Microclima de bromélias e a ocorrência de Phyllodytes melanomystax no Distrito Federal: o uso de bromélias como potencial dispersor de espécies exóticas

Submitted by Cláudia de Fátima Moura (claudiaf@ucb.br) on 2020-03-17T15:32:48Z No. of bitstreams: 1 YagoGuedesAlexandreTCCGraduacao2018.pdf: 743870 bytes, checksum: 8651ddee544b47a70bd2e0f1522439d4 (MD5) Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2020-03-26T05:28:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 YagoGuedesAlexandreTCCGraduacao2018.pdf: 743870 bytes, checksum: 8651ddee544b47a70bd2e0f1522439d4 (MD5) Made available in DSpace on 2020-03-26T05:28:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 YagoGuedesAlexandreTCCGraduacao2018.pdf: 743870 bytes, checksum: 8651ddee544b47a70bd2e0f1522439d4 (MD5) Previous issue date: 2018 Phyllodytes melanomystax é um anuro que ocorre nas restingas litorâneas da Mata Atlântica,nos estados da Bahia e Sergipe. A espécie é dependente de bromélias, utilizando-as para reprodução e sobrevivência. Indivíduos de P. melanomystax foram encontrados no Distrito Federal, fora da sua área de ocorrência, associado a populações de bromélias de Mata Atlântica, fazendo com que sejam consideradas espécies exóticas e potencialmente capazes de estabelecer populações e causar danos aos ecossistemas naturais e a outros animais. A modelagem de ocorrência de P.melanomystax usando variáveis microclimáticas é restrita ao litoral nordeste, sobrepondo com a distribuição conhecida da espécie. Assim, o estabelecimento e ocupação de P. melanomystax no Distrito Federal depende da existência do microclima da bromélia. Para avaliar a disponibilidade do microclima das bromélias utilizamos dataloggers que mediram temperatura e umidade da espécie exótica e de uma espécie nativa de Cerrado. Os resultados indicam que a bromélia exótica possui microclima com temperaturas mais extremas nas horas mais quentes do dia e umidade menores. Porém, o microclima entre as duas bromélias é muito equivalente, sendo que a bromélia nativa do Cerrado possui microclima mais favorável que a bromélia exótica, sugerindo que P. melanomystax é capaz de ocupar bromélias nativas do Cerrado. O microclima das bromélias (exótica e nativa) foram afetados por atividades humanas que favoreceram o microclima e a manutenção de P. melanomystax. O levantamento de espécies de bromélias comercializadas em viveiros de plantas no Distrito Federal, revela que a maior parte das espécies são exóticas. Isto representa risco de transporte acidental de fauna associada e múltiplas introduções. Assim, para P. melanomystax a possibilidade de ocupar bromélias nativas (devido à equivalência de microclima) e a possibilidade de múltiplas introduções (devido à frequência do uso de espécies ornamentais exóticas) alertam para o risco espécies invasoras serem dispersas pelo comércio de bromélias. Phyllodytes melanomystax is an anuran species that occurs in the Mata Atlântica and Restinga, mainly in the states of Bahia and Sergipe. The species is dependent on bromeliads, using it for breeding and survival. Individuals of P. melanomystax were found in the Federal District, outside their area of occurrence, associated with bromeliad populations of the Atlantic Forest making them considered exotic species and potentially capable of establishing populations and causing damage to natural ecosystems and other animals. The modeling of the occurrence of P. melanomystax using microclimatic variables is restricted to the southeast coast. Thus, the establishment and occupation of P. melanomystax in the Federal District depends on the existence of the bromeliad microclimate. To evaluate the availability of the bromeliad microclimate we used dataloggers that measured temperature and humidity of the exotic species and of a native Cerrado species. The results indicate that exotic bromeliad has a microclimate with more extreme temperatures (warmer) during daytime hours and lower humidity. However, the microclimate compared between the two bromeliads is very equivalent, andthe native bromeliad of the Cerrado still has a microclimate more favorable than that of the exotic bromeliad. The results indicated that P. melanomystax is capable of occupying a bromeliad. This bromeliad microclimate (exotic and native) is associated with human activity that favors its microclimate and the maintenance of P. melanomystax. In addition, the survey of bromeliad species at some plant nurseries in the Federal District reveals that most of the species traded are exotic. This means that the risk of accidental transport of associated fauna and multiple introductions. Thus, for P. melanomystax the possibility of occupying native bromeliads (due to microclimate equivalence) and the possibility of multiple introductions (due to the frequency of use of exotic ornamental species) warn of the imminent risk of becoming an invasive species.