Análise produtiva e económica de um adensamento de olival da variedade Cobrançosa

Mestrado em Engenharia Agronómica / Instituto Superior de Agronomia. Universidade de Lisboa O aumento da procura de azeite tornou essencial o aumento da produção nacional, tendo fomentado olivais com densidades muito elevadas e diferentes formas de produção. No entanto, sendo grande parte dos olivais portugueses de baixa densidade, torna-se prioritário encontrar outras formas de potenciar as áreas de olival já existentes. Neste contexto, afigura-se como bastante promissora a técnica do adensamento, com o intuito de aumentar a produção, sem que seja necessário proceder-se ao arranque do olival já instalado, permitindo a contínua colheita de azeitona. Em 2017, realizou-se um ensaio de adensamento em 2,3ha de um olival de ‘Cobrançosa’ com um compasso de 7m x 7m, localizado no concelho de Alandroal. Trata-se de uma parcela que apresentava várias falhas, pelo que esta técnica também foi utilizada como medida corretiva destas falhas, passando a ter um compasso de 7m x 3,5m. As árvores recém-plantadas, bem como árvores já instaladas na zona do adensamento e árvores instaladas numa zona controlo foram analisadas em termos de crescimento, produção potencial, acumulação de hidratos de carbono e vertente económica. Devido a uma plantação tardia acompanhada por um calor excessivo, verificou-se uma taxa de mortalidade pós-instalação elevadíssima de 40,2%. Análises realizadas à quantidade de amido e açúcares simples nos dois anos mostraram um valor inferior nas plantas adultas que já se encontravam no adensamento relativamente às plantas controlo, na zona não adensada. Em 2018, verificou-se um maior número de frutos nas plantas situadas dentro do adensamento, indicando que em termos produtivos não houve qualquer alteração. Economicamente, apesar de ter melhorado a situação do olival, esta técnica não se mostrou viável por as plantas adensadas não conseguirem atingir a sua produção máxima e exigindo os mesmos tratamentos, sendo a opção de arrancar e plantar num outro tipo de sistema a melhor solução para este caso de estudo N/A