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31.8.2021​

22. April 2021

04.10.2021

15. Mai 2020

07 July 2020

[español abajo / english below]ApresentaçãoDezembro 2019Apresentamos a edição de dezembro da Revista Direito e Práxis (Vol. 10, n. 4, 2019, dez-fev), último número do volume comemorativo de 10 anos da publicação. Trazemos, como sempre, doze artigos inéditos de autoras e autores brasileiros e internacionais, com temas nos campos da teoria do direito, direitos humanos, história do direito e abordagens críticas da criminologia. A revista também conta com um dossiê especial organizado pelos editores da revista, o qual será apresentado em seguida, e com duas resenhas de trabalhos nos campos do direito e marxismo, bem como da violência, racismo e memória. Nesse número tão especial, gostaríamos de agradecer nossos colaboradores, especialmente à equipe da Revista nesses 10 anos de sua história. Até 2019, a Revista Direito e Práxis publicou aproximadamente 600 artigos inéditos, no entorno de 100 traduções e resenhas. O número de submissões ao todo passa da casa dos 3000 artigos. Esses números comprovam: sem uma estrutura de tecnologia e uma equipe dedicada e engajada, seria impossível realizar um trabalho de qualidade como o que a revista presta ao seu público de leitores, autores e avaliadores. Nesse sentido, nós editores, devemos um agradecimento especial ao trabalho da Editora Executiva, Bruna Mariz Bataglia Ferreira, que desempenha um papel fundamental na coordenação da qualidade dos arquivos e layout, curadoria de dados da revista, além de coordenar os treinamentos das bolsistas da revista. Ademais, contamos também, neste ano comemorativo, com a colaboração de editoras e editores convidados, os quais organizaram os três dossiês constantes nos números de março, junho e setembro: muito obrigada Juliana Cesário Alvin, Assis de Oliveira, Silvia Maeso e Cesar Baldi pelos excelentes artigos direcionados à nossa publicação. Nosso muito obrigada também a todas e todos os editores convidados dos dossiês passados da revista, bem como aos demais membros que passaram pela equipe da revista nesses 10 anos de publicação. Como sempre, a revista conta com artigos inovadores e avaliados pelo crivo de nosso procedimento de double blind review. Aproveitamos para agradecer explicitamente o trabalho de nossos avaliadores, tanto o dos que atuaram diretamente nessa edição, quanto os que contribuíram conosco para a análise de trabalhos submetidos ao periódico nesses 10 anos de história. Sem essa colaboração, não seria possível manter a qualidade dos artigos publicados pela revista. Um outro agradecimento importante é dedicado aos alunos e alunas, bem como à coordenação do Programa de Pós-Graduação em Direito da UERJ, os quais cooperam conosco para a realização de traduções de artigos de outros idiomas para o português e para a preparação de versões em inglês e espanhol de artigos da revista e de nossos editoriais. Além disso, não poderíamos deixar de relembrar a contribuição do professor Guilherme Leite Gonçalves, que, nos idos do ano de 2009, contribuiu com a sugestão do nome da nossa publicação. Tendo a filosofia da práxis como inspiração, batizamos a revista com o nome Direito e Práxis. Por fim, também gostaríamos de agradecer à equipe do Portal de Publicações e da Editora UERJ por todo o suporte dado à nossa equipe e aos nossos usuários. À Editora Cubo também agradecemos pelo trabalho conjunto e eficiente na preparação dos artigos em XML, e também à equipe do SciELO, que é sempre uma das fomentadora da qualidade da nossa publicação e difusão determinante da nossa produção. Como não poderia ser diferente, relembramos que as políticas editoriais para as diferentes seções da Revista podem ser acessadas em nossa página e que as submissões são permanentes e sempre bem-vindas! Que venham os próximos 10 anos de trabalho e difusão do pensamento crítico no campo do direito e suas ciências afins!Boa Leitura! José Ricardo CunhaCarolina Alves VestenaOs Editores da Revista Direito e Práxis***PresentaciónDeciembre 2019Presentamos la edición de diciembre de la Revista Direito e Praxis (Vol. 10, n. 4, 2019, dec-feb), el último número del volumen conmemorativo de 10 años de la publicación. Traemos doce artículos inéditos de autoras y autores brasileños e internacionales con temas en los campos de la teoría del derecho, los derechos humanos, la historia del derecho y perspectivas críticas de la criminología. La revista también posee un dossier temático especial organizado por los editores de la revista, el cual será presentado enseguida, y también cuenta con dos reseñas de trabajos en los campos del derecho y marxismo, así como de la violencia, del racismo y de la memoria.En este número tan especial, nos gustaría agradecer a nuestros colaboradores, especialmente al equipo de la Revista en esos 10 años de su historia. Hasta 2019, la Revista Derecho y Praxis a publicado cerca de 600 artículos inéditos, alrededor de 100 traducciones y reseñas. El número de sumisiones en total supera unos 3000 artículos. Esos números comprueban: sin una estructura de tecnología y un equipo dedicado y comprometido, sería imposible realizar un trabajo de calidad como el que la revista presta a su público de lectores, autores y evaluadores. En ese sentido, nosotros los editores, debemos un agradecimiento especial al trabajo de la Editora Ejecutiva, Bruna Mariz Bataglia Ferreira, que ejerce una función fundamental en la control de calidad de los documentos y layout, curaduría de los datos de la revista, además de coordinar los entrenamientos de los becarios de la revista. Contamos también, en este año conmemorativo, con la colaboración de editoras y editores invitados, los cuales organizaron los tres ediciones presentes en los números de marzo, junio y septiembre: muchas gracias, Juliana Cesário Alvin, Assis de Oliveira, Silvia Maeso e Cesar Baldi por los excelentes artículos dirigidos a nuestra publicación. Nuestro