The paper discusses the everyday life of people affected by chronic degenerative diseases from the standpoint of an ethnography in a palliative home care service in the public network of Rio de Janeiro. In the process of dying from illness, daily life is transformed, launching the ill person and their caregivers into the challenge of reconstructing a sense of continuity in life. In order to understand the experience of dying from chronic degenerative diseases, from a specific analytical point of view, I adopt the body as a starting point. Thus, I aim to highlight the connections between the experiential dimension of illness and death, and the discursive and institutional frameworks dedicated to categorizing and managing bodies. I argue that the disturbances, oscillations, and anguish of illness are increasingly incorporated into the “ordinary”, with the decisive mediation of care work. I thus conclude that care work is the main instrument in the delicate task of creating continuity in face of the impending definitive rupture of organic life, whose approach gives rise to many small and large disturbances in everyday life., O artigo discute o cotidiano de pessoas acometidas por doenças crônico-degenerativas a partir de uma etnografia em um serviço de atenção domiciliar paliativa na rede pública do Rio de Janeiro. No processo de morrer por adoecimento, o cotidiano se transforma, lançando o sujeito adoecido e seus cuidadores no desafio de reconstruir o senso de continuidade da vida. Para entender a experiência do morrer por doenças crônico-degenerativas, a partir de um recorte analítico específico, adoto o corpo como ponto de partida. Assim, viso explicitar as conexões entre a dimensão experiencial do adoecimento e da morte, e os enquadramentos discursivos e institucionais dedicados a categorizar e gerir os corpos. Argumento que as perturbações, oscilações e angústias do adoecimento são cada vez mais incorporadas no “ordinário”, com a mediação decisiva do trabalho de cuidado. Concluo, desse modo, que o trabalho de cuidado é o instrumento principal na delicada tarefa de criar continuidade em face da impendente ruptura definitiva da vida orgânica, cuja aproximação faz surgir inúmeras pequenas e grandes perturbações no dia a dia.