1. Laceração total de esôfago distal após acidente automobilístico: relato de caso / Total laceration of distal esophagus after car accident: case report
- Author
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Helen Brambila Jorge Pareja, Alessandro Luiz Gonçalves, Tatylla Moraes Benedito Vinha, Beny Goulart Dias De Castro, Pedro Augusto de Assis Goes, Aryssa Anielli Sakai, Tatiana Jaqueline Ceolato Pelisson, and Milton Mendes Cattini
- Subjects
Marketing ,Pharmacology ,Organizational Behavior and Human Resource Management ,Strategy and Management ,Drug Discovery ,Pharmaceutical Science - Abstract
S.M.B., sexo feminino, 33 anos, admitida na Santa Casa de Presidente Venceslau devido atropelamento por trator com trauma em região tóraco-abdominal. Da entrada sedada, sob ventilação mecânica e em uso de droga vasoativa. Quanto aos exames de entrada a hemoglobina era de 3,8 g/dL e o hematócrito de 11%. Na admissão no centro cirúrgico fora realizada drenagem torácica em selo d`água à esquerda, com saída imediata de 1400 ml de sangue. Prosseguiu com laparotomia exploradora, onde foi encontrado lesão esplênica grau V, lesão hepática grau IV e ruptura completa do esôfago proximal na transição esôfago-gástrica associado a lesão diafragmática. Realizado esplenectomia total, hepatorrafia com controle de sangramentos e gastrorrafia em região de cárdia, e isolamento do esôfago com sondanasogastrica (SNG) por inexperiência do cirurgião a paciente foi encaminhada para serviço de referência para reparo definitivo, no hospital especializado foi realizado reabordagem cirúrgica, no inventário da cavidade observou grande quantidade de sangue proveniente fígado e tórax, e secção completa do esôfago distal reparado por SNG, devido a instabilidade da paciente e gravidade das lesões, foi optado por cirurgia de controle de danos, realizado hepatorrafia do segmento VII, esofagostomia e peritoneostomia; Após a intervenção a paciente foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva, evoluindo a óbito. A lesão esofágica causada por trauma não iatrogênico é incomum. Com mortalidade de 10 a 40% se não diagnosticada nas primeiras 24h, usualmente acomete o esôfago torácico e cervical. O tratamento cirúrgico é indicado em casos de pacientes instáveis, perfuração de esôfago intra-abdominal, perfurações com doenças esofágicas. As primeiras 24 horas são o período ouro para o fechamento das lesões, que devem ser desbridadas até a exposição total, o que normalmente requer abertura da muscular permitindo a avaliação total do dano da mucosa. A abordagem depende da área lesionada, como no caso relatado, que devido à gravidade da paciente, foi utilizado cirurgia abreviada, para controle de danos, com esofagostomia e peritoneostomia, para que posteriormente fosse realizado reparo definitivo. A gravidade dos traumas com lesão de esôfago e a demora no diagnóstico e tratamento resulta em alta taxa de complicações pós operatórias e elevação considerável da morbimortalidade dos pacientes, fazendo-se necessários maiores estudos para detecção precoce da doença.
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- 2021
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