Between 1941 and 1943, Nikos Kazantzákis wrote Vida e proezas de Aléxis Zorbás, a novel published in 1946. The book is about a narrator in search of the full experience of life and arrived in Brazil in 1951. When buying a coal mine on the island of Crete, the narrator meets Aléxis Zorbás, a vivid and picturesque character, and seeks to give himself over to the appreciation and experience of life. Over the course of the narrative, we can conclude that Zorbás represents the figure of one who overcame men’s moral barriers and ethical judgments, but who did not disassociate himself from a certain primitivism. The apollonian and Dionysian principles interpenetrate both in Nietzsche’s thought and in kazantzakian prose, leading us to the idea of “chaosm”, an expression that, according to Roberto Machado, would come from Joyce and would concentrate the poles of measure and excess. We intend to dedicate ourselves to an analysis of the novel, aiming to investigate the relationship between Literature and Philosophy, in a more detailed way in the reflections present in the writing of Kazantzákis of Nietzsche’s thought in Assim falava Zaratustra. To do so, we will make use of contributions from scholars such as Cícero (2004, 2012), Machado (2004), Nunes (2010) and others. Entre 1941 e 1943, Nikos Kazantzákis escreveu Vida e proezas de Aléxis Zorbás, romance publicado em 1946. O livro trata de um narrador em busca da plena experimentação da vida e chegou ao Brasil em 1951. Ao comprar uma mina de carvão na ilha de Creta, o narrador conhece Aléxis Zorbás, personagem vivido e pitoresco, e busca entregar-se à apreciação e à vivência da vida. Com o decorrer da narrativa, podemos concluir que Zorbás representa a figura daquele que ultrapassou as barreiras morais e os juízos éticos dos homens, mas não se desvinculou de certo primitivismo. Os princípios apolíneo e dionisíaco se interpenetram tanto no pensamento de Nietzsche quanto na prosa kazantzakiana, levando-nos à ideia do “caosmos”, expressão que, consoante Roberto Machado, adviria de Joyce e concentraria os polos de medida e de desmedida. Pretendemos nos dedicar a uma análise do romance, objetivando investigar as relações entre Literatura e Filosofia, de modo mais detido nos reflexos presentes na escrita de Kazantzákis do pensamento de Nietzsche em Assim falava Zaratustra. Para tanto, valer-nos-emos das contribuições de estudiosos como Cícero (2004, 2012), Machado (2004), Nunes (2010) e outros.