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The maps from XVI century, sketched iconographies elements in a more artistic than scientific context. Gerardus Mercator in 1569 build a map that influence the cartography until our time. The planisphere of Mercator, with the objective for navigation, it was the first map to use the projection made by him. In this essay, we search to analyze the Mercator map with alternative perspective, normally used by many researchers. The deconstruction of the map was carry out through by the three categories of analysis: the mapmaker context, the other maps context and the society context. With this measure, it was possible to identify the hidden, the censures and the ideals residents in an iconographic map, in an iconological interpretation. As result of this analyze, it was possible reveal that: while Mercator built a great work for the worldwide cartography, his map also served for political ideals of his contractors, who aimed the economical, religious and political domination of Renaissance Europe.

Durante o período conhecido como o da União Ibérica (1580-1640), Portugal e Espanha viviam sob uma mesma política. A informação era compartilhada entre os dois reinos para garantir a soberania além-mar. Em 1586, o cartógrafo português Bartolomeu Lasso produziu uma carta atlântica que serviria de subsídio à formação de uma conhecida escola cartográï¬ca, a holandesa. Neste ensaio, procuramos analisar o mapa de Bartolomeu Lasso sob uma ótica alternativa à quela normalmente utilizada por muitos pesquisadores da história da cartograï¬a. Para tanto, foi realizada a desconstrução do mapa histórico, por meio das três categorias de análise propostas por Harley (2005): o contexto do cartógrafo, o contexto de outros mapas e o da sociedade. Desta maneira, foi possível identiï¬carmos os ocultos, segredos, censuras, e ideais presentes na iconograï¬a do mapa de Bartolomeu Lasso numa interpretação iconológica e não apenas iconográï¬ca. Como resultado desta análise, foi possível revelar que as produções cartográï¬cas de Bartolomeu Lasso serviram como forte influência para a cartograï¬a holandesa de ï¬ nais dos anos quinhentos e início dos anos seiscentos. Mesmo com a política de sigilo cartográï¬co empregada por Portugal, não foi possível esconder tais produções de outras nações imperialistas rivais que também se interessavam pelas colônias de Portugal e Espanha na América.