Reis, Verusca Moss Simões dos, Videira, Antonio Augusto Passos, Camargo Junior, Kenneth Rochel de, Edler, Flávio Coelho, Fragozo, Fernando Antonio Soares, and Chediak, Karla de Almeida
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-06T19:51:17Z No. of bitstreams: 1 Tese Verusca.pdf: 839637 bytes, checksum: e5f565f6c1bcbd2dfdd323db7d5f20c0 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-06T19:51:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Verusca.pdf: 839637 bytes, checksum: e5f565f6c1bcbd2dfdd323db7d5f20c0 (MD5) Previous issue date: 2010-08-02 Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro The major objective of this work is to demonstrate that the changes occurred in the last sixty years in the way science is organized, managed and funded, i.e., in the mode of knowledge production, have consequences both to the sociological and to the philosophical principles of science. Those changes raise the necessity to analyse sience and society relationship. Our thesis is mainly based on the work of the physicist and epistemologist John Michael Ziman F. R. S. (1925-2005), who argued that the collectivization of science led to a new mode of knowledge production called post-academic or post industrial science . One of its major consequences is related to the changes on the scientific ethos. In a post academic science a new ethos of science, based on managerial values, is deflating the mertonian ethos, which main goal would be the maintenance of principles historically and socially shared by scientists, in an ideal of academic science, such as objectivity, search for truth and autonomy (even tough as regulatory principles). Furthermore we will show that Ziman does not incorporate the traditional interpretation of the mertonian ethos, which associates it to a fundacionist epistemology. Besides that, he reinterprets it - by following the new trends in philosophy and in sociology of science the epistemic ideals preconised by the positivists and neo-positivists, specially the notion of objectivity. In Ziman s point of view, we can still trust science, because it has a social mechanism of knowledge production that is based on the cooperation and organized scepticism. Nosso trabalho tem como objetivo central mostrar que as mudanças ocorridas no modo de produção da ciência contemporânea possuem implicações, tanto para os aspectos sociológicos da ciência quanto para os seus princípios filosóficos, que ainda apontam para uma necessidade de uma análise da relação entre ciência e sociedade. Baseamos nossa tese no trabalho desenvolvido pelo físico e epistemólogo da ciência John Michael Ziman F. R. S. (1925-2005), que defende que as mudanças ocorridas nos últimos 60 anos, relacionadas a uma nova forma de organizar, gerir e financiar a prática científica, i.e., a uma nova forma de prática científica, levaram ao surgimento de uma ciência pós-acadêmica ou pós-industrial . Sua consequência mais grave é a incorporação de um novo ethos científico, que tem como base princípios gerenciais, em detrimento do ethos mertoniano, cujo objetivo principal seria a manutenção de princípios que foram histórica e socialmente defendidos pelos cientistas em um ideal de ciência acadêmica, tais como os de objetividade, busca da verdade e autonomia, ainda que como ideais reguladores. Contudo, mostraremos que Ziman não adere à interpretação tradicional do ethos mertoniano, que o associa a uma epistemologia fundacionista. Além disso, ele reformula, seguindo as novas filosofia e sociologia da ciência, os ideais epistêmicos preconizados pelas tendências positivistas e neopositivistas, em especial a noção da objetividade. Para Ziman, a ciência ainda produz conhecimento confiável, pois possui um mecanismo cooperativo de produção, que tem como base a crítica entre os pares.