O vírus da estomatite vesicular (Vesicular stomatitis virus, VSV) é o agente de doença vesicular que afeta várias espécies, e que em suínos e ruminantes é clinicamente confundível com a febre aftosa. Além de ruminantes domésticos, a infecção pode ocorrer em outras espécies, incluindo equinos e bubalinos. Capítulo 1 descreve a investigação da presença de anticorpos neutralizantes contra o VSV Indiana III (VSIV-3) em amostras de soro de 3626 equinos de seis estados das regiões Sul (Rio Grande do Sul - RS, n=1011), Centro-oeste (Goiás e Distrito Federal - GO e DF, n=1767) e Nordeste (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará - PE, PB, RN e CE, n= 848) coletadas entre 2013 e 2014. Anticorpos neutralizantes contra o VSIV-3 em títulos iguais ou superiores a 40 foram detectados em 641 amostras (17,7%), sendo 317 do CE (positividade de 87,3%); 109 do RN (65,7%); 124 da PB (45,4%); 78 de GO/DF (4,4%) e em nove amostras do RS (0,9%). Uma parcela das amostras dos estados do Nordeste e Centro-oeste apresentou altos títulos neutralizantes, indicando exposição recente ao vírus. Já as amostras do RS apresentaram títulos baixos de anticorpos, indicando provável exposição temporalmente remota. Quando testadas contra outros sorotipos do VSV (Indiana I e New Jersey) várias amostras apresentaram atividade neutralizante, porém em títulos muito inferiores, indicando a especificidade dos anticorpos para o VSIV-3. O Capítulo 2 descreve a investigação de anticorpos neutralizantes contra o VSIV-3 em amostras de soro de 758 búfalos do Rio Grande do Sul (RS, n=281), Rondônia (RO, n=294) e Minas Gerais (MG, n=183). Anticorpos neutralizantes contra o VSIV-3 em títulos iguais ou superiores a 40 foram detectados em 20 amostras (2,6%), sendo três do RS (positividade de 1,0%); uma de RO (0,3%) e em 16 amostras de MG (6,0%), geralmente em títulos baixos. Algumas amostras positivas também reagiram com outros sorotipos do VSV, porém em títulos inferiores. Estes resultados demonstram circulação relativamente recente do VSIV-3 em várias regiões do Brasil, sobretudo em estados do Nordeste, e circulação em baixos niveis de VSIV-3 em búfalos nos Estados estudados, confirmando relatos clínicos e demonstrando a importância sanitária desta infecção. O vírus da estomatite vesicular (Vesicular stomatitis virus, VSV) é o agente de doença vesicular que afeta várias espécies, e que em suínos e ruminantes é clinicamente confundível com a febre aftosa. Além de ruminantes domésticos, a infecção pode ocorrer em outras espécies, incluindo equinos e bubalinos. Capítulo 1 descreve a investigação da presença de anticorpos neutralizantes contra o VSV Indiana III (VSIV-3) em amostras de soro de 3626 equinos de seis estados das regiões Sul (Rio Grande do Sul - RS, n=1011), Centro-oeste (Goiás e Distrito Federal - GO e DF, n=1767) e Nordeste (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará - PE, PB, RN e CE, n= 848) coletadas entre 2013 e 2014. Anticorpos neutralizantes contra o VSIV-3 em títulos iguais ou superiores a 40 foram detectados em 641 amostras (17,7%), sendo 317 do CE (positividade de 87,3%); 109 do RN (65,7%); 124 da PB (45,4%); 78 de GO/DF (4,4%) e em nove amostras do RS (0,9%). Uma parcela das amostras dos estados do Nordeste e Centro-oeste apresentou altos títulos neutralizantes, indicando exposição recente ao vírus. Já as amostras do RS apresentaram títulos baixos de anticorpos, indicando provável exposição temporalmente remota. Quando testadas contra outros sorotipos do VSV (Indiana I e New Jersey) várias amostras apresentaram atividade neutralizante, porém em títulos muito inferiores, indicando a especificidade dos anticorpos para o VSIV-3. O Capítulo 2 descreve a investigação de anticorpos neutralizantes contra o VSIV-3 em amostras de soro de 758 búfalos do Rio Grande do Sul (RS, n=281), Rondônia (RO, n=294) e Minas Gerais (MG, n=183). Anticorpos neutralizantes contra o VSIV-3 em títulos iguais ou superiores a 40 foram detectados em 20 amostras (2,6%), sendo três do RS (positividade de 1,0%); uma de RO (0,3%) e em 16 amostras de MG (6,0%), geralmente em títulos baixos. Algumas amostras positivas também reagiram com outros sorotipos do VSV, porém em títulos inferiores. Estes resultados demonstram circulação relativamente recente do VSIV-3 em várias regiões do Brasil, sobretudo em estados do Nordeste, e circulação em baixos niveis de VSIV-3 em búfalos nos Estados estudados, confirmando relatos clínicos e demonstrando a importância sanitária desta infecção.