muchas gracias también a todos los editores invitados de los expedientes pasados de la revista, así como a los demás miembros que han pasado por el equipo de la revista durante estos 10 años de publicación.Por supuesto, los artículos innovadores de la revista son evaluados mediante el procedimiento de double blind Review. Aprovechamos para agradecer explícitamente el trabajo de nuestros evaluadores, tanto de aquellos que actuaron directamente en esa edición, como de aquellos que contribuyeron con nosotros para el análisis de trabajos sometidos al periódico en esos 10 años de historia. Sin esa colaboración, no sería posible mantener la calidad de los artículos publicados por la revista.Un otro agradecimiento importante es dedicado a los alumnos y alumnas, así como a la coordinación del Programa de Posgrado en Derecho de la UERJ, los cuales cooperan con nosotros para la realización de traducciones de artículos de otras lenguas para el portugués y para la preparación de versiones en inglés y español de la revista y de nuestros editoriales. Además, no podíamos dejar de recordar la contribución del profesor Guilherme Leite Gonçalves, que en 2009 contribuyó con la sugerencia del nombre de nuestra publicación. Teniendo como inspiración la filosofía de la praxis, llamamos a la revista Direito e Práxis.Por fin, nos gustaría agradecer al equipo del Portal de Publicaciones y a la Editora UERJ por todo el soporte dado a nuestro equipo y a nuestros usuarios. Agradecemos la Editora Cubo por el trabajo conjunto y eficiente en la preparación de los artículos en XML, y también al equipo del SciELO, que es siempre una de las fomentadoras de nuestra publicación y su difusión, fundamentales para nuestra producción.!Señalamos que se puede acceder a nuestra política editorial para las diferentes secciones de la Revista en nuestro sitio electrónico y que las sumisiones son permanentes y siempre bien venidas!!Que vengan los próximos 10 años de trabajo y difusión del pensamiento crítico en el campo del derecho y sus áreas conexas!Buena Lectura! José Ricardo Cunha, Carolina Alves VestenaLos Editores de la Revista Direito e Práxis***PresentationDecember 2019We present December’s edition of Revista Direito e Práxis (Vol. 10, n. 4, 2019, Dec-Feb), the last edition of the anniversary volume of 10 years of the journal. In this issue we bring, as always, twelve unpublished papers of both Brazilian and foreign authors, approaching the subjects of theory of law, human rights, history of law and critical approaches of criminology. The journal also contains a special dossier organized by the editors of the journal, which will be presented next, and two reviews in the fields of law and Marxism, as well as of violence, racism and history.In this special edition, we would like to thank our collaborators, particularly the journal’s staff in these 10 years of history. Until 2019, the Revista Direito e Práxis published approximately 600 articles and around 100 translations and reviews. The number of submissions as a whole surpasses 3000 manuscripts. These numbers state: without the technological structure and a committed staff, it would have been impossible to accomplish the high standards as we have been providing for our readers, authors and evaluators. In the sense, we the editors, own a special acknowledgement to the work of the Executive Editor, Bruna Mariz Bataglia Ferreira, who plays a key role in the coordination of the layout and the articles’s standards, does the curatorship of the journal’s data, besides in providing training for the journal’s interns. In addition, we also count on, in this commemorative year, with the collaboration of invited editors, which organized the three dossiers of the editions of March, June and September: thank you Juliana Cesário Alvin, Assis de Oliveira, Silvia Maeso e Cesar Baldi for the excellent papers submitted to our journal. Finally, we also thank each invited editor of the previous dossiers of the journal, as well as the other members who have passed through the journal's team during these 10 years of publication.As always, the journal counts with innovative articles, which were evaluated through the double blind reviewprocedure. We also emphatically thank the work of our evaluators, both of those who directly worked in this edition and of those who contributed with us in the analysis of the submitted manuscripts along these 10 years of history. Without this sort of collaboration, it would not have been possible to keep the standards of the articles published by the journal.We address another important acknowledgement to the PhD Students and to the Coordination of the Law Post-Graduation Program of UERJ, which cooperate with us in the translation of articles from other languages to Portuguese and in the development of versions in English and Spanish of our journal’s contributions and editorials. In addition, we could not forget the contribution of Professor Guilherme Leite Gonçalves, who, in 2009, contributed with the suggestion of the name of our publication. Having the philosophy of praxis as inspiration, we baptized the journal with the name Direito e Práxis.Finally, we would also like to thank the staff of the Portal de Publicações and of Editora UERJ for all the given support to our staff and to our users. We also thank the Editora Cubo for the joint effort in the conversion of the files in XML, and also to the SciELO staff, which has always been a supporter of our journal’s academic standards, a key role for the dissemination of our work.We remind that the editorial policies for the different sections of the Journal can be accessed in our website and that the submissions are permanent and always welcome! We are eager for the next 10 years of work and dissemination of the critical thought in the fields of law and its correlated sciences!We wish you a good reading!José Ricardo CunhaCarolina Alves VestenaThe editors of Revista Direito e Práxis

