DOI: 10.12957/periferia.2017.28992 Este estudo objetivou refletir a atuacao de professores regentes e do professor especializado na escolarizacao de um estudante com deficiencia em uma escola de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Na Rede Municipal de Ensino (Reme) desse municipio, esse profissional especializado denomina-se Auxiliar Pedagogico Especializado (APE) e atua juntamente com o professor regente. O estudo apresentou carater exploratorio, em que, no campo empirico, buscou-se informacoes previas para tatear o objeto e obter dados para sua compreensao. Considerando a politica educacional, o esforco concentrou-se na analise dos dados a partir do entendimento da singularidade, a educacao especial, integrante da educacao geral no âmbito da sociedade. Pautou-se em observacoes das praticas pedagogicas de 11 (onze) professores regentes e 1 (um) professor especializado, registradas em diario de campo e em entrevistas semiestruturadas, pontuando aspectos da relacao educativa, instrumentos de mediacao e espaco fisico de escolarizacao. As analises apontaram a necessidade de se repensar o papel do professor APE para que atue como apoio ao trabalho dos professores e nao apenas no atendimento ao estudante com deficiencia. Indicaram, ainda, que os professores regentes tem consciencia de que o estudante com deficiencia precisa de praticas diferenciadas, mas nao se reconhecem como agente principal na aprendizagem deste, portanto nao tem contemplado a participacao e progressao do estudante. Concluiu-se que as (re)acoes dos professores regentes predominam concepcoes de que a escolarizacao de estudantes com deficiencia compete ao professor especializado, revelando que ainda nao assumiram como seus todos os estudantes.