This research was made to analyze the myths about Helena in the homonyms tragedy of Euripides, Narcissus, in Metamorfoses by Ovid, and Psyche, in O asno de ouro, examining their paradoxes from the beauty that they represent and the tragic life which they lived. These questions come from the confluences between these mythical narratives and their original sacredness, facing a context in that is testified a constant process of transformation and heyday of the philosophical logos in Ancient Greek and Roman civilizations. Traditionally associated with religious ceremonies, the myths exerted great importance, being fundamental to the paideia, contributing to the social and cultural formation of that people. However, they had their position questioned by the increasing of the philosophical thinking which showed a new discursive method to reflect about humanity. In our hypothesis, the enchanted beauty of Helena, Narcissus and Psyche, instead of characterize a god’s gift, contrarily, correspond to the destiny or dismal situation they will suffer. And to substantiate our investigation, we’ll construct dialogues with some authors, like Plato and Aristotle, who contribute with their thinking about the poiésis and their principles into their social context. For the analyzes of this philosophic aesthetic, it will be used the studies of Benedito Nunes (2016), Umberto Eco (2017), Georges Bataille (1987) among others. For the analyzes of the sacred aspect and its semantic multiplicity, it will be used the studies of Mircea Eliade (1992/2008/2013/2016), Joseph Campbell (1990/1992/2004/2007/2015), Ernest Cassirer (1992), Northrop Frye (2014), Jean-Pierre Vernant (1978/1989/1990/2000/2002/2006/2008) among others. We emphasize that, to guide our arguments, it will be used a hermeneutic perspective through Hans-Georg Gadamer (1999) and Paul Ricouer (1989/1994/2015/2016). Using the perspective of these interlocutors, we will base our arguments on the defense of the ‘Tragic Beauty Myth’, emphasizing the sacred disposition that, even in a powerful philosophic reflection, still remains vivid and active. Because of that, even in the heydays of the pólis, the myths went on stage and starred the unprecedented and the unusual of the human life. Facing that, we justify the relevancy of our research; we emphasize that, as a methodology, it will be used the qualitative and investigative analysis of propositions and we will be in constant interaction with several areas of the knowledge, as it is required for a study of the Sciences of Religions. Nenhuma A nossa pesquisa objetiva analisar os mitos de Helena, na tragédia homônima de Eurípedes, Narciso, nas Metamorfoses (Ovídio), e Psiquê, em O asno de ouro (Apuleio), observando os paradoxos que deles emanam, a partir da beleza que representam e da vida trágica em que incorrem. Tais problematizações advêm das confluências entre as narrativas míticas, com a sua sacralidade original, com um contexto em que se vê crescente o processo de secularização e o apogeu do lógos filosófico na Antiguidade greco-romana. Tradicionalmente vinculadas às cerimonias religiosas, os mitos exerceram grande importância, sendo fundamentais para a paideia, contribuindo com a formação social e cultural do povo. Entretanto, eles tiveram a sua posição questionada, ao passo em que o florescimento da filosofia demonstrou um novo modo discursivo de refletir sobre a humanidade. Em nossa hipótese, a beleza encantadora de Helena, Narciso e Psiquê, ao invés de se caracterizar como uma dádiva divina, corresponde, contrariamente, ao destino e/ou à situação funesta que eles irão sofrer. E, para que possamos fundamentar a nossa investigação, construiremos diálogos com alguns autores, a exemplo de Platão e Aristóteles, que muito contribuem com as suas reflexões sobre a poiésis em seus princípios e em sua contextualização social. Para a exposição sobre a estética filosófica, irão nos auxiliar Benedito Nunes (2016), Umberto Eco (2017), Georges Bataille (1987) entre outros. Acerca do mito, o seu aspecto sacro e sua multiplicidade semântica, nos auxiliarão Mircea Eliade (1992/2008/2013/2016), Joseph Campbell (1990/1992/2004/2007/2015), além de Ernest Cassirer (1992), Northrop Frye (2014), Jean-Pierre Vernant (1978/1989/1990/2000/2002/2006/2008) entre outros. Salientamos que, para a tessitura de nossos argumentos, faremos uso de uma perspectiva de leitura hermenêutica, através de Hans-Georg Gadamer (1999) e Paul Ricouer (1989/1994/2015/2016). A partir desses interlocutores, alicerçaremos os nossos argumentos em defesa do ‘mito da beleza trágica’, enaltecendo o caráter sacro que, mesmo em um contexto de uma reflexão filosófica pujante, ainda permanece vívido e atuante. Por isso, até mesmo no apogeu da pólis, os mitos subiram no palco e protagonizaram o inaudito e o insólito da vida humana. Diante disso, justificamos a relevância do nosso trabalho, e destacamos que, como metodologia, buscaremos a análise qualitativa e investigativa das proposições e estaremos em constante interação com diversas áreas do conhecimento, como requer um estudo em Ciências das Religiões.