DOI: 10.1590/2179-8966/2019/45682 ResumoDe 2009 a 2019, dez se passaram e a Revista Direito e Práxis (DeP) representa um consolidado e relevante canal de publicação na área das pesquisas sócio-jurídicas críticas, com foco especial nos campos da teoria, filosofia e sociologia do direito. Esses dez anos de dedicação para gerir, profissionalizar e ampliar o alcance da publicação renderam frutos não apenas no que diz respeito ao reconhecimento do periódico, mas também no âmbito das avaliações institucionais e na repercussão da revista em trabalhos acadêmicos. O reconhecimento da revista no campo se dá por uma série de fatores, os quais se relacionam com a qualidade e com o profissionalismo do período, além de seu escopo específico. Nesse artigo, relembramos a história de fundação da revista com o intuito de fomentar um debate sobre suas boas práticas. Além disso, apresentamos um levantamento dos próximos desafios editoriais que se anunciam e das estratégias a serem adotadas pela equipe editorial da Revista Direito e Práxis.Palavras-chaves: Direito e Práxis; Direito; Práticas editoriais; 10 anos.AbstractFrom 2009 to 2019, ten years have already passed and the Revista Direito e Práxis (DeP) is a well-established and relevant publication channel in the area of critical socio-legal research, with special focus on the fields of theory, philosophy and sociology of law. These ten years of dedication to manage, professionalize and expand the scope of the publication have been fruitful not only in terms of the journal's recognition, but also in terms of institutional evaluations and the journal's impact on academic works. The recognition of the journal in the field is given by a series of factors, which are related to the quality and professionalism, in addition to its specific scope. In this article, we recall the history of the foundation of the journal in order to foster a debate on its good practices. Finally, we present a summary of the upcoming editorial challenges and strategies to be adopted by the editorial team of Direito e Práxis Journal.Keywords: Law and Praxis; Law; Editorial practices;10 years.

