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Aventa-se a hipótese de que a substituição da mistura mineral por cloreto de sódio nos suplementos de baixo consumo não influencie o desempenho dos animais e a rentabilidade do sistema de produção. Objetivou-se avaliar o desempenho, a rentabilidade e as características de carcaça de bovinos em terminação, alimentados com suplementos contendo cloreto de sódio ou mistura mineral na composição. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e os animais foram distribuídos aleatoriamente em seis tratamentos, que consistiram no oferecimento de distintos suplementos: SC = pasto + cloreto de sódio; MM = pasto + mistura mineral; USC = pasto + ureia associada ao cloreto de sódio; UMM = pasto + ureia associada à mistura mineral; SMSC = pasto + suplemento múltiplo contendo cloreto de sódio; SMMM = pasto + suplemento múltiplo contendo mistura mineral. Suplementos múltiplos contendo mistura mineral na formulação proporcionam maior ganho em peso total e ganho médio em peso corporal, comparativamente aos tratamentos suplementos múltiplos contendo sal comum, ureia associada à mistura mineral e sal comum. O desempenho ponderal dos animais alimentados com os diferentes tipos de suplementos não resulta em rentabilidade dos tratamentos utilizados, com valores de índice benefício-custo próximos e negativos. No período pós-suplementação (período chuvoso), observa-se manifestação do crescimento compensatório apenas dos animais do tratamento USC em relação aos animais dos tratamentos UMM e SMSC. Os distintos suplementos utilizados no período seco do ano não implicam em efeito residual sobre as características de carcaça dos bovinos, abatidos após o período chuvoso subsequente à suplementação na seca.

O confinamento de bovinos tem sido uma técnica largamente utilizada no Brasil, uma vez que confere maiores produções por área comparado ao sistema a pasto, o que permite atender à crescente demanda por proteína animal. No entanto, normalmente, animais terminados em confinamento, são oriundos de um ambiente pastoril, logo, quando transferidos para o confinamento, podem ter o bem-estar comprometido. Esse comportamento leva à diminuição na produtividade animal, com impactos negativos no desempenho econômico do sistema. Dentre os principais fatores que comprometem o bem-estar animal nessa situação, destaca-se a transição de dietas, normalmente animais oriundos de dietas com predominância de forragem para uma dieta com maior composição de alimentos concentrados. Assim, um protocolo de adaptação deve ser efetivo para não comprometer o desempenho do animal durante o confinamento, o que acarretaria perdas econômicas consideráveis. Além disso, a indisponibilidade de espaço por baias, bem como a ausência de sombras estão entre as principais causas de comprometimento de bem-estar de animais em confinamentos. Dessa forma, torna-se imprescindível a discussão desses pontos, elencando os principais desafios que podem ser encontrados nessa fase.