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AVALIAÇÃO DA ABUNDÂNCIA DA MOSCA INVASORA DROSOPHILA NASUTA (DIPTERA, DROSOPHILIDAE) NO NORTE DA FLORESTA ATLÂNTICA

Authors :
Maria de Fátima Severina dos Santos
LÍDIA MARIA FREITAS DA SILVA
CARLOS HENRIQUE CAMPOS BEZERRA NEVES
MARTÍN ALEJANDRO MONTES
ANA CRISTINA LAUER GARCIA
Source :
Anais do II Congresso Brasileiro de Biodiversidade Virtual.
Publication Year :
2022
Publisher :
Revista Multidisciplinar de Educação e meio ambiente, 2022.

Abstract

Introdução: As invasões biológicas são uma das principais causas da perda de biodiversidade. Nos últimos anos, o número de insetos invasores vem aumentando em todo o mundo. No Brasil, Drosophila nasuta é um dos casos mais recentes de invasão biológica dentre as moscas da família Drosophilidae. Esta espécie é nativa da Ásia e foi registrada pela primeira vez na Floresta Atlântica brasileira em 2015. Desde então, vem se espalhando rapidamente pelos demais biomas brasileiros, tornando-se fundamental monitorar seu sucesso adaptativo nas áreas invadidas. Objetivos: Neste estudo, avaliamos o sucesso adaptativo de D. nasuta em duas Unidades de conservação (UCs) ao norte da Floresta Atlântica, monitorando a abundância da espécie nas localidades investigadas. Material e métodos: Coletas de drosofilídeos foram realizadas em maio/2019 no Refúgio Ecológico Charles Darwin (DAR) e na Estação Ecológica do Tapacurá (TAP), ambas localizadas no estado de Pernambuco, Brasil. Para a captura das moscas foram utilizadas 10 armadilhas com iscas de bananas, as quais foram distribuídas randomicamente nas áreas de estudo e penduradas a 1,5 m do solo, permanecendo no campo por três dias consecutivos. Resultados: Ao todo foram coletados 8.046 drosofilídeos, sendo 1.597 em DAR e 6.449 em TAP. Drosophila nasuta foi a quarta espécie mais abundante em ambas UCs, com abundância absoluta de 320 indivíduos em DAR e 225 em TAP. A abundância da espécie foi superada apenas pela da espécie neotropical D. willistoni, seguida das exóticas D. malerkotliana e D. simulans. Conclusão: Nossos resultados confirmam o potencial invasivo de D. nasuta na Floresta Atlântica. Em menos de uma década da chegada de D. nasuta ao Brasil, a espécie sinaliza estar bem adaptada, superando em representatividade espécies de drosofilídeos já bem estabelecidos na região. O elevado nível de devastação da Floresta Atlântica e a presença da espécie invasora D. nasuta em unidades de conservação neste bioma, reforçam a necessidade de acompanhar os possíveis desequilíbrios ecológicos que podem ser gerados por esta espécie. Especialmente em biomas degradados como a Floresta Atlântica, as UCs são de grande importância para a conservação da biodiversidade, contudo, a presença de espécies invasoras pode colocar em risco de extinção as espécies locais.

Details

Database :
OpenAIRE
Journal :
Anais do II Congresso Brasileiro de Biodiversidade Virtual
Accession number :
edsair.doi...........cb085707c4ad2a5a9d39b6b2a9ff1aa5