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Sphenia fragilis is a bivalve mollusk belonging to the family Myidae, which has a habit of digging and living housed in free spaces, cavities and/or cracks left by other organisms (e.g., mussels and oysters). The species shows high morphological variation in the shape of the shell, however, this variation has not yet been studied based on morphometric data. The objective was to test the hypothesis of the existence of a stabilization of the shell shape of S. fragilis, through morphometric analysis of individuals collected on the Amazon coast. The external morphometric measurements of the shell were measured in 309 specimens, performing the morphometric characterization by means of linear regressions and the determination of the Shell Shape Stabilization Indicator (IEF). The results indicate that the species has a high morphometric correlation, however the IEF describes a high variability throughout its development. Such results refute the hypothesis of the existence of stabilization in the shape of the S. fragilis shell and, as a result, methodological adjustments are recommended in studies about the population dynamics of the species, mainly in the number of individuals analyzed. Sphenia fragilis es un molusco bivalvo perteneciente a la familia Myidae, que tiene la costumbre de excavar y vivir alojado en espacios libres, cavidades y/o grietas dejadas por otros organismos (por ejemplo, mejillones y ostras). La especie muestra una alta variación morfológica en la forma de la concha, sin embargo, esta variación aún no se ha estudiado en base a datos morfométricos. El objetivo fue probar la hipótesis de la existencia de una estabilización de la forma de la concha de S. fragilis, mediante el análisis morfométrico de individuos recolectados en la costa amazónica. Las medidas morfométricas externas de la concha se midieron en 309 especímenes, realizando la caracterización morfométrica mediante regresiones lineales y la determinación del Indicador de Estabilización de la Forma de la Concha (IEF). Los resultados indican que la especie tiene una alta correlación morfométrica, sin embargo el IEF describe una alta variabilidad a lo largo de su desarrollo. Dichos resultados refutan la hipótesis de la existencia de estabilización en la forma del caparazón de S. fragilis y, en consecuencia, se recomiendan ajustes metodológicos en los estudios sobre la dinámica poblacional de la especie, principalmente en el número de individuos analizados. Sphenia fragilis é um molusco bivalve pertencente a família Myidae, que possui hábito de escavar e viver alojado em espaços livres, cavidades e/ou fendas deixadas por outros organismos (e.g., mexilhões e ostras). A espécie apresenta elevada variação morfológica na forma da concha, no entanto, no entanto, ainda não foi estudado essa variação a partir de dados morfométricos. Objetivou-se testar a hipótese da existência de uma estabilização da forma da concha de S. fragilis, através de análises morfométricas de indivíduos coletados no litoral amazônico. As medidas morfométricas externas da concha foram mensuradas em 309 espécimes, realizando a caracterização morfométrica por meio de regressões lineares e a determinação do Indicador de Estabilização da Forma da concha (IEF). Os resultados indicam que a espécie apresenta elevada correlação morfométrica, porém o IEF descreve uma alta variabilidade ao longo de seu desenvolvimento. Tais resultados refutam a hipótese da existência de estabilização na forma da concha de S. fragilis e, por conta disso, recomenda-se ajustes metodológicos em estudos acerca da dinâmica populacional da espécie, principalmente na quantidade de indivíduos analisados.

Diplodon granosus (Bruguière, 1792) foi uma das primeiras espécies de bivalves de água doce descritas para a América do Sul. Recentemente, a distribuição de D. granosus foi restrita às bacias dos rios Amazonas e Orinoco, e aos rios costeiros entre essas duas bacias. O presente estudo tem por objetivo registrar uma nova ocorrência de D. granosus em uma praia do rio Tocantins, localizada no município de Mocajuba, estado do Pará, Amazônia Oriental. Com o presente registro, consolida-se a distribuição do bivalve D. granosus no rio Tocantins. Ressalta-se a necessidade de estudos voltados a dinâmica populacional da espécie utilizando uma metodologia que não afete seus indivíduos negativamente, visto que se trata de um Hyriidae com distribuição fragmentada e densidade baixa.Palavras chave: Mollusca, Hyriidae, bivalve de água doce, distribuição geográfica.