The research on social movements has observed the internal dynamics of movements, the construction of their identities, their forms of performance, as well as their organization and mobilized resources. From the continuous observation of movements in their local and transnational dynamics, the uses of law have been analyzed, on the one hand, as part of the strategies and resources mobilized by the movements and, on the other hand, as part of the institutional structures of opportunity and repression. This article aims to demonstrate the possible paths to be developed for an analysis of the forms of mobilization of rights from the point of view of social movements that also consider the complexity of the legal form. For this, the work is divided into three parts. The first will bring a summary of the different perspectives in the field of social movements. The second will focus on the current debates on social movements, protests and austerity policies. And finally, the third will present the discussion promoted in this special issue of the Law and Praxis Journal aiming at offering new questions for a research agenda on the matter. Resumo A pesquisa sobre os movimentos sociais observa a sua dinâmica interna, a construção de suas identidades, suas formas de atuação, bem como a organização e recursos mobilizados. A partir da observação contínua dos movimentos em suas dinâmicas locais e transnacionais, os usos do direito foram analisados, por um lado, como parte das estratégias e recursos mobilizados pelos movimentos e, por outro lado, como parte das estruturas institucionais de oportunidade e de repressão. Este artigo tem por objetivo demonstrar os possíveis caminhos a serem desenvolvidos para uma análise das formas de mobilização de direitos do ponto de vista dos movimentos sociais que considerem também a complexidade da forma jurídica. Para isso, o trabalho será dividido em três partes. A primeira trará uma retomada das diferentes perspectivas no campo dos movimentos sociais. O segundo centra-se nos debates atuais sobre os movimentos sociais, os protestos e as políticas de austeridade. E, finalmente, a terceira apresentará a discussão promovida nesta edição especial da Revista Direito e Práxis com o objetivo de oferecer uma novas questões para uma agenda de pesquisa sobre o tema.

Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-05T21:04:27Z No. of bitstreams: 1 Carolina Alves Vestena_Texto Completo.pdf: 1764705 bytes, checksum: 978523d82420f0f9477b3bcc894a0b2b (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-05T21:04:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carolina Alves Vestena_Texto Completo.pdf: 1764705 bytes, checksum: 978523d82420f0f9477b3bcc894a0b2b (MD5) Previous issue date: 2016-03-04 The present work analyses the process of institutionalization of the Bolsa Família program (PBF), a non-redistributive cash transfer policy in Brazil, targeting the poor population implemented during the first government of Luiz Inácio Lula da Silva of the Workers Party. From a historical materialist political analysis, focusing on the observation of context, actors and processes, I argue that the PBF is a hegemonic policy within the Brazilian social assistance that reinforces a paradigm of welfare based on access to basic services through the market and not as universal social right. Its hegemony has been consolidated through strategies of unification, centralization and agreements among federal entities and massive coverage. These strategies were elaborated within the process of agenda definition that led to the implementation of the program. The Bolsa Família was introduced to overcome the diffusivity of previous social policies, the Zero Hunger program and the agenda of universal basic income of citizenship . The regulation model adopted is understood as a resource operated by federal managers in order to ensure the program hegemony by means of: (a) parameters centralized by the federal administration to achieve the goals, (b) inter-sectorial conditionalities that aim at decentralizing the program, but unilaterally agreed with local governments, (c) a model of performance control linked to financial rewards to municipalities, (d) a control of conditionalities and targeting counterbalanced by mechanisms of mass coverage through registration within the Single Registry of Social Programs and (e) various strategies for social legitimation (priority of payment to women, low expenditure of resources and expansion of mechanisms of social participation at the institutional level). The work offers a methodological approach for the analysis of data and researches conducted about the program, and establishes a dialogue with the field that focuses on the evaluation of social policies, especially with studies that examine the role of law within these policies, as well as with those dealing with the expansion of conditional cash transfer programs. O presente trabalho analisa o processo de institucionalização do programa Bolsa Família (PBF), política de transferência de renda não redistributiva, focalizada para a população pobre brasileira implementada em 2003 durante o primeiro governo de Luiz Inácio da Silva do Partido dos Trabalhadores. A partir de uma análise política histórico-materialista, centrada na observação de contexto, atores e processos, sustenta-se que o PBF é uma política hegemônica no âmbito da assistência social brasileira e que reforça, portanto, um paradigma de assistência social de acesso aos serviços básicos via mercado e não como direito social universal. Sua hegemonia se consolida por meio de estratégias de unificação, centralização, pactuação e cobertura massiva que foram elaboradas no processo de definição de agenda que leva à implementação do programa. O Bolsa Família foi introduzido para superar as políticas sociais difusas dos períodos anteriores, o programa Fome Zero e a agenda de renda mínima universal de cidadania. O modelo de regulação jurídica adotado é compreendido como um recurso operacionalizado pelos gestores para garantir a sustentação da hegemonia do programa por meio de: (a) parâmetros para a consecução de metas centralizadas nas decisões do governo federal, (b) condicionalidades intersetoriais que visam sua descentralização, mas são pactuadas unilateralmente com os entes locais, (c) modelo de cobrança de performance dos municípios vinculado a recompensas financeiras, (d) controle de condicionalidades e focalização contrabalanceados com mecanismos de massificação de cobertura por meio do Cadastro Único de Programas Sociais e (e) estratégias de legitimação social diversas (prioridade de pagamento às mulheres, baixo dispêndio de recursos e ampliação de mecanismos de participação social a nível institucional). O trabalho oferece uma abordagem metodológica para a análise de dados e pesquisas sobre o programa que dialoga com o campo de avaliação de políticas sociais, especialmente com as pesquisas que analisam o papel do direito no seu interior, bem como aquelas que tratam da expansão de programas de transferência de renda condicionada.

