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Estratégias Imunoterapêuticas aplicadas à Doença de Parkinson
- Publication Year :
- 2018
-
Abstract
- Relatório de Estágio do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas apresentado à Faculdade de Farmácia A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente. Com o aumento da esperança média de vida tem-se constatado o incremento da prevalência desta doença. Desde os anos 60 até aos dias de hoje, os tratamentos disponíveis têm como objetivo restabelecer os níveis de dopamina, aliviando somente a sintomatologia motora. Contudo, estes têm demonstrado eficácia limitada, dado que o seu uso a longo prazo está associado ao aparecimento de movimentos involuntários e espasmos. Surge, por isso, a necessidade de se desenvolverem estratégias terapêuticas mais eficazes. Durante muito tempo, as imunizações com vista a estimular respostas imunológicas foram aplicadas somente na prevenção de infeções microbianas. Investigações recentes sugerem que as imunoterapias destinadas a induzir ou suprimir o sistema imunológico podem ser usadas para combater doenças não infeciosas, como doenças neurodegenerativas, usando como alvo as proteínas agregadas enroladas incorretamente. A presença de inclusões intraneuronais de α-sinucleína é um dos hallmarks neuropatológicos da DP. Nos últimos anos, a comunidade científica tem investigado o papel da α-sinucleína e a sua relação com a fisiopatologia da DP, dada a hipótese de ser uma proteína priónica e estar associada com a neurodegenerescência progressiva característica desta doença. Nesse sentido, têm sido investigadas estratégias imunoterapêuticas, algumas das quais em fase de ensaios clínicos, que visam eliminar formas citotóxicas de α-sinucleína, interligando a função crucial da microglia no processo patológico. Nesta monografia abordam-se os estudos científicos que têm vindo a ser desenvolvidos no âmbito da aplicação da imunoterapia na doença neurodegenerativa de Parkinson, com vista a retardar a progressão da doença, assim como os resultados dos ensaios clínicos, alguns dos quais bastante promissores. Parkinson's disease is the second most frequent neurodegenerative disease. With the increase of the life expectancy, it has been observed the rise in the prevalence of Parkinson’s disease. Since the 1960s so far, available treatments aim to restore dopamine levels, relieving only motor symptomatology. However, these treatments have shown limited efficacy, since their long-term use is associated with the appearing of involuntary movements and spasms. There is, therefore, a need to find more effective treatments. For a long time, immunizations to stimulate immune responses were applied only in the prevention of microbial infections. Recent investigations suggest that immunotherapies designed to induce or suppress the immune system can be used to combat non-infectious diseases, as neurodegenerative diseases, by targeting aggregated proteins with incorrect folding. The presence of intraneuronal α-synuclein inclusions is one of the neuropathological hallmarks of Parkinson's disease. In recent years, the scientific community has investigated the role of α-synuclein and its relation to the pathophysiology of Parkinson’s disease, given the hypothesis of being a prion protein, associated with the progressive neurodegeneration characteristic of this disease. By this way, immunotherapeutic strategies, some of which in clinical trials, have been developed in order to eliminate cytotoxic forms of α-synuclein, linking the crucial function of microglia in the pathological process. This monograph aims to review the scientific studies that have been developed in the scope of the application of immunotherapy in neurodegenerative Parkinson's disease, in order to delay the progression of the disease, as well as the results of clinical trials, some of which have shown promise results.
Details
- Language :
- Portuguese
- Database :
- OpenAIRE
- Accession number :
- edsair.od......1271..490a021a452950d912c37415a6e69ebc