Desenvolvimento de Competências em Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica – Enfermagem Forense no Serviço de Urgência: Construção e Validação de um Protocolo de Recolha e Preservação de Vestígios Forenses

Trabalho realizado no âmbito do 2º Curso de Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica, na Área de Especialização à Pessoa em Situação Crítica da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria, com vista à obtenção do grau de Mestre e de Enfermeiro Especialista. É constituído por duas partes. A primeira parte é composta pelo relatório dos ensinos clínicos realizado durante este percurso académico, baseado numa metodologia descritiva e reflexiva das atividades realizadas, no sentido do desenvolvimento das competências do Mestre e do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica. O relatório é referente aos ensinos clínicos concretizados no âmbito do mestrado, realizados no Serviço de Urgência, na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente e no Centro de Hemodiálise. A segunda parte reserva-se à componente de investigação, onde foi desenvolvido um trabalho com a finalidade de criar um protocolo e validá-lo, para servir de instrumento aos enfermeiros de urgência, na prestação de cuidados a pessoas vítimas de crime. Tem como base um estudo de investigação, utilizando a técnica de Delphi, para validar as intervenções propostas no protocolo de recolha e preservação de vestígios forenses. Este trabalho, surge para dar resposta às seguintes questões de investigação: Que elementos deve conter o protocolo de enfermagem para a recolha e preservação de vestígios forenses, no serviço de urgência, para promover a qualