A theory of Nato expansion blossoming, waning or fading: assessing the implications of further alliance enlargement

Tese de Doutoramento em Relações Internacionais O objetivo deste trabalho de Investigação consiste em esclarecer quais as verdadeiras razões subjacentes ao alargamento da NATO. Argumentamos que a teoria predominante da expansão da Aliança, com base na convicção que o alargamento promove a segurança e a estabilidade na área Euro-Atlântica, a democratização dos candidatos a membros e que a referida expansão aumenta a eficácia e coesão da Aliança, é uma teoria menos ajustada e que existem outras razões que melhor explicam este fenómeno. Em termos metodológicos, o alargamento foi considerado numa perspetiva neorrealística recorrendo a uma abordagem de métodos mistos, a qual envolvia um questionário, entrevistas semiestruturadas, análise da literatura e de estudos de caso. Amostras por conveniência e amostras por julgamento foram selecionadas para a recolha de dados. A análise quantitativa e qualitativa dos dados levou à formulação de uma nova teoria para a expansão da NATO, a qual explica o fenómeno em termos neorrealistas: o alargamento era fundamental para a concretização de determinados objetivos políticos dos Estados Unidos que teve e tem por base a visão continuada sobre a Rússia como ameaça e inimigo principal, e representa a opção racional dos estados que vêem na Aliança a possibilidade de usufruírem de capacidades em matéria de defesa dos Aliados mais fortes. Esta tese demonstra que o alargamento não tornou a Europa mais segura, pelo contrário, tem criado novas linhas de divisão e alienado a Rússia, a qual como resposta tem destabilizado os países vizinhos. Além disso, a pesquisa comprova que não existe qualquer relação causal entre a adesão de novos membros e a sua democratização e que os melhoramentos na eficácia e coesão da Aliança permanecem ilusórios. A pesquisa também identifica possíveis consequências de uma política contínua de porta aberta, tais como, maiores dificuldades em obter consensos, uma maior ineficácia e o risco de um confronto aberto com a Rússia em caso de adesão da Geórgia e da Ucrânia. Finalmente, sugerimos que o alargamento deve parar e que a NATO e a Rússia se devem concentrar na construção de uma nova arquitetura de segurança sustentável para a Europa. This research work aims at clarifying what are the real reasons behind NATO enlargement. I argue that the prevailing theory of Alliance expansion, based on the conviction that enlargement promotes security and stability in the Euro-Atlantic area, that it elicits democratisation of the aspiring members and that it enhances Alliance’s effectiveness and cohesion is inaccurate, and that other reasons better explain the phenomenon. In methodological terms, enlargement was looked at through a neorealist lens and a mixed method approach was used, encompassing a survey, semi-structured interviews, literature review and case studies analysis. Convenience and judgmental samples were selected for data collection. The quantitative and qualitative data analysis led to the formulation of a new theory of NATO expansion, that explains the phenomenon in neorealist terms: Enlargement was instrumental in achieving specific US’s domestic political objectives, it was and is based on the continuous vision of Russia as threat and main enemy, and represents the rational choice of states that see in the Alliance the possibility to free-ride on defence provisions of stronger Allies. The thesis demonstrates that enlargement has not rendered Europe more secure, but has instead drawn new dividing lines and alienated Russia who, as countermeasure, has destabilised its near abroad. Furthermore, the research proves that there is no causal relationship between membership and democratisation, and that enhancements in Alliance’s effectiveness and cohesion remain elusive. The research also identifies possible consequences of a continuous open door policy, to include difficulties in reaching consensus, increased ineffectiveness, and the risk of open confrontation with Russia in case of membership of Georgia or Ukraine. Finally, I suggest that enlargement should stop and that NATO and Russia should together focus on building a new, sustainable security architecture for Europe. N/A