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A pecuária brasileira se destaca como a maior exportadora de carne bovina no mundo devido ao grande número de rebanhos criados a pasto, forma mais econômica e prática de oferecer alimento para os animais. No entanto, ainda há muitas pastagens com baixo valor nutricional. Os alimentos sólidos passam por uma cadeia interdependente durante o processo de digestão, iniciando na mastigação onde são quebrados pelos dentes para facilitar o processo. Caso haja alguma deficiência dentária, o animal poderá apresentar problemas na digestibilidade e posteriormente causar um ônus para o organismo. Devido à ausência de estudos que enfatizem a qualidade dos dentes desses animais, torna-se necessário avaliar as alterações dentárias dos bovinos para interceptar as enfermidades incuráveis que reduzem a vida útil e trazem queda na produção, além da possibilidade de acarretarem perdas dos animais. Foram utilizadas 72 mandíbulas de bovinos para a avaliação das alterações dentárias. Após esse processo, os exemplares foram submetidos à maceração e clarificação com hipoclorito de sódio para a preparação de peças anatômicas. Além disso, um questionário sobre a saúde oral dos bovinos também foi elaborado e aplicado com o intuito de conhecer melhor as principais patologias orais dos bovinos das regiões Norte e Noroeste Fluminense. Como o experimento foi realizado a partir das mandíbulas adquiridas após o abate, foi possível identificar as possíveis anomalias mandibulares que acometem os bovinos. As principais alterações encontradas foram: diastema aumentado (20%), fraturas (18%); desgaste irregular (15%) e ausência dentária (11%). Dos 27 proprietários entrevistados, 15 relataram problemas orais nos bovinos, sendo que 11 confirmaram a perda dentária. Ademais, todos os proprietários assumiram que a saúde bucal dos animais nunca foi avaliada por um Médico Veterinário. Através dessa metodologia foi possível ressaltar a necessidade da análise e divulgação das pesquisas relacionadas à odontologia bovina a fim de evitar danos à saúde geral desses animais que podem acarretar diminuição da produção.

O Canis lupus familiaris e o Cerdocyon thous são mamíferos da família Canidae. No entanto, quando se trata de preservação ambiental, o canídeo silvestre se destaca pelo seu papel como recrutador de plantas nativas e cultivadas. O presente trabalho tem o objetivo de descrever, de forma comparativa, o esqueleto do C. thous, levando em consideração a carência de informações sobre a osteologia desse animal, além da importância de tal conhecimento para instituir, quando necessário, o tratamento clínico e cirúrgico. Foram utilizados crânios de cachorros do mato submetidos ao processo de maceração, limpeza e clarificação. Ao término dessas etapas, efetuou-se a análise morfológica e morfométrica comparativa entre as peças preparadas e os crânios de cachorros domésticos oriundos do Setor de Anatomia Animal da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Durante a execução, foi encontrada uma série de achados no canídeo silvestre que divergiam do doméstico. Além da mensuração das 18 medidas lineares e o cálculo dos índices craniométricos. Embora não há classificação morfológica para o cachorro do mato, o índice cefálico e os outros índices avaliados nesse experimento demonstraram semelhanças entre ele e os cães domésticos classificados como mesaticefálicos. Na análise dos forames cranianos foi possível mensurar as distâncias entre esses detalhes anatômicos e os pontos palpáveis que são utilizados como orientação nos bloqueios anestésicos. Através dessa metodologia identificamos quais parâmetros utilizados para cães domésticos podem ser transcendidos para o canídeo silvestre e, a partir daí serem úteis para a área de anestesiologia veterinária.