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Fatores associados ao consumo de alimentos preparados fora do domicílio por gestantes usuárias da rede pública de saúde.
- Source :
- Revista da Associação Brasileira de Nutrição; 2022, Vol. 13 Issue 2, p1593-1594, 2p
- Publication Year :
- 2022
-
Abstract
- INTRODUÇÃO O hábito de comer “fora de casa” é crescente na nossa sociedade e tem sido comumente relacionado a escolhas alimentares inadequadas, como alto consumo de alimentos ultraprocessados, de baixa qualidade nutricional e alta densidade energética. Tendo em vista o impacto desse comportamento no consumo alimentar, e por consequência no aumento do ganho de peso e no desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis, o objetivo deste trabalho é investigar a frequência do consumo alimentar fora do domicílio e seus fatores associados entre gestantes. MÉTODOS Estudo transversal, realizado em 14 unidades básicas de saúde no município de Aracaju, Sergipe, com gestantes adultas em diferentes trimestres gestacionais e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A frequência do consumo de alimentos preparados fora do seu domicílio (nenhum dia, entre 1 a 3 dias, e de 4 a 7 dias), e informações socioeconômicas, obstétricas e de saúde foram obtidas por meio da aplicação de um questionário semiestruturado digitalizado no aplicativo REDcapTM. O estado nutricional gestacional foi avaliado conforme dados da caderneta da gestante e classificado pelos critérios Atalah, et al. (1997). A análise estatística foi realizada pelo software IBM SPSS Statistics 20®, foram calculadas média, desvio-padrão e frequência absoluta e relativa, teste Qui-quadrado, com significância de p menor que 0,05. CAAE: 90242518.5.1001.5546. RESULTADOS A amostra foi composta por 274 gestantes, com média de idade de 26,4 (±5,9) anos e idade gestacional de 24,6 (±9,4) semanas. Em relação aos dados sociodemográficos, 47,7% tinham até o ensino médio incompleto, 89,0% se autodeclararam pretas/pardas, 79,5% viviam com companheiro, 34,5% eram beneficiárias do Bolsa Família, 38,1% eram chefes do domicílio, 56,8% tinham renda familiar de até um salário-mínimo. Cerca de 67% não planejaram a gravidez. A média de IMC gestacional foi de 27,6 (±5,1) Kg/m² e 46,0% possuíam excesso de peso. Quanto ao hábito de realizar as refeições fora do domicílio, 46,9% relataram. Foi observado que a maior frequência do comer fora de casa foi associada com a maior escolaridade (p=0,042), com o trabalho materno remunerado (p<0,001) e ao não recebimento do Bolsa Família (p=0,006). CONCLUSÃO Concluímos que entre as gestantes usuárias da rede pública de saúde a frequência de consumo alimentar fora de casa está relacionado as melhores condições socioeconômicas. Apoio: CNPq, Ministério da Saúde - Brasil e Fapitec/SE. [ABSTRACT FROM AUTHOR]
Details
- Language :
- Portuguese
- ISSN :
- 19833164
- Volume :
- 13
- Issue :
- 2
- Database :
- Complementary Index
- Journal :
- Revista da Associação Brasileira de Nutrição
- Publication Type :
- Academic Journal
- Accession number :
- 161996759