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Enxerto Ósseo na Fenda Lábio-Palatina: Experiência de um Hospital de Referência Português

Authors :
Hélder Morgado
José Estevão-Costa
Ana Isabel Costa
C. Mariz
Os autores declaram que não existiu qualquer apoio financeiro.
Source :
Acta Médica Portuguesa; v. 29, n. 3 (2016): Março; 210-216, Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), instacron:RCAAP
Publication Year :
2016
Publisher :
Ordem dos Medicos, 2016.

Abstract

Introdução: A fenda lábio-palatina é a malformação congénita craniofacial mais frequente. Na presença de defeito ósseo, a técnica de enxerto ósseo alveolar secundário é o método de correção mais consensual entre os autores. Neste estudo avalia-se o resultado da aplicação desta técnica num hospital terciário.Material e Métodos: Análise dos enxertos ósseos alveolares secundários realizados entre 2007 e 2014, sendo incluídos os casos em que a crista ilíaca foi a região dadora e em que a informação clínica e imagiológica estava completa. A eficácia da intervenção foi avaliada radiologicamente com recurso à escala de Bergland (tipo I-IV), e correlacionada com variáveis associadas à patologia e/ou correção cirúrgica. Resultados: Dos 32 enxertos ósseos alveolares secundários realizados, 29 cumpriam os critérios de inclusão: 13 casos (44,8%) correspondiam a fendas pré-forâmen unilaterais completas; quatro (13,8%) a fendas pré-forâmen bilaterais completas; oito (27,6%) a fendas transforâmen unilaterais e quatro (13,8%) a fendas transforâmen bilaterais. Pela escala de Bergland (aplicada com um seguimento médio de 8 ± 5 meses), seis eram do tipo I, 15 do tipo II, cinco de tipo III e três do tipo IV. Não foi encontrada associação entre a eficácia da intervenção cirúrgica e o tipo de fenda lábio-palatina, presença do incisivo e fase de erupção do canino. Cinco doentes foram submetidos a novo enxerto ósseo alveolar (três tipo II e dois tipo III na avaliação inicial). Discussão: Na presente série, o enxerto ósseo alveolar foi eficaz na maioria dos doentes (72%, tipo I e II), independentemente do tipo de fenda lábio-palatina. A proporção de falências (10,3%) e a necessidade ulterior de reintervenção (17%) foram relativamente altas justificando o seguimento a longo-prazo e a continuação deste estudo. Conclusão: Importa realçar o envolvimento multidisciplinar para identificação atempada do momento ideal para intervenção e otimi-zação dos resultados.

Details

ISSN :
16460758 and 0870399X
Volume :
29
Database :
OpenAIRE
Journal :
Acta Médica Portuguesa
Accession number :
edsair.doi.dedup.....e1bf2c80e4660953e90c4ec20245a872