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Ao tratar de comunicação e saúde, esta pesquisa visa analisar as campanhas de prevenção ao suicídio e a recepção dessa comunicação pelos jovens universitários. A metodologia qualitativa envolve as técnicas de análise documental de campanhas de 23 organizações e entrevistas semiestruturadas sucessivas com 12 jovens, caracterizando-se como um estudo de recepção da publicidade. Os resultados evidenciam que as campanhas têm pouca repercussão entre os jovens estudados, e que sua comunicação, frequentemente, aborda a promoção da saúde mental em vez da prevenção ao suicídio, reforçando o tabu sobre o tema e descumprindo, como apontado pelo público nas práticas de recepção, a esperada função de informar sobre os meios de ajuda e atendimento ao suicídio iminente.

Este texto tem como objetivo desenvolver uma análise do filme publicitário Vozes do Silêncio, peça integrante da campanha publicitária Falar pode mudar tudo, da Libbs Farmacêutica e do Centro de Valorização da Vida, para prevenção do suicídio. Como método, optou-se pela análise de filmes (PENAFRIA, 2009). Já para compreender as dinâmicas de produção e as formas textuais desse produto cultural, optou-se pelo “circuito da cultura” (JONSHON, 2004). Após a análise, compreendemos que o filme desempenha a sua principal função enquanto propaganda, o de difundir informações relacionadas a tematização do suicídio. Atrela-se a esse apontamento a materialidade que é capaz de viabilizar e trazer para discussão alguns aspectos culturais silenciados pela sociedade que podem levar o sujeito a realizar esse tipo de violência autoinfligida.