JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: As ligas acadêmicas vêm se firmando como instrumentos de ensino médico e inserção dos estudantes de medicina na prática das especialidades, inclusive na anestesiologia. Como o papel das ligas no processo de desenvolvimento de competências e aprendizado de seus alunos não é bem conhecido, avaliou-se o aprendizado dos integrantes de uma liga acadêmica de anestesiologia após um ano de participação nas suas atividades. MÉTODO: Os alunos de uma liga acadêmica de anestesiologia foram acompanhados de março a dezembro de 2010 e avaliados por meio de testes cognitivos objetivos de múltipla escolha aplicados antes do início das atividades e após sua conclusão. A frequência nas atividades e o perfil epidemiológico dos alunos foram correlacionados aos resultados dos testes. RESULTADOS: Foram analisados 20 acadêmicos do 3º ao 6º ano, com média de idade de 22,8 (21-26) anos. A frequência média nas atividades propostas foi 10,4/13 (80%). A média de acertos no primeiro teste foi 8,1/17 (47,6%), sendo que os alunos do 3º ano apresentam notas menores (p < 0,02) em relação aos demais. No teste pós-liga, a média de acertos foi 11,9/17 (70%), mostrando melhora no desempenho dos alunos (p < 0,05), e não houve diferença entre as notas dos diferentes anos da graduação. Foi encontrada relação forte entre frequência nas atividades e melhora nas notas (r = 0,719; p < 0,001). CONCLUSÕES: Os alunos que participaram da liga apresentaram melhora nos testes de avaliação de conhecimento, sugerindo que a liga é útil instrumento de ensino e promove ganho de aprendizado em anestesiologia. As atividades desenvolvidas nas ligas podem ter papel positivo na formação acadêmica dos graduandos, destacando-se, neste artigo, a anestesiologia BACKGROUND AND OBJECTIVES: Academic leagues have been consolidated as instruments of medical teaching and for the introducing of medical students to practice of specialties, including anesthesiology. As the role of leagues in the development process of competencies and learning of their students is not well known, the learning of members of an anesthesiology academic league was evaluated after participating in its activities for one year. METHOD: Students of an anesthesiology academic league were followed up from March to December 2010 and evaluated through objective cognitive tests of multiple choice applied before the beginning of activities and after their conclusion. Attendance in activities and epidemiologic profile of students were correlated with the tests results. RESULTS: Twenty medical students from 3rd to 6th year were analyzed, with an average age of 22.8 (21-26) years. The average participation in the proposed activities was 10.4/13 (80%). The average of right answers on the first test was 8.1/17 (47.6%), and 3rd year students had lower grades (p < 0.02) compared with other students. In the post league test, the average of right answers was 11.9/17 (70%), showing an improvement in performance (p < 0.05), and there was no difference between grades of different years of the medical undergraduation. A strong relationship between participation in activities and improved grades was found (r = 0.719; p < 0.001). CONCLUSIONS: Students who participated in the league had improvement in knowledge evaluation tests, suggesting that the league is a useful teaching instrument that can provide improved learning of anesthesiology. Participation in activities was connected with improved performance. Activities developed in leagues may have a positive role in students' academic education, more specifically in this article, in anesthesiology JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Las ligas académicas han venido afianzándose como instrumentos de enseñanza médica e inserción de los estudiantes de medicina en la práctica de las especialidades, inclusive en la anestesiología. Como el papel de las ligas en el proceso de desarrollo de competencias y de aprendizaje de sus alumnos no es algo que se conoce muy bien, se evaluó el aprendizaje de los integrantes de una liga académica de anestesiología después de un año de participación en sus actividades. MÉTODO: Los alumnos de una liga académica de anestesiología tuvieron un seguimiento desde marzo a diciembre de 2010, y fueron evaluados por medio de test cognitivos objetivos de múltiple elección, aplicados antes del inicio de las actividades y después de su conclusión. La frecuencia en las actividades y el perfil epidemiológico de los alumnos fueron correlacionados con los resultados de los test. RESULTADOS: Se analizaron 20 académicos del 3º al 6º año, con un promedio de edad de 22,8 (21-26) años. La frecuencia promedio en las actividades propuestas fue 10,4/13 (80%). El promedio de aciertos en el primer test fue de 8,1/17 (47,6%), siendo que los alumnos del 3º año tenían notas más bajas (p < 0,02) con relación a los demás. En el test post-liga, el promedio de aciertos fue de 11,9/17 (70%), mostrando una mejoría en el desempeño de los alumnos (p < 0,05), sin diferencias entre las notas de los diferentes años del pregrado. Se encontró una fuerte relación entre la frecuencia en las actividades y la mejoría en las notas (r = 0,719; p < 0,001). CONCLUSIONES: Los alumnos que participaron en la liga obtuvieron una mejoría en los test de evaluación de conocimiento, lo que indica que la liga es un instrumento útil de enseñanza y que genera progresos en el aprendizaje en anestesiología. Las actividades desarrolladas en las ligas pueden tener un rol positivo en la formación académica de los graduandos, destacándose, en este artículo, la propia anestesiología