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ESUMO OBJETIVOS: Descrever os aspectos metodológicos e operacionais de um inquérito de pesquisa sobre saúde, realizado por meio de um consórcio de pesquisa multidisciplinar. MÉTODOS: Um estudo transversal de base populacional foi realizado com indivíduos de 18 anos ou mais, residentes na zona urbana do município de Rio Grande, RS, Brasil. A amostragem foi probabilística, tendo como unidade primária amostral os setores censitários. O instrumento de pesquisa consistiu num questionário padronizado, com questões fechadas e previamente testado, aplicado face a face no domicílio. Um questionário resumido foi aplicado a 10,5% dos indivíduos para fins de controle de qualidade. O trabalho de campo se estendeu de abril a julho de 2016 e a pesquisa foi previamente aprovada por comitê de ética em pesquisa. RESULTADOS: Dos 70 setores censitários amostrados, foram selecionados 711 domicílios e 1. 429 indivíduos. Responderam o questionário 1. 300 indivíduos (91,0%) de 676 domicílios (95,1%). As perdas e recusas foram mais prevalentes para os indivíduos do sexo masculino e dos setores do centro da cidade. A reprodutibilidade do questionário foi satisfatória (kappa médio = 0,80). CONCLUSÕES: Apontaram-se os principais aspectos metodológicos de um consórcio de pesquisa multidisciplinar, que poderão ser de interesse para outros pesquisadores. Destaca-se a relevância deste tipo de estudo para a produção de informações sobre diversas condições de saúde da população

Objetivo: Este estudo descrever a utilização dos serviços de educação físicanos últimos três meses, e apresentar características de quem não utilizou tais serviços,além disso, descreve o conhecimento da população sobre a oferta de serviços de educação física nas políticaspúblicasde saúde.População Alvo:adultos e idososDelineamento: estudo transversal, realizadoem 2016 em Rio Grande/RS contou com 1300 pessoas na amostra.Processo amostral: foi realizada em duplo estágio e os dados foram coletados por meio de questionário,onde a principal variável de estudofoia partir da questão:“Desde o(a)Sr. (a) realizou aula com algum professor de Educação Física?”. Também foi pesquisado o local de utilização, se foi pago ou gratuito, frequência e tempo de utilização,além dos motivos. Já entre os que não utilizaram o serviço de educação física foi verificado o motivo, último local de uso e onde buscaria tal serviço. Por fim, foi descrito o conhecimento sobre a educação física nas políticas públicas de saúde. Resultados:Um total de16,1% (IC95% 13,0:19,3)dos entrevistadosutilizou osserviçosde educação física nos últimos três meses. Destes, 78% o fizeramnos serviços privados, com predomínio de utilização nas academias de ginástica (73,2%). Já para os que não utilizaram o serviço, a falta de tempo foi o principal motivo (31,1%), e para 37,7%dos indivíduos a escola foi o último contato com o professor de educação física. Indivíduos do quintil mais rico e de maior escolaridade tiveram maior proporção de utilização destes serviços (29,4%contra 7,0% e 33,8% contra 3,2% respectivamente). Um total de 18,8% da população nunca utilizou o serviço de educação física. O conhecimento sobre a oferta de educação física nas políticas públicas de saúde foi de 15,4% para UBSF e 13,9% no Hospital Universitário. Conclusões:Com isso é possível afirmar que há uma baixa utilização dos serviços de educação física na população adulta e idosa e tal serviço está predominantemente disponível em âmbito privado,mais presente em grupos abastados, contribuindo para uma ausência de democratização na utilização de tal serviço. Aim:This study aims to describe the use of sport or physical education services for Target Population:adults and elderliesin the last three months, as well as to present the characteristics of participants who did not use this type of services.Design: The cross-sectional study, developed in 2016 in Rio Grande, Brazil, included a sample of 1300 people. Sampling:The sample was double-staged. The data was gathered from a survey created by the researchers with closed questions. Outcome:Only 16,1% (IC95% 13,0:19,3) of the sample used the service of sports or physical education in the last three months. Among the ones who used the service, 78% used private services, with a predominance of use of fitness centers (73,2%). For those who did not use any service, the lack of time was pointed as the main reason (31,1%). Furthermore, 37,7% of these participants said that the last contact with a professor of physical education was during school. Participants of the last quintile (richer) and with more schooling (12 years or more) are more likely to use the service compared to theirfirst quintile peers and with less schooling (0 to 4 years of studies). Lastly, 18,8% of the study sample hasnever used this kind of services. ConclusionThere is a low engagement between the participants and sport or physical education services. Moreover, these services are linked predominantly to private environments, indicatingan inequality.