indústria cultural. Da teoria do romance faz-se uso de Bakhtin e Lukács; sobre a indústria cultural o trabalho respalda-se em Adorno e Garcia Canclini. Desses cruzamentos teóricos foi possível reconhecer, nas (in)variações e desvios da análise, a representatividade do corpus como norteador do processo analítico. Por essa razão, o trabalho seguiu em duas direções: a de uma análise descritiva e a de uma delimitação de possíveis usos do texto. Esse percurso permitiu uma série de questões em direção a duas concepções: a primeira, genealógica; a segunda, mercadológica. Dessa forma, a pesquisa partiu do corpus para uma compreensão de processos que o contextualizam histórico, social e culturalmente; ou seja, da leitura dos romances, para a sua origem, a problemática da indústria cultural e a da formação do leitor, com a proposta de articular uma reflexão que abarcasse origem, circuitos e textos. 288 f