DOI: http://dx.doi.org/10.12957/rqi.2014.13422Trabalho recebido e aprovado em setembro de 2014. Resumo O presenta artigo traz uma revisão da discussão sobre a participação social no Supremo Tribunal Federal a partir das audiências públicas. No primeiro bloco, destaca-se a teoria material do estado de Poulantzas (2000), a qual observa o direito e seus aparelhos enquanto estruturas organizadoras do corpo social de acordo com as prioridades das classes posicionadas no bloco do poder dominante. Assim, se oferece uma análise de tais instrumentos como sofisticação do formalismo dos tribunais, ocultando o exercício de controle por mecanismos que concederiam espaço para participação popular e igualariam as oportunidades de intervenção de agentes de diferentes grupos sociais. No segundo bloco, são apresentadas as hipóteses críticas à transferência dos processos políticos para a esfera judicial, fenômeno contemporâneo dos regimes democráticos, conforme abordadas nas primeiras versões da pesquisa discutidas a partir do ano de 2010. A partir de então, reviso os argumentos centrais do debate, retomo as conclusões centrais e destaco diálogos gerados sobre o tema. Palavras-chave: Supremo Tribunal Federal, Audiências Públicas, Participação SocialAbstract In this work a review on the discussion about impacts of social participation in the Brazilian Supreme Court (STF) has ben presented. In the first part, the Poulantzas (2000) material theory of state is explicated, which observes the law and its apparatuses as structures that organizing the social body according the priorities of the classes positioning in dominant power block. In this sense, procedures that supposedly promote democracy, like as the public hearings, are interpreted as a simple sophistication of the tribunal’s formalism, hiding the control is performed by mechanisms that would grant space to popular participation and would equalize the intervention’s opportunities from agents of different social groups. In the second part, based on this analysis of participative practices inside the institution, critical hypothesis about the transference of political processes to judicial sphere in contemporary democratic regimes are presented. Since then the central debate arguments are re-examined, the central conclusions are revisited and the dialogues on the theme are highlighted. Keywords: Brazilian Supreme Court, Public Hearings, Social Participation

Submitted by Lamôni Siqueira (slamoni@stj.jus.br) on 2013-05-06T21:00:15Z No. of bitstreams: 1 audiencias_publicas_diagnostico_vestena.pdf: 3601288 bytes, checksum: 91ce37e9fc231e8ea83a9274a6ba072b (MD5) Approved for entry into archive by Adriana dos Santos Santana null(adrianas@stj.gov.br) on 2013-05-07T12:42:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1 audiencias_publicas_diagnostico_vestena.pdf: 3601288 bytes, checksum: 91ce37e9fc231e8ea83a9274a6ba072b (MD5) Made available in DSpace on 2013-05-07T12:42:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 audiencias_publicas_diagnostico_vestena.pdf: 3601288 bytes, checksum: 91ce37e9fc231e8ea83a9274a6ba072b (MD5) Previous issue date: 2012-10

