The Inquisition in the Early Modern World: Thirty Years of Exchange

This essay analyses the context in which I produced a comparative study, based on primary sources, of the Inquisition in Southern Europe and on other continents from the fifteenth to the nineteenth century. The main questions, methods and arguments I used are discussed here, as well as the study’s publication in several languages and its reception in various countries. The purpose is to reflect on historiography, seen as a collective enterprise moved forward by individual efforts, although always checked and challenged, and on its public impact. I shall focus not only on the continuous process of exchange as the basis of knowledge, but also on changes in time and place that create new needs for historical research and new paradigms for the latter. Este ensaio analisa o contexto de escrita do meu estudo comparativo da Inquisição no sul da Europa e noutros continentes, do século XV ao século XIX, com base em fontes primárias. As principais questões, métodos e argumentos são discutidos aqui, bem como a difusão em diferentes línguas e a recepção em vários países. O objetivo é refletir sobre a historiografia, entendida como um empreendimento coletivo movido por esforços individuais sempre verificados e questionados, mas também sobre o impacto público. Concentro-me no intercâmbio permanente como base do conhecimento, mas também nas mudanças de tempo e de lugar que criam novas necessidades de pesquisa histórica e novos paradigmas. Cet essai analyse le contexte de la rédaction de mon étude comparative de l'Inquisition en Europe du Sud et sur d'autres continents du XVe au XIXe siècle à partir de sources primaires. Les principales questions, méthodes et arguments sont abordés ici, ainsi que la diffusion dans différentes langues et la réception dans plusieurs pays. Il s'agit de réfléchir sur l'historiographie, vue comme une entreprise collective mue par des efforts individuels toujours contrôlés et contestés, mais aussi sur l'impact public. Je mettrai l'accent sur l'échange permanent comme base de connaissance, mais aussi sur les changements de temps et de lieu qui créent de nouveaux besoins de recherche historique et de nouveaux paradigmes.