Introdução: Trastuzumabe é um anticorpo monoclonal humanizado precursor de inibidores HER-2 positivos. A cardiotoxicidade é uma das reações adversas mais importantes do ponto de vista clínico, associada ao uso de trastuzumabe. Estudos mostram que 12,6% dos pacientes tratados com o inibidor de HER-2 apresentaram cardiotoxicidade. Objetivo: Identificar a presença de cardiotoxicidade induzida por trastuzumabe em pacientes com câncer de mama HER-2 positivo. Método: O estudo foi transversal e retrospectivo, realizado em um hospital filantrópico oncológico da cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Os dados foram coletados por meio de prontuários eletrônicos. Foram incluídos no estudo pacientes com diagnóstico de câncer de mama HER-2 positivo, do sexo feminino, maiores de 18 anos, que utilizaram trastuzumabe no período de setembro a dezembro de 2020. As variáveis analisadas foram: idade, comorbidade, combinação de quimioterapia (monoterapia, associada) e tipo de terapia (adjuvante, neoadjuvante). Resultados: 159 pacientes foram incluídas no estudo. 10 (6%) deles apresentaram cardiotoxicidade durante o tratamento, a maioria com idade entre 40-59 anos (70%). Quanto às comorbidades, 6 (60%) pacientes eram hipertensos. 7 dos pacientes (70%) estavam em monoterapia com trastuzumabe. Todos os pacientes usaram trastuzumabe como tratamento adjuvante. Conclusão: No presente estudo, foi possível identificar a presença de cardiotoxicidade em pacientes que utilizaram trastuzumabe. Assim, é fundamental uma atenção especial ao monitoramento da função cardíaca, bem como ao acompanhamento clínico desses pacientes para identificar, precocemente, os sinais e sintomas apresentados e, assim, prevenir possíveis danos. Em pesquisas futuras, novos parâmetros de monitoramento devem ser estudados para identificar precocemente a cardiotoxicidade induzida pelo trastuzumabe. Introducción: Trastuzumab es un anticuerpo monoclonal humanizado precursor de los inhibidores de HER-2 positivos. La cardiotoxicidad es una de las reacciones adversas clínicamente más importantes asociadas con el uso de trastuzumab. Los estudios muestran que el 12,6% de los pacientes tratados con el inhibidor de HER-2 tenían cardiotoxicidad. Objetivo: Identificar la presencia de cardiotoxicidad inducida por trastuzumab en pacientes con cáncer de mama HER-2 positivo. Método: El estudio fue transversal y retrospectivo, realizado en un hospital oncológico filantrópico de la ciudad de Salvador, Bahía, Brasil. Los datos fueron recolectados a través de historias clínicas electrónicas. Se incluyeron en el estudio pacientes con diagnóstico de cáncer de mama HER-2 positivo, sexo femenino, mayores de 18 años, que usaron trastuzumab de septiembre a diciembre de 2020. Las variables analizadas fueron: edad, comorbilidad, combinación de quimioterapia (monoterapia, combinación) y tipo de tratamiento (adyuvante, neoadyuvante). Resultados: 159 pacientes fueron incluidos en el estudio. 10 (6%) de ellos presentaron cardiotoxicidad durante el tratamiento, la mayoría con edades entre 40-59 años (70%). En cuanto a las comorbilidades, 6 (60%) pacientes eran hipertensos. 7 de los pacientes (70%) estaban en monoterapia con trastuzumab. Todos los pacientes utilizaron trastuzumab como tratamiento adyuvante. Conclusión: En el presente estudio fue posible identificar la presencia de cardiotoxicidad en pacientes que utilizaron trastuzumab. Por ello, es fundamental prestar especial atención a la monitorización de la función cardiaca, así como al seguimiento clínico de estos pacientes para identificar precozmente los signos y síntomas que presentan y así prevenir posibles daños. En futuras investigaciones, se deben estudiar nuevos parámetros de monitoreo para identificar la cardiotoxicidad temprana inducida por trastuzumab. Introduction: Trastuzumab is a humanized monoclonal antibody precursor of HER-2 positive inhibitors. Cardiotoxicity is one of the most important adverse reactions from a clinical point of view, associated with trastuzumab use. Studies show that 12.6% of patients treated with the HER-2 inhibitor had cardiotoxicity. Objective: To identify the presence of trastuzumab-induced cardiotoxicity in patients with HER-2 positive breast cancer. Method: The study was cross-sectional and retrospective, carried out in a philanthropic cancer hospital in the city of Salvador, Bahia, Brazil. Data were collected through electronic medical records. Patients with a diagnosis of HER-2 positive breast cancer, female, over 18 years of age, who used trastuzumab from September to December 2020, were included in the study. The variables analyzed were: age, comorbidity, combination of chemotherapy (monotherapy, associated) and type of therapy (adjuvant, neoadjuvant). Results: 159 patients were included in the study. 10 (6%) of them had cardiotoxicity during treatment, most of them aged between 40-59 years (70%). Regarding comorbidities, 6 (60%) patients were hypertensive. 7 of the patients (70%) were on trastuzumab monotherapy. All patients use transtuzumab as an adjuvant treatment. Conclusion: In the present study, it was possible to identify the presence of cardiotoxicity in patients who used trastuzumab. Thus, it is essential to pay special attention to the monitoring of cardiac function, as well as the clinical follow-up of these patients to identify, early on, signs and symptoms presented and thus prevent possible damage. In future research, new monitoring parameters should be studied to identify trastuzumab-induced cardiotoxicity early.