Back to Search
Start Over
Fatores de risco no tratamento de lesões do ceco com sutura primária em ratos
- Source :
- Acta Cirúrgica Brasileira v.19 n.6 2004, Acta Cirúrgica Brasileira, Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia (SBDPC), instacron:SBDPC
- Publication Year :
- 2004
- Publisher :
- Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia, 2004.
-
Abstract
- Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar os resultados da sutura primária no tratamento das lesões traumáticas de ceco em ratos, após exposição a intervalos de tempo crescentes entre o trauma e a cirurgia, e com diferentes graus de peritonite. Métodos: Em estudo randomizado, duplo-cego, 96 ratos Wistar, machos, com peso variando de 200 a 250 gramas, foram submetidos a laparotomia, em que se realizava lesão de 5 milímetros de diâmetro na borda contramesentérica do ceco. Em 12 animais do grupo-controle realizava-se de imediato sutura primária com pontos totais, separados, com fio de polipropileno 7.0. Nos demais grupos, com 12 animais cada, a laparotomia para reparo da lesão foi realizada após intervalos de: 30 minutos, 1, 2, 4, 6, 9 e 12 horas. No momento do reparo da lesão, uma das suas bordas era ressecada e enviada para exame anatomopatológico. Foi feito controle diário no pós-operatório, atentando-se para a presença de complicações, em especial deiscência da sutura, sendo a eutanásia dos animais realizada no 1º, 4º, 7º e 14º dia de pós-operatório. Em todos animais foi realizada necropsia, atentando-se aos achados macroscópicos e microscópicos do local da sutura. Resultados: Não houve associação entre a demora para o tratamento cirúrgico da lesão e a evolução para graus mais avançados de peritonite. A mortalidade nos 14 animais com peritonite difusa foi de 100%. A mortalidade global foi de 25% (24 animais), sendo que 6 animais (25% dos óbitos) morreram antes do tratamento. Nenhum dos animais tratados que evoluíram a óbito teve complicação relacionada com a sutura da lesão. Os óbitos foram precoces, decorrentes de peritonite e sepse. Entre os 72 ratos sobreviventes, observou-se deiscência da sutura em 9 animais (12,5%). A ocorrência desta complicação foi maior em animais operados a partir da sexta hora após o trauma, sendo os resultados estatisticamente significativos. A incidência de deiscência também foi maior nos ratos que apresentavam contaminação fecal mais intensa da cavidade peritoneal. A intensidade da peritonite no momento da sutura observada no exame histológico não teve associação com a ocorrência de complicações da sutura primária. Conclusão: A sutura primária é um procedimento de risco para tratar ratos, transcorrido intervalo superior a seis horas após o trauma, ou na vigência de contaminação intensa da cavidade por fezes.
Details
- Language :
- Portuguese
- Database :
- OpenAIRE
- Journal :
- Acta Cirúrgica Brasileira v.19 n.6 2004, Acta Cirúrgica Brasileira, Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia (SBDPC), instacron:SBDPC
- Accession number :
- edsair.doi.dedup.....3c4fe57130d2d28b87699b77ff687205