Risco de infecção cruzada na medicina dentária associada aos aerossóis

Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Licenciada em Medicina Dentária Os profissionais de Medicina Dentária estão diariamente expostos a uma variedade de agentes infecciosos, bactérias, vírus, fungos e substâncias tóxicas que são aerotransportados, por aerossóis gerados nos actos operatórios, e que promovem um aumento do risco da infecção cruzada. Neste estudo pretendeu-se quantificar as unidades formadoras de colónias (UFC) dos aerossóis gerados durante actos clínicos de Medicina Dentária Conservadora na FCS-UFP e analisar se a quantidade de UFC nos aerossóis gerados depende da localização na clínica e do tipo de tratamento efectuado. Para tal, foi efectuado um estudo observacional transversal descritivo. Foram analisados aerossóis gerados durante tratamentos de dentística e de endodontia, em 26 unidades dentárias de três locais diferentes da clínica de Medicina Dentária (junto das janelas, no centro e no fundo). Em cada unidade dentária foram colocadas placas de gelose de sangue (duas a 0,5m e duas a 2 m, relativamente à posição da cabeça do paciente) abertas durante 2 h a 4 h. De seguida, procedeu-se à incubação das placas a 37 oC/48 h. As colónias foram contadas para determinar as UFC. Os dados foram tratados usando o SPSS© vs 17.0, utilizando técnicas de descrição e inferência adequadas (α=0,05). Verificou-se que tanto durante os tratamentos de dentística como de endodontia, a contagem de UFC aerotransportados é significativamente (T. Wilcoxon, p