An adequate and healthy eating in the first years of life guarantees growth, development and child health, and it has repercussions throughout life, contributing to the realization of the human right to food and health. Breastfeeding is the isolated intervention with the greatest ability to prevent deaths in children under 5 years of age. In turn, complementary feeding is the third most effective action, with the potential to prevent 6% of deaths in children under 5 years old. Despite the recognized benefits of breastfeeding, rates of early initiation of breastfeeding among children under 5 months of age remain below 50% in most middle- and low-income countries. In the face of such evidence, Brazil adopts international recommendations, advocating exclusive breastfeeding (EBF) until the sixth month and the continuity of breastfeeding until the second year of life or more. The transition from EBF to the introduction of food consumed by the family is the period called complementary feeding, which should start at 6 months of age and be concluded at 24 months, which represents a period of great vulnerability for children's nutrition and health. This period is recognized for its importance in the formation of healthy eating habits in order to protect the child from nutritional deficiencies, and that is why it is recommended to offer fresh and minimally processed foods, avoiding ultra-processed foods (UP). However, food choices are influenced by several factors such as the socioeconomic and demographic situation that will converge for family food security (FS). In order to fight hunger and poverty, the Brazilian government has implemented the Bolsa Família Program (PBF) since 2004, which aims to promote access to public services, such as health, education and the social assistance network, and also promote food and nutrition security (FNS). The present study aimed to research the association between the consumption of UP and the practice of breastfeeding in children aged 6 to 24 months benefiting from the PBF in Alagoas. A cross-sectional study was carried out with children aged 6 to 24 months who were beneficiaries of the PBF and residents of the 6 municipalities participating in the Early Childhood Program of the State of Alagoas, located in the Northeast Region of Brazil. The consumption of UP and the practice of breastfeeding were evaluated using the questionnaire to assess eating habits of children under two years of age, adapting the questionnaire to regional foods. Prevalence Ratios (PR) and Confidence Intervals (CI) were performed using hierarchical Poisson regression, adjusted at the last (5th) level by socioeconomic, demographic and environmental variables. 1,604 children participated in the study, 11.7% of whom were overweight and most had consumed UP (90.6%) in the last 24 hours. Through multivariate analysis it was found that the consumption tof UP was lower among those children who were being breastfed aged 12 to 15 months (PR 0.93 95% CI 0.88-0.99), and those aged 20 to 24 months (RP 0.91 95% CI 0.86-0.96). Thus, we conclude that continued breastfeeding is associated with lower consumption of UP. CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Uma alimentação adequada e saudável nos primeiros anos de vida garante o crescimento, desenvolvimento e a saúde infantil e tem repercussões ao longo de toda a vida, contribuindo para a concretização do direito humano à alimentação e à saúde. A amamentação é a intervenção isolada com maior capacidade de evitar mortes em crianças menores de 5 anos. Por sua vez, a alimentação complementar é a terceira ação mais efetiva, com potencial de prevenir 6% dos óbitos em crianças menores de 5 anos. Apesar dos reconhecidos benefícios do aleitamento materno, as taxas de início precoce da amamentação entre crianças com menos de 5 meses de idade permanecem abaixo de 50% na maioria dos países de média e baixa renda. Diante de tais evidências, o Brasil adota as recomendações internacionais, preconizando o aleitamento materno exclusivo (AME) até o sexto mês e continuado até o segundo ano de vida ou mais. A transição do AME para a introdução dos alimentos consumidos pela família é o período denominado alimentação complementar, que deve ser iniciado aos 6 meses de idade até os 24 meses, sendo um período de grande vulnerabilidade para a nutrição e saúde das crianças. Esse período é reconhecido pela importância na formação dos hábitos alimentares saudáveis, além de proteger a criança de deficiências nutricionais e por isso recomenda-se oferecer alimentos in natura e minimamente processados evitando os alimentos ultraprocessados (AUP). Contudo, as escolhas alimentares são influenciadas por diversos fatores como a situação socioeconômica e demográfica que confluenciarão para a segurança alimentar (SA) familiar. Com o intuito de combater a fome e a pobreza, o governo brasileiro implantou desde 2004, o Programa Bolsa Família (PBF) que tem como objetivo promover o acesso à rede de serviços públicos, de saúde, educação e assistência social e realizar a promoção da segurança alimentar e nutricional (SAN). O presente estudo teve como objetivo investigar a associação entre o consumo de AUP e a prática de aleitamento materno em crianças de 6 a 24 meses beneficiárias do PBF em Alagoas. Foi realizado um estudo transversal, com crianças de 6 a 24 meses beneficiárias do PBF e residentes dos 6 municípios participantes do Programa da Primeira Infância do Estado de Alagoas, localizado na Região Nordeste do Brasil. O consumo de AUP e a prática de aleitamento materno foram avaliados pelo questionário para avaliação de práticas alimentares de crianças menores de dois anos de idade, adaptado para os alimentos regionais. Foram realizadas as Razões de Prevalência (RP) e os Intervalos de Confiança (IC) através da regressão de Poisson hierarquizada, ajustada no último nível pelas variáveis socioeconômicas, demográficas e ambientais. Participaram do estudo 1.604 crianças, dessas 11,7% apresentavam sobrepeso e a maioria havia consumido AUP (90,6%) nas últimas 24 horas. Por meio da análise multivariável constatou-se que o consumo de AUP foi inferior entre aquelas crianças que estavam sendo amamentadas com idade entre 12 e 15 meses (RP 0,93 IC95% 0,88-0,99) e 20 e 24 meses (RP 0,91 IC95% 0,86-0,96). Desta forma, concluímos que o aleitamento materno continuado está associado ao menor consumo de AUP.