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Efeitos da auriculoterapia no trabalho de parto

Authors :
Mafetoni, Reginaldo Roque, 1979
Shimo, Antonieta Keiko Kakuda, 1953
Bruggermann, Odalea Maria
Silva, Flora Maria Barbosa da
Surita, Fernanda Garanhani de Castro
Carmona, Elenice Valentim
Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Enfermagem
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Source :
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), instacron:UNICAMP
Publication Year :
2021
Publisher :
Universidade Estadual de Campinas - Repositorio Institucional, 2021.

Abstract

Orientador: Antonieta Keiko Kakuda Shimo Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Enfermagem Resumo: Introdução: A auriculoterapia é uma modalidade da Medicina Tradicional Chinesa utilizada no tratamento de diversas disfunções do corpo. No entanto, ensaios clínicos randomizados (ECRs) são necessários para estabelecer o seu uso na prática obstétrica. Objetivos: Avaliar os efeitos da auriculoterapia durante o trabalho de parto e parto nos seguintes desfechos: a intensidade da dor; a administração de medicamentos analgésicos e anestesias; o nível de ansiedade; a duração do trabalho de parto; a taxa de cesárea; o escore de Apgar; o desconforto da terapia; e se submeteria novamente à auriculoterapia. Método: O estudo é um ECR, de característica pragmática e triplo-cego. Foram selecionadas 102 mulheres, com idade gestacional ? 37 semanas, na fase ativa do trabalho de parto (TP) por meio de alocação oculta, gerada por envelopes opacos, selados e numerados sequencialmente, em uma Instituição de saúde do interior do Estado de São Paulo. O controle se fez por três grupos de estudo: auriculoterapia com microesferas de cristais (grupo intervenção ¿ GI: n 34), auriculoterapia com microesferas de vidro (grupo placebo ¿ GP: n 34) e o terceiro grupo de controle, sem intervenção (grupo controle ¿ GC: n 34). A intesidade da dor foi mensurada por uma escala visual e analógica (EVA) e o nível de ansiedade por meio da Escala de Hamilton para Avaliação da Ansiedade (HAM-A). A comparação dos efeitos do tratamento foi feita por meio dos testes: Kruskal-Wallis, os modelos Generalized Estimating Equations (GEE) e os testes exato de Fisher e Qui-quadrado para as variáveis categóricas. Também foram apresentadas as estimativas obtidas de diferença média (DM), risco relativo, odds ratio, assim como os seus respectivos intervalos de confiança e p-valores. As análises foram realizadas pelo Statistical Analysis System (SAS) versão 9.4. Resultados: As parturientes do GI apresentaram redução nos escores de dor quando comparadas ao GC (EVA: 30 min p=0,0179, 60 min p=0,0023 e 120 min p=0,0014) e com o GP (EVA: 30 min p=0,5143, 60 min p=0,2331 e 120 min p=0,1167). A administração de medicamentos analgésicos e anestesias (p=0,0678) foi semelhante entre os grupos. A intensidade da ansiedade, mensurada com 120 min foi maior no GP versus GI (DM 3,62, IC 0,42-6,81, p=0,0265) e GC versus GI (DM 4,88, IC 1,87-7,88 p=0,0015). A média de duração do TP foi menor no GI após alocação (GI: 269,2 versus GP: 360,3 versus GC: 368,6 min; p=0,1871); a taxa de cesárea foi maior no GP (GP: 55,9% versus GI: 26,5% versus GC: 20,6%; p-valor=0,0045); e o escore de Apgar não se diferenciou no 1º (p=0,0879) e 5º min (p=0,571) de vida do neonato. Não houve diferença significativa quanto ao desconforto ocasionado pelo tratamento (p=1,0000). A maioria das mulheres do GI e GP submeteria-se novamente a auriculoterapia (p=0,1974). Conclusão: A auriculoterapia se mostrou uma medida eficiente no alívio da