PASSOS, Águeda. A toga é uma indumentária que às vezes veste melhor as mulheres. Revista Entrevista, Fortaleza, n. 14, p. 75-95, mar. 2001. Entrevista concedida a Andréa Bezerra, Antônio Simões, Arizona Leite, Danielle Pinheiro, Débora Souto, Delane Silveira, Erivaldo Carvalho, Fernando George, Herik Ayslan, Janis Lyn, Jhon Clayton, José Valente, Livia Lara e Roberta Gregório. Interior do Ceará, década de 30. Uma querela qualquer desenrola-se na pequena cidade e, ao chegar na comarca da justiça local, atrai a atenção de boa parte dos moradores, desacostumados com processos judiciais num tempo em que os conflitos ainda se resolviam na base do gatilho dos coronéis. Uma menina, em especial, mostra-se curiosa quanto à novidade daquela movimentação toda. - Por que tem duas pessoas falando daquele homem ali? -quer saber. - Porque uma diz o que ele fez de errado e a outra defende - explicam-lhe. - E quem é aquele ali no meio, de preto? - Aquele é o juiz, que decide quem está certo e quem está errado nessa briga. - “Ah, esse juiz deve ser uma pessoa muito importante”, pensa a menina. Fortaleza, ano 2000. A desembargadora Águeda Passos prepara-se para deixar a presidência do Tribunal de Justiça do Ceará (quando da publicação desta revista Águeda Passos já ocupa o cargo de corregedora geral da Justiça no Ceará), após dois anos à frente de uma das instituições mais tradicionais do Estado. Na bagagem, o orgulho de ter contribuído para diminuir um pouco a letargia do Poder Judiciário através da implantação de sistemas informatizados. O orgulho eia garante - não se estende à primeira incursão de uma mulher no posto de autoridade máxima da justiça cearense. O que, aliás, pode ser provado pela espontaneidade simples e inesperada que aflora nas respostas às indagações e no tratamento dispensado aos interlocutores. [...]

GUILHERME NETO, João. Memórias de um rei que não colhe os louros de sua administração. Revista Entrevista, Fortaleza, n. 14, p. 50-74, mar. 2001. Entrevista concedida a Andréa Bezerra, Antônio Simões, Arizona Leite, Danielle Pinheiro, Débora Souto, Delane Silveira, Erivaldo Carvalho, Fernando George, Herik Ayslan, Janis Lyn, Jhon Clayton. José Valente, Lívia Lara e Roberta Gregório. As palavras saem da boca como se não precisassem de alguém para enunciá-las. Sagazes, narram acontecimentos de outrora como ocorridos na semana passada. Mas a época se acha bem mais distante. Remonta aos dourados anos do rádio brasileiro, quando “televisão” era um neologismo esquisito. Anos em que as vozes privilegiadas ganhavam destaque e faziam fama pelo país. Fama que uma vez coroou um cearense metido a besta, que chegou a se imaginar fazendo sucesso no Sudeste, até lhe colocarem no devido lugar e ele retornar às origens nordestinas. Onde - aí, sim - era rei. [...]

NORÕES, José Edilmar. O poder da simplicidade marca parte da história da comunicação no Ceará. Revista Entrevista, Fortaleza, n. 14, p. 32-49, mar. 2001. Entrevista concedida a Andréa Bezerra, Antônio Simões, Arizona Leite, Danielle Pinheiro, Débora Souto, Erivaldo Carvalho, Fernando George, Herik Ayslan, Janis Lyn, Jhon Clayton, José Valente, Lívia Lara e Roberta Gregório. Deve haver muitas maneiras de ‘subir na vida'. A maioria dos que podem orgulhar-se de ter conquistado um lugar de destaque tem a mesma receita: o negócio é trabalhar. Ser competente, bom no que se faz. Há muitos que esperam pela sorte; outros, por um empurrãozinho do além; e tem uma turma, esta, cada vez maior, que tenta tomar atalhos pelas vias da ilegalidade. Outros trabalham. Estes se preparam; dedicam-se, entregam-se. O homem que, em nome do seu ideal de vida, flutua entre o sorrir e o chorar, entre o gozar e sofrer, sem hesitar, parece ver o mundo tornar-se estranhamente mais fácil. Nosso personagem encaixa-se perfeitamente neste perfil. Edilmar Norões. 65 anos, é hoje um dos principais diretores do maior grupo de comunicação no Estado. Sua história de vida entrelaça-se com a da empresa onde trabalha desde que ela surgiu. A seriedade e a competência, aliadas ao jeito pacificador, conduziram-no à posição que ocupa. O espírito humano e sensível conferiu-lhe uma quase inacreditável unanimidade, entre aqueles que estão à sua volta. [...]

SANTOS, Luís Sérgio. Ninguém é perfeitamente bom, ninguém é completamente mal. Revista Entrevista, Fortaleza, n. 14, p. 3-31, mar. 2001. Entrevista concedida a Andréa Bezerra, Antônio Simões, Arizona Leite, Danielle Pinheiro, Débora Souto, Delane Silveira, Erivaldo Carvalho, Herik Ayslan, Janis Lyn, Jhon Clayton, José Valente, Lívia Lara e Roberta Gregório. Por duas vezes quase morreu afogado. Em 1960, aos três anos, viveu sua primeira experiência traumática. Deslizou num poço com água de chuva e por pouco não deixou este mundo. Sua vizinha o salvou. Em 1983, seu carro caiu numa lagoa. Como não sabia nadar, se agarrou em algo que parecia um arbusto para chegar à margem. No dia seguinte, foram recolher o carro. As pessoas não viram arbusto nenhum, nem tampouco algo em que ele pudesse ter se agarrado. Deus não quis levá-lo. Ele tinha muito o que fazer na Terra. [...]