Tendo em vista as transformações no tecido social moderno e nos elementos do biopoder, característico deste período histórico, este artigo visa a contribuir com a reflexão acerca da dinâmica do poder sobre os corpos e sobre a vida na atualidade. Argumenta-se, baseando-se em estudos foucaultianos, que a centralidade da gestão dos riscos no mundo contemporâneo intensifica, não sem alterar, aspectos fundamentais do biopoder moderno. As políticas de assistência social brasileiras e as transformações no cenário da saúde pública, centradas na noção de risco, são analisadas como dispositivos de governo. Discute-se também como nesse processo a vida se torna, ao mesmo tempo, alvo de controle e espaço de resistência. Conclui-se que a análise das novas formas de subjetivação resultantes da integração do capital e da nova tecnologia do risco é fundamental na construção de uma nova estilística da existência e na criação de novos parâmetros analíticos para nossa atualidade. A nova situação abrange fatores complexos, contraditórios e em constante tensão, sendo possível falar da criação de uma infinidade de novos lugares de negociação, de poder, de alívio ou de desencadeamento do sofrimento, que necessitam da criação de outras mentalidades de análise. Considering the transformations in the modern social tissue and in the elements of biopower characteristic of this historical period, this article aims at contributing to the reflection on the current dynamics of power over the bodies and life. Based on foucaultian studies it is argued that the contemporary world centrality of management of risk intensifies, not without changes, fundamental aspects of the modern biopower. The Brazilian social assistance policies and transformations in public health status, focused on the logic of risk, are analysed as govern dispositives. It is also discussed how life becomes both the aim of control and the space for resistance in this process. One can conclude that the analysis of new modes of subjectivation resulting from the integration of capital and logic of risk is essential to build new stylistics of existence and to create different analysis parameters for the present days. The new situation covers complex, contradictory factors, always in tension. It is possible to talk about the creation of countless new places of negotiation, power and relief or of triggering of suffering, which require the creation of a new mentality of analysis. Teniendo en vista las transformaciones en el tejido social moderno y en los elementos del biopoder, característico de este período histórico, este artículo tiene la intención de contribuir con la reflexión acerca de la dinámica del poder sobre los cuerpos y sobre la vida en la actualidad. Se argumenta, basándose en estudios foucaultianos, que la centralidad de la gestión de los riesgos en el mundo contemporáneo intensifica, no sin alterar, aspectos fundamentales del biopoder moderno. Las políticas de asistencia social brasileñas y las transformaciones en el escenario de la salud pública, centradas en la noción de riesgo, son analizadas como dispositivos de gobierno. Se discute también como en ese proceso la vida se vuelve, al mismo tiempo, blanco de control y espacio de resistencia. Se concluye que el análisis de las nuevas formas de subjetivación resultantes de la integración del capital y de la nueva tecnología del riesgo es fundamental en la construcción de una nueva estilística de la existencia y en la creación de nuevos parámetros analíticos para nuestra actualidad. La nueva situación abarca factores complejos, contradictorios y en constante tensión, siendo posible hablar de la creación de una infinidad de nuevos lugares de negociación, de poder, de alivio o de desencadenamiento del sufrimiento, que necesitan la creación de otras mentalidades de análisis.