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The nexus concept is applied to many global contexts to generate understanding of the relations among the water, food and energy sectors and to guide investigations that seek to improve living conditions of marginalized communities. This work analyses the nexus by means of qualitative and participative methodologies at a community scale with the objective of understanding how residents of traditional communities perceive the interconnections among water, food, and energy. SWOT and participatory mapping methodologies were utilized complementarily to map the water, food, and energy contexts of Ponta do Urumajó community, located in Pará state, Brazil. Participatory mapping and SWOT create quali-quantitative data, enabling the participation of individuals in the production of participatory maps of their territories and the material and symbolic appropriation of spaces, constituting a political and social strategy for empowerment and autonomy. These methods provided the basis for learning and reflecting on the social, environmental, territorial, and political reality in terms of the water, food, and energy nexus, making it possible to use the data for achieving the SDGs, creating future public policies or more rational community management adjusted to the local reality.

A área de estudo é o estuário do Rio Caeté (costa amazônica), localizado em uma área caracterizada por condições de macromarés, fortes correntes de maré, moderadas ondas de energia em seu setor inferior e alta precipitação pluviométrica na primeira metade do ano. O objetivo do estudo foi identificar mudanças no litoral deste estuário ao longo de cinco décadas através de dados orbitais. A metodologia baseou-se no uso de técnicas de processamento digital de imagens com dados de sensoriamento remoto, gerando uma análise multitemporal que abrange o período de cinco décadas (1973 a 2018). Imagens de plataformas orbitais passivas com a menor cobertura de nuvens possíveis foram obtidas por meio de pesquisas nos repositórios do Earth Explorer Geological Survey (USGS) e no Catálogo de Imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais no Brasil (INPE), processo seguido de a montagem do banco de dados geográficos e a composição colorida de imagens de diferentes sensores. Através da ferramenta Digital Shoreline Analysis System (DSAS), que consiste na definição de transectos lineares retirados de uma única linha de base aplicada na avaliação de mudanças no litoral através de análises de imagens, diferentes áreas com sedimentação e erosão foram calculadas, identificadas e mapeadas, apontando para variações relacionadas a perdas sedimentares na zona intermaré e ganhos sedimentares (progradação) causados pelo transporte do material através das marés de sizígia. Embora as imagens de sensores passivos da costa amazônica apresentem uma cobertura de nuvens significativa, o uso da ferramenta DSAS na análise de tais imagens em um período de tempo maior e com um sistema de escala adequado provou ser bem-sucedido, o que ajuda na caracterização da investigou áreas e aponta para as mudanças observadas.Palavras-chave: Geotecnologias. Linha de costa. Balanço sedimentar. Dinâmica costeira.

Este trabalho analisa a territorialidade e o meio ambiente da Terra Indígena Pitaguary, sendo posto em discussão uma prática de mapeamento participativo realizada na aldeia Monguba. Os procedimentos metodológicos ocorreram em duas dimensões que apresentam-se interligadas, sendo a primeira destinada ao referencial teórico onde buscou-se estabelecer um diálogo entre os estudiosos que refletem sobre as temáticas abordadas neste trabalho, a segunda diz respeito a metodologia operacional que está relacionada ao conhecimento empírico da TI Pituaguary, sendo realizado o mapeamento participativo fundamentado na investigação-ação-participação. Diante do exposto percebeu-se, i) a existência de conflitos em função da não demarcação pelos indígenas, ii) as aldeias de Santo Antônio e Monguba se destacam como territórios que possuem elevada intensidade de atividades culturais contribuindo para a o resgate e fortificação da cultura indígena e, iii) o mapeamento participativo forneceu poder de representação, construção do território e fortificação da identidade territorial através da visibilização dos múltiplos usos da terra presentes na aldeia de Monguba. Acredita-se que o conjunto de reflexões presentes neste escrito possa contribuir com o processo de luta pela demarcação da TI Pitaguary.