The present work intends to demonstrate the structural impossibility of democratization for the Supremo Tribunal Federal (STF) coming from the social participation in the jurisdictional public hearings. In order to do so, this study is divided in three parts. In the first one, two macro social phenomena are approached – the Welfare state crisis and the economic globalization – with the purpose of rescuing the main interpretations about the emergence of the Judiciary and identifying the originated normative projects of reform. It is possible to highlight Burgos and Vianna’s perspective (2002), given the fact that its content can be verified in official speeches interpreting the public hearings as democratization tools for the STF. The second chapter questions the possibility of a participative democratization in the STF from Poulantzas’ political theory (2000) approach. Under this conceptual matrix’s scope, law, in the capitalist social formation, organizes interests and unifies consent in order to shape the social body according to the priorities of the class sitting on the top of the dominant power’s block. It foresees the concession and withdrawal of rights according to the political movements of the classes, which are in a continuous state of dispute within a State formed by material characteristics and permeated by fissures. In this sense, public hearings are interpreted as procedures which sophisticate the court’s traditional formalism, hiding the exercise of control through mechanisms which would apparently make room for popular participation and make intervention opportunities for agents from different social groups equal. These characteristics suggest the impossibility of democratizing its structures. Finally, in the third chapter, the case study of the five hearings that took place points out the to the reproduction of the litigious disposition as part of the juridical process in these events, given the fact that the Ministers played a minimal role in these procedures, displaying participants in opposite sides as if they were exerting their right to the contradictory while only using the pronouncements from the hearings in their votes to reinforce arguments which are favorable to their already-established points of view. According to the tabulated information, the present work suggests that the public hearings do not provoke democratizing impacts in the STF’s structures. What they do is sophisticate existing procedures in order to reproduce the traditional role of controlling the judicial apparatus within capitalism. Este trabalho objetiva demonstrar a impossibilidade estrutural de democratização do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir da participação social nas audiências públicas jurisdicionais. Para tanto, o trabalho divide-se em três partes. Na primeira, são abordados dois fenômenos macrossociais, a crise do Estado de bem estar e a globalização econômica, com a finalidade de resgatar as principais interpretações sobre a emergência do Judiciário e identificar os projetos normativos de reforma originados. Dentre eles, destaca-se a perspectiva de Vianna e Burgos (2002), pois seu conteúdo é verificado nos discursos oficiais que interpretam as audiências públicas como instrumentos democratizantes do STF. No segundo capítulo, pretende-se questionar a possibilidade de democratização participativa do STF a partir da teoria política de Poulantzas (2000). Para esta matriz conceitual, o direito, na formação social capitalista, organiza interesses e unifica o consentimento de forma a moldar o corpo social de acordo com as prioridades das classes posicionadas no bloco do poder dominante. Prevê a concessão de direitos e sua retirada conforme os movimentos políticos das classes, que estão em contínua disputa no interior de um Estado de características materiais e permeado por fissuras. Nesse sentido, as audiências públicas, são interpretadas como procedimentos que sofisticam o formalismo tradicional dos tribunais, ocultando o exercício do controle por mecanismos que aparentemente concederiam espaço para participação popular e igualariam as oportunidades de intervenção de agentes de diferentes grupos sociais. Estas características sugerem a impossibilidade de democratização de suas estruturas. Por fim, no terceiro capítulo, o estudo de caso das cinco audiências realizadas evidencia a reprodução da disposição litigiosa do processo jurídico nestes eventos, uma vez que os ministros pouco participam, dispõem os participantes em lados opostos como se estivessem exercendo o contraditório e somente utilizam os pronunciamentos das audiências em seus votos para reforçar argumentos de seu interesse. De acordo com as informações sistematizadas, o presente estudo sugere que as audiências públicas não provocam impactos democratizantes nas estruturas do STF. Ao contrário, sofisticam os procedimentos existentes para reproduzir o tradicional papel de controle dos aparelhos judiciais no interior do capitalismo.