COMPARAÇÃO DA CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIA DE JOVENS ATLETAS DE FUTEBOL APÓS O RETORNO PRESENCIAL DAS ATIVIDADES DESPORTIVAS.

INTRODUÇÃO: A pandemia fez com que no início de 2020 as atividades desportivas fossem suspensas no Brasil. Esse fato impactou no processo de formação dos jovens atletas de futebol e consequentemente no desenvolvimento das capacidades físicas. É importante destacar que uma partida será caracterizada por ações anaeróbicas intermitentes de alta intensidade e pela boa sustentação de condições aeróbicas, logo é importante o monitoramento dessas capacidades nos atletas. OBJETIVO: Comparar a capacidade cardiorrespiratória (Vo2max) de jovens atletas de futebol no seu retorno às atividades presenciais da modalidade, após passar por um período de suspensão por causa da pandemia, e após três meses desse retorno. MÉTODO: A amostra foi composta por 27 jovens atletas de futebol de um clube de elite (idade: 14,0±0,3 anos; massa corporal: 55,4±9,9 kg; estatura: 167,7±8,8 cm). Como critérios de inclusão: a) ser atleta federado do clube; b) realizar três meses de treinamento específico da modalidade. Para estimar o Vo2max foi utilizado o teste Yo-Yo Intermittent Recovery Test level 1 proposto por Bangsbo et al. (2008). A primeira avaliação foi realizada em abril de 2021 e a segunda em agosto. Na análise estatística, inicialmente foi testada a normalidade pelo teste Kolmogorov- Smirnov e após, foi utilizado o Test T para amostras pareadas. Para todos os testes foi adotado o nível de significância de p<0,05. Para tal foi utilizado o software SPSS versão 20.0. RESULTADOS: O Vo2max encontrado em abril de 2021 foi de 42,3±1,5 ml/min/kg, enquanto o Vo2max aferido em agosto de 2021 foi de 47,2±2,4 ml/min/kg. A partir das análises, encontramos o resultado de agosto como significativamente maior (p<0,05) do que o verificado em abril. Vale destacar que em abril de 2021, os atletas estavam retornando as atividades presenciais e tinham passado por treinamentos que aconteciam de forma irregular e prioritariamente online desde o segundo trimestre de 2020. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi possível verificar que os atletas conseguiram melhorar o Vo2max em um curto período. Kalinowski et al. (2021) também encontraram um resultado parecido com o nosso. Isso pode ser explicado inicialmente por um resultado abaixo do normal na primeira avaliação, o que provavelmente foi influenciado por todo contexto da pandemia. [ABSTRACT FROM AUTHOR]