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DOENÇA RENAL CRÔNICA: DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO.

Authors :
Cardon de Oliveira, Luciana Schmitt
Source :
Evidência. jul-dez2022, Vol. 22 Issue 2, p132-132. 1p.
Publication Year :
2022

Abstract

Doença renal crônica (DRC) é definida por anormalidades de estrutura ou função renal, por mais de 3 meses, com implicações para saúde. Sendo seus marcadores: albuminúria, creatinina, alterações de imagem, da histologia, do sedimento urinário, distúrbios de eletrólitos ou transplante renal. A investigação se baseia na realização de exames de creatinina sérica, parcial de urina, albuminúria, biópsia renal e ultrassonografia. Devemos pesquisar naqueles pacientes com diabetes, hipertensão, obesidade, histórico familiar de doença renal crônica, doenças cardiovasculares, litíase, infecções urinárias de repetição, uso abusivo de medicações nefrotóxicas e com doenças autoimunes. Para estratificação de risco de progressão da doença renal realizamos o estadiamento através da fórmula CKD-EPI 2021 calculando a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe). A doença renal crônica é dividida em 6 estágios, iniciando com estágio 1 com TFGe > 90ml/min/1,73m², após o estágio 2 apesentando 90 a 60 ml/min/1,73m², o 3A com 59 a 45 ml/min/1,73m², o 3B 44 a 30 ml/min/1,73m², estágio 4 de 29 a 15 ml/min/1,73m², e finalmente estágio 5 com TFGe < 15 ml/min/1,73m², sendo que neste grau normalmente será indicado terapia renal substitutiva. Também dividimos por grau de albuminúira, A1 < 30mg/g, A2 30-300mg/g e A3> 300mg/g, e quanto maior a perda de albumina na urina, mais rápida será a progressão da DRC. Para cada estágio da DRC, devemos monitorar o paciente com intervalos diferenciados, no estágio 5 geralmente são realizadas consultas mensais e no 2 a cada 6 meses. Com o avançar dos estágios da DRC surgem doenças secundárias como anemia, acidose metabólica, distúrbio mineral e ósseo, sendo necessária a investigação destas doenças. Quando paciente apresentar anemia, deve-se inicialmente afastar deficiências de ferro e vitamina B12 como seus causadores, e após realizar o tratamento do déficit de eritropoietina. Já a acidose metabólica deve ser investigada principalmente nos pacientes com hipercalemia, e o seu tratamento ajuda a reduzir a progressão da DRC. O distúrbio mineral e ósseo apresenta-se de várias formas: com hiperfosfatemia, hiper ou hipocalcemia, hiperparatireoidismo e então cada alteração com tratamento específico. Portanto a DRC não é uma única doença, apresentando-se de várias maneiras e com comorbidades associadas, exigindo do nefrologista e equipe multidisciplinar um trabalho em conjunto. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Details

Language :
Portuguese
ISSN :
22366059
Volume :
22
Issue :
2
Database :
Academic Search Index
Journal :
Evidência
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
161704510