By 2002 Portugal had one of the highest mortality rates due to cerebrovascular diseases among the European Countries. Meanwhile, several strategies have been adopted to improve prevention and treatment in the acute phase, amongst which the Stroke Code. The purpose of this study is to describe how this measure has been used and its outcome as part of a prospective community based study of stroke/TIA incidence in Northern Portugal.Between 1st October 2009 and 30th September 2010 all strokes occurred in patients registered at Western Porto, Mirandela and Vila Pouca de Aguiar health centres have been recorded. For cases ascertainment multiple sources of information were used, including the WEB, letter, e-mail and Alert P1, as well as systematic searches on databases provided by the entities involved in this study: hospital emergency, discharge records, diagnosis procedures, death certificates, Stroke Code admissions and health centre emergency records.Six hundred strokes were recorded in a population of 241 000 (incidence rate of 250 / 100 000 person-years) and 434 were first-ever-in-the-lifetime (180 / 100 000). There were 72 Stroke Code calls and in 66.7% of them a stroke was confirmed. Considering the criteria for Stroke Code call (age = 80 years, functional independency, the stroke signs/symptoms, and time after episode = 3 hours), only 15.9% patients "could" have access to it. Of those who used the Stroke Code, only 56.3% fulfilled the criteria. Considering all patients fulfilling Stroke Code criteria, 96.3% that used prehospital Stroke Code were inpatients, as well as 83.3% that used intra/interhospital Stroke Code and 64.0% of the remainder; this trend is also present in patients with ischaemic stroke submitted to fibrinolysis, 77.3%, 36.4% and 17.4%, respectively. A high post-stroke Rankin was more frequent among Stroke Code users (70.3% vs. 35.3%), but they exhibit more often the three stroke signs/symptoms (44.0% vs. 16.2%). After adjusting for age, sex and number of signs, the risk of a more severe post-stroke Rankin is not significantly different among patients using the prehospital Stroke Code (OR = 2.9, 95% CI: 0.8 - 10.2).The criteria for accessing the Stroke Code are currently restrictive. Though the Stroke Code is accessed in case of more severe patient's conditions, the proportion of patients treated with fibrinolysis is relatively high in comparison with other studies.Introdução: Em 2002 Portugal detinha uma das mais altas taxas de mortalidade por doenças cerebrovasculares entre os países europeus. Várias estratégias foram adoptadas para melhorar a prevenção da doença e o seu tratamento na fase aguda, entre as quais a criação da Via Verde do Acidente Vascular Cerebral. O objectivo deste trabalho é descrever a utilização e resultados desta estratégia no contexto de um registo prospectivo comunitário na Região Norte de Portugal. Material e Métodos: Foram registados todos os AVCs ocorridos entre 1 de Outubro de 2009 e 30 de Setembro de 2010 nos utentes inscritos no agrupamento de centros de saúde do Porto Ocidental e nos de Mirandela e Vila Pouca de Aguiar. Para a detecção de casos utilizaram-se múltiplas fontes de informação: notificação via WEB, e-mail, Alerta P1 e pesquisas sistemáticas em registos disponibilizados pelas entidades envolvidas - urgências hospitalares, listas de altas, procedimentos de diagnóstico, óbitos, Via Verde do Acidente Vascular Cerebral e serviço de atendimento de situações urgentes. Resultados: Ocorreram 600 AVCs em 241 000 habitantes (taxa de incidência de 250 / 100 000), dos quais 434 foram primeiros na vida (180 / 100 000). Foram registados 72 acessos à Via Verde do Acidente Vascular Cerebral, dos quais 66,7% foram diagnosticados como AVC. Considerando os quatro critérios de activação (idade ≤ 80 anos, independência funcional, sinais/sintomas do AVC e tempo após episódio ≤ 3 horas), só 15,9% dos doentes a poderiam utilizar e, dos utilizadores, apenas 56,3% satisfaziam esses critérios. Dos doentes com critérios de activação, foram internados 96,3% pela VV pré-hospitalar, 83,3% pela VV intra/inter-hospitalar e 64,0% dos restantes; a fibrinólise foi realizada em 77,3%, 36,4% e 17,4% dos doentes com enfarte cerebral, respectivamente. O Rankin pós- AVC é mais grave nos utilizadores da VV pré-hospitalar (70,3% vs. 35,3%), mas estes apresentam mais assiduamente os três sinais/ sintomas de AVC (44,4% vs. 16,2%). Ajustando para a idade, sexo e número de sinais, o risco de incapacidade grave pós-AVC não é significativamente diferente no acesso pela VV pré-hospitalar (RP = 2,9; IC 95%: 0,8 - 10,2), bem como a taxa de letalidade. Conclusões: Os critérios para activação da Via Verde do Acidente Vascular Cerebral são muito restritivos. Embora esta seja mais vezes accionada em situações clínicas graves, a proporção de doentes que realizou fibrinólise é relativamente alta em comparação com outros estudos.