Resumo Objetivo Analisar os sinais e sintomas apresentados por médicos residentes das clínicas cirúrgicas e anestesiologia expostos à fumaça cirúrgica. Métodos Estudo de coorte prospectivo realizado com médicos residentes expostos a fumaça cirúrgica em um hospital universitário. Houve um acompanhamento durante 17 meses dos residentes ingressantes nos anos de 2015 e 2016, que atendiam aos critérios de estar regularmente matriculado na residência de clínica cirúrgica ou anestesiologia e não ser tabagista. O instrumento de coleta de dados foi composto de dados sociodemográficos e acadêmicos e dos sinais e sintomas relacionados com a inalação da fumaça cirúrgica, citados na literatura. A análise de dados ocorreu de forma descritiva e inferencial, por testes estatísticos e medidas de efeito. Resultados A amostra foi composta por 39 residentes, cuja maioria era do sexo masculino (56,4%) e idade abaixo dos 30 anos (74,3%). Prevaleceram residentes da ginecologia e obstetrícia (30,8%), seguidos de cirurgia geral (28,2%) e anestesiologia (20,5%). Ardência na faringe (p=0,030), náusea e vômito (p=0,018) e irritação dos olhos (p=0,050) incidiram ainda no primeiro ano de residência. O risco de desenvolver ardência de faringe foi 7,765 vezes (p=0,019) no sexo feminino em relação ao masculino. Conclusão Os sinais e sintomas analisados incidiram em até 12 meses do início da residência e o risco de apresentar ardência de faringe foi maior no sexo feminino, o que indica a exposição aos riscos da inalação da fumaça cirúrgica e, portanto, a necessidade de adoção de medidas de proteção individuais e coletivas. Resumen Objetivo analizar las señales y síntomas presentados por médicos residentes de clínica quirúrgica y anestesiología expuestos al humo quirúrgico. Métodos estudio de cohorte prospectivo realizado con médicos residentes expuestos al humo quirúrgico en un hospital universitario. Hubo un seguimiento durante 17 meses de los residentes que ingresaron en 2015 y 2016, que cumplían los criterios de estar regularmente matriculados en la residencia de clínica quirúrgica o anestesiología y no ser fumadores. El instrumento de recolección de datos fue compuesto por datos sociodemográficos y académicos y por señales y síntomas relacionados con la inhalación de humo quirúrgico, citados en la literatura. El análisis de datos se realizó de forma descriptiva e inferencial, por pruebas estadística y medidas de efecto. Resultados la muestra fue compuesta por 39 residentes, cuya mayoría era de sexo masculino (56,4%) y menores de 30 años (74,3%). Prevalecieron residentes de ginecología y obstetricia (30,8%), seguidos de cirugía general (28,2%) y anestesiología (20,5%). Ardor de faringe (p=0,030), náuseas y vómitos (p=0,018) e irritación de ojos (p=0,050) incidieron en el primer año de residencia. El riesgo de desarrollar ardor de faringe fue 7,765 veces (p=0,019) en el sexo femenino con relación al masculino. Conclusión las señales y síntomas analizados incidieron hasta 12 meses desde el inicio de la residencia y el riesgo de presentar ardor de faringe fue mayor en el sexo femenino, lo que indica una exposición a los riesgos de inhalación de humo quirúrgico y, por lo tanto, la necesidad de adoptar medidas de protección individuales y colectivas. Abstract Objective To analyze the signs and symptoms presented by doctors in surgery and anesthesiology residency programs exposed to surgical smoke. Method Prospective cohort study with resident doctors exposed to surgical smoke in a teaching hospital. There was 17-month follow-up of residents from the years 2015 and 2016, who met the criteria of being regularly enrolled in a surgery or anesthesiology residency and not being a smoker. The data collection instrument was composed of sociodemographic, academic data and the signs and symptoms related to the inhalation of surgical smoke, cited in the literature. The data analysis was descriptive and inferential, by statistical tests and measures of effect. Results The sample consisted of 39 residents, of which most were male (56.4%) and below 30 years old (74.3%). There was a prevalence of gynecology and obstetrics residents (30.8%), followed by general surgery (28.2%) and anesthesiology (20.5%). Burning in the pharynx (p=0.030), nausea and vomiting (p=0.018) and eye irritation (p=0.050) occurred in the first year of residence. The risk of developing burning in the pharynx was 7.765 times greater (p=0.019) in females when compared to males. Conclusion The signs and symptoms analyzed occurred within 12 months of the beginning of the course and the risk of burning in the pharynx was higher in females, which indicates exposure to the risks of inhalation of surgical smoke and, therefore, points to the need for the adoption of individual and collective protection measures.