dor e no controle da ansiedade durante o TP, sem ocasionar efeitos adversos para mãe ou para o neonato, entretanto, não houve diferença significativa na duração do TP e a taxa de cesárea foi parecida no GI e GC, instigando novos estudos Abstract: Introdução: A auriculoterapia é uma modalidade da Medicina Tradicional Chinesa utilizada no tratamento de diversas disfunções do corpo. No entanto, ensaios clínicos randomizados (ECRs) são necessários para estabelecer o seu uso na prática obstétrica. Objetivos: Avaliar os efeitos da auriculoterapia durante o trabalho de parto e parto nos seguintes desfechos: a intensidade da dor; a administração de medicamentos analgésicos e anestesias; o nível de ansiedade; a duração do trabalho de parto; a taxa de cesárea; o escore de Apgar; o desconforto da terapia; e se submeteria novamente à auriculoterapia. Método: O estudo é um ECR, de característica pragmática e triplo-cego. Foram selecionadas 102 mulheres, com idade gestacional ? 37 semanas, na fase ativa do trabalho de parto (TP) por meio de alocação oculta, gerada por envelopes opacos, selados e numerados sequencialmente, em uma Instituição de saúde do interior do Estado de São Paulo. O controle se fez por três grupos de estudo: auriculoterapia com microesferas de cristais (grupo intervenção ¿ GI: n 34), auriculoterapia com microesferas de vidro (grupo placebo ¿ GP: n 34) e o terceiro grupo de controle, sem intervenção (grupo controle ¿ GC: n 34). A intesidade da dor foi mensurada por uma escala visual e analógica (EVA) e o nível de ansiedade por meio da Escala de Hamilton para Avaliação da Ansiedade (HAM-A). A comparação dos efeitos do tratamento foi feita por meio dos testes: Kruskal-Wallis, os modelos Generalized Estimating Equations (GEE) e os testes exato de Fisher e Qui-quadrado para as variáveis categóricas. Também foram apresentadas as estimativas obtidas de diferença média (DM), risco relativo, odds ratio, assim como os seus respectivos intervalos de confiança e p-valores. As análises foram realizadas pelo Statistical Analysis System (SAS) versão 9.4. Resultados: As parturientes do GI apresentaram redução nos escores de dor quando comparadas ao GC (EVA: 30 min p=0,0179, 60 min p=0,0023 e 120 min p=0,0014) e com o GP (EVA: 30 min p=0,5143, 60 min p=0,2331 e 120 min p=0,1167). A administração de medicamentos analgésicos e anestesias (p=0,0678) foi semelhante entre os grupos. A intensidade da ansiedade, mensurada com 120 min foi maior no GP versus GI (DM 3,62, IC 0,42-6,81, p=0,0265) e GC versus GI (DM 4,88, IC 1,87-7,88 p=0,0015). A média de duração do TP foi menor no GI após alocação (GI: 269,2 versus GP: 360,3 versus GC: 368,6 min; p=0,1871); a taxa de cesárea foi maior no GP (GP: 55,9% versus GI: 26,5% versus GC: 20,6%; p-valor=0,0045); e o escore de Apgar não se diferenciou no 1º (p=0,0879) e 5º min (p=0,571) de vida do neonato. Não houve diferença significativa quanto ao desconforto ocasionado pelo tratamento (p=1,0000). A maioria das mulheres do GI e GP submeteria-se novamente a auriculoterapia (p=0,1974). Conclusão: A auriculoterapia se mostrou uma medida eficiente no alívio da dor e no controle da ansiedade durante o TP, sem ocasionar efeitos adversos para mãe ou para o neonato, entretanto, não houve diferença significativa na duração do TP e a taxa de cesárea foi parecida no GI e GC, instigando novos estudos Doutorado Enfermagem e Trabalho Doutor em Ciências da Saúde

Details

Database :
OpenAIRE
Journal :
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), instacron:UNICAMP
Accession number :
edsair.doi.dedup.....5a17defcad9159722bb9fb95b24d53b7