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Perfil antropométrico e fisiológico dos jogadores de rugby portugueses - Parte I: comparação entre atletas de diferentes grupos posicionais

Perfil antropométrico e fisiológico dos jogadores de rugby portugueses - Parte I: comparação entre atletas de diferentes grupos posicionais

Authors :
Carlos Fontes Ribeiro
Antonio Miguel Cruz-Ferreira
Source :
Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Vol 19, Iss 1, Pp 48-51 (2013), Revista Brasileira de Medicina do Esporte v.19 n.1 2013, Revista brasileira de medicina do esporte, Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), instacron:SBMEE, CIÊNCIAVITAE
Publication Year :
2013
Publisher :
Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2013.

Abstract

INTRODUÇÃO: No rugby, cada posição apresenta exigências muito específicas e distintas, tanto em nível antropométrico como fisiológico. Os diferentes estudos publicados revelam a existência de diferenças significativas em nível das características antropométricas e fisiológicas dos atletas de rugby das diferentes posições. Apesar de comuns em países onde a modalidade é mais popular, nenhum estudo procurando caracterizar o atleta de rugby português foi, até agora, publicado. OBJETIVOS: Caracterizar antropométrica e fisiologicamente os atletas de rugby portugueses, procurando identificar eventuais diferenças entre atletas de grupos posicionais distintos. Comparar os resultados obtidos com os demais trabalhos já publicados. MÉTODOS: Avaliamos 46 jogadores de rugby de duas equipes a disputarem competições nacionais seniores masculinas. Os atletas foram agrupados, em função das suas posições em campo, em avançados (n = 24) e recuados (n = 22). Todos os atletas foram submetidos a uma avaliação antropométrica com determinação de estatura, massa corporal e nove pregas cutâneas. Quarenta submeteram-se, igualmente, a uma avaliação das suas capacidades físicas que consistiu na determinação da velocidade, aceleração e capacidade aeróbia máxima. A análise estatística foi realizada com recurso ao software IBM® SPSS® Statistics v.19, tendo sido considerado um valor de significância de 5%. RESULTADOS: Os avançados apresentaram um peso corporal médio de 96,02 kg (± 13,44) e 1,80 m (± 0,06) de estatura, contra os 76,84 kg (± 7,28) de peso médio e 1,73 m (± 0,06) de estatura dos recuados. Quanto à avaliação fisiológica, os recuados apresentaram globalmente melhores resultados. No teste dos 10m demoraram apenas 1,97 s (± 0,20) contra os 2,10 s (± 0,27) dos avançados. No teste de velocidade, os recuados demoraram, em média, 4,50 s (± 0,32), menos 0,36s que os avançados. A capacidade aeróbia máxima em função do peso verificada para os recuados (52,33 mlO2/min/kg ± 5,41) foi, igualmente, superior à dos avançados (46,60 mlO2/min/kg ± 5,64). DISCUSSÃO E CONCLUSÕES: Os avançados eram significativamente mais altos, mais pesados e apresentavam uma maior percentagem de gordura corporal que os recuados. Eram, também, mais lentos, e tinham uma menor capacidade aeróbia máxima em função das suas massas corporais. No entanto, apresentavam uma maior capacidade aeróbia máxima em valor absoluto e produziam um maior momento linear. As diferenças entre avançados e recuados foram ao encontro às da literatura e estão relacionadas com os distintos papéis desempenhados pelos atletas durante o jogo. Apesar das limitações inerentes a este estudo, acreditamos que este é pertinente e irá estimular o aprofundamento dos conhecimentos nesta área. Estudos semelhantes mas de maiores dimensões deverão ser realizados, no futuro, de forma a podermos avaliar e caracterizar mais fielmente o atleta de rugby português.

Details

Language :
English
ISSN :
18069940
Volume :
19
Issue :
1
Database :
OpenAIRE
Journal :
Revista Brasileira de Medicina do Esporte
Accession number :
edsair.doi.dedup.....4f21140f3be67479daf6d5062ac81289