Search

Não recebi financiamento Among physical and metabolic changes in the aging process, obesity and dynapenia stand out. Although some cross-sectional evidence demonstrates that dynapenic abdominal obesity (AO/D) defined as a combination of decreased neuromuscular strength and central obesity, may further impair carbohydrate and lipid metabolism as well as increase the risk of metabolic syndrome and mortality from cardiovascular diseases than dynapenia or obesity alone. To the best of our knowledge, no longitudinal studies have evaluated such hypotheses. Thus, the present thesis has three objectives: 1) To analyze whether AO/D impairs the trajectories of the lipid profile and carbohydrate metabolism and whether there are gender differences in these trajectories, 2) To analyze whether AO/D is a risk factor for the incidence of metabolic syndrome, and 3) To analyze whether AO/D increases the risk of cardiovascular mortality. In order to respond the proposed objectives, individuals aged 50 years or older participating in the English Longitudinal Study of Ageing (ELSA) were analyzed. Dynapenic abdominal obesity was defined based on waist circumference (> 102 cm for men and > 88 cm for women) and grip strength (< 26 kg for men and < 16 kg for women). The participants were classified as non-abdominally obese/non-dynapenic (NAO/ND), abdominally obese/non-dynapenic (AO/ND), non-abdominally obese/dynapenic (NAO/D) and abdominally obese/dynapenic (AO/D). To study the trajectory of carbohydrate and lipid metabolism, the dependent variables were the levels of glycated hemoglobin, fasting glucose, total cholesterol, LDL, HDL and triglycerides. The incidence of metabolic syndrome was analyzed as a dependent variable in objective two and mortality from cardiovascular diseases was the dependent variable in third objective. The follow-up time of the three studies was 8 years. The main results found were that men AO/D showed a trajectory of increase in serum levels of LDL cholesterol and a decline in glycemia and in glycated hemoglobin percentage (HbA1c) when compared to NAO/ND. Such differences were not observed in women. Furthermore, in both sexes, both AO/D and AO/ND were risk factors for the incidence of metabolic syndrome, however the effect size was greater in. AO/D. Finally, only AO/D was a risk factor for cardiovascular mortality for men and women. The evidence of this thesis indicates a synergistic action between abdominal obesity and dynapenia capable of altering LDL cholesterol, HbA1c and glucose metabolism in men as well as increasing the risk of metabolic syndrome and cardiovascular mortality in both sexes. Such findings have clinical relevance since both conditions can be prevented to mitigate their harmful effects in people over 50 years of age. Dentre as alterações físicas e metabólicas que acompanham o processo de envelhecimento, destacam-se a obesidade e a dinapenia. Apesar de algumas evidências transversais demonstrarem que a obesidade abdominal dinapênica (OA/D), definida como a combinação de força neuromuscular diminuída e obesidade central, pode prejudicar mais o metabolismo dos carboidratos e lipídeos bem como aumentar o risco de incidência de síndrome metabólica e de mortalidade por doenças cardiovasculares do que a dinapenia ou a obesidade isoladas, até o momento, estudos longitudinais não testaram tais hipóteses. Dessa forma, a presente tese possui três objetivos: 1) Analisar se a OA/D prejudica as trajetórias do perfil lipídico e do metabolismo dos carboidratos e se existem diferenças de sexo nessas trajetórias; 2) Analisar se a OA/D é fator de risco para incidência de síndrome metabólica; e 3) Analisar se a OA/D aumenta o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares. Para responder aos objetivos propostos foram analisados indivíduos com 50 anos ou mais participantes do English Longitudinal Study of Ageing (ELSA). Com base na circunferência de cintura (> 102 cm para homens e > 88 cm para mulheres) e na força de preensão manual (< 26 kg para homens e < 16 kg para mulheres) os indivíduos foram classificados em quatro grupos: não obesos abdominais/não dinapênicos (NOA/ND), obesos abdominais/não dinapênicos (OA/ND), não obesos abdominais/dinapênicos (NOA/D) e obesos abdominais/dinapênicos (OA/D). Para o estudo da trajetória do metabolismo dos carboidratos e lipídeos as variáveis dependentes foram os níveis de hemoglobina glicada, glicose em jejum, colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos. Para cumprir o objetivo dois, a incidência da SMet foi analisada como variável dependente e para cumprir o objetivo três a variável dependente foi mortalidade por doenças cardiovasculares. O tempo de acompanhamento dos três estudos foi de 8 anos. Os principais resultados encontrados foram que os homens com OA/D apresentaram uma trajetória de aumento dos níveis séricos de colesterol LDL e de declínio da glicemia e do percentual de hemoglobina glicada (HbA1c) quando comparados aos NOA/ND no período analisado. Tais diferenças não foram observadas nas mulheres. Além disso, em ambos os sexos, tanto a OA/D quanto a OA/ND foram fatores de risco para a incidência de síndrome metabólica, contudo o tamanho de efeito foi maior nos OA/D. Por fim, somente a OA/D foi fator de risco para mortalidade cardiovascular para homens e mulheres. As evidências dessa tese indicam uma ação sinérgica entre a obesidade abdominal e a dinapenia capaz de alterar o metabolismo do colesterol LDL, HbA1c e da glicose em homens bem como aumentar o risco de síndrome metabólica e de mortalidade cardiovascular em ambos os sexos. Tais achados têm relevância clínica uma vez que ambas as condições podem ser prevenidas para mitigar seus efeitos nocivos em pessoas maiores que 50 anos.