Sleeping is essential to maintain proper relationships with others, keep alertness, and execute responsibilities, among many other functions. In the medical profession, there are several studies linking sleep deprivation with a decrease in responsiveness, cognition and attention. With this study we intended to characterize the sleep pattern of Portuguese anaesthesiologists and identify independent factors associated with sleep quality in this population.An observational, cross-sectional study of senior and resident anesthesiologists working in Portugal was carried out through an online questionnaire. Individuals working exclusively in intensive care units, emergency departments or with previously diagnosed sleep disorders were excluded. Socio-demographic data, Pittsburgh Sleep Quality Index, Epworth Sleepiness Scale and Perceived Stress Scale were applied. Statistical significance was assessed using the Mann-Whitney test and the chi-square test. A multivariable analysis was performed to examine the association between the Pittsburgh Sleep Quality Index and certain variables.Among 256 respondents, 46.1% reported "poor" quality of sleep (Pittsburgh Sleep Quality Index5). Within these individuals, 77.1% slept less than 7 hours per night (p0.001). Excessive daytime sleepiness (Epworth Sleepiness Scale10) was present in 41.0% of the sample, and the median Perceived Stress Scale score was 17.0. The independent factors associated with worse quality ofsleep were the number of working hours/week (OR 1.03, 95% CI 1,01 to 1,06), perceived stress (OR 1.18, 95% CI 1.11 to 1.26), taking sleep medication (OR 14.72, 95% CI 5.55 to 39.08), and sleep hours/night (OR 0.25, 95% CI 0.15 to 0.42).This fraction of Portuguese anaesthesiologists presented a poorer quality of sleep, with excessive daytime somnolence, perceived stress and higher sedative use compared to previously studied populations.Our study characterizes sleep patterns and identifies potential risk factors linked to sleep disturbances in a sample of Portuguese anaesthesiologists. Government and institutional policies can endorse sleep hygiene practices and habits, promoting healthier working environments.Introdução: O sono é essencial para executar tarefas, manter o estado de alerta, executar tarefas, entre outras funções. Diversos estudos na área médica relacionam a privação de sono com a redução da capacidade de resposta, cognição e nível de atenção. Os objetivos deste estudo foram a caracterização do padrão de sono dos anestesiologistas Portugueses e identificação de fatores de risco independentes para pior qualidade de sono. Material e Métodos: Efetuámos um estudo observacional e transversal em anestesiologistas e internos de formação específica em Anestesiologia a trabalhar em Portugal. Foram excluídos profissionais que trabalham exclusivamente em unidades de cuidados intensivos, serviços de urgência ou com patologias do sono previamente diagnosticadas. Foram colhidos dados sócio-demográficos e aplicadas as escalas de Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Epworth Sleepiness Scale (ESS) e Perceived Stress Scale (PSS). A significância estatística foi analisada recorrendo aos testes de Mann-Whitney e qui-quadrado. A associação entre o Pittsburgh Sleep Quality Index e demais variáveis foi testada através de uma regressão logística. Resultados: Dos 256 casos admitidos, 46,1% apresentaram “má” qualidade de sono (Pittsburgh Sleep Quality Index5). Nestes, 77,1% dormiram menos de 7 horas por noite (p0,001). A sonolência diurna excessiva (Epworth Sleepiness Scale10) surgiu em 41,0% da amostra e a mediana da Perceived Stress Scale foi 17,0. Os fatores de risco independentes para “má” qualidade de sono foram: número de horas de trabalho semanais (OR 1,03, IC 95% 1,01 a 1,06), stress percecionado (OR 1,18, IC 95% 1,11 a 1,26), toma de medicamentos para dormir (OR 14,72, IC 95% 5,55 a 39,08) e número de horas dormidas por noite (OR 0,25, IC 95% 0,15 a 0,42). Discussão: A nossa amostra de anestesiologistas Portugueses apresentou pior qualidade de sono, com sonolência diurna excessiva, stress percecionado e uso de sedativos superiores a outras populações previamente estudadas. Conclusão: O presente estudo caracteriza o padrão de sono e identifica potenciais factores de risco relacionados com distúrbios do sono, numa amostra de Anestesiologistas Portugueses. Políticas de saúde governamentais e institucionais poderão ser orientadas para a promoção da higiene do sono, levando a ambientes de trabalho mais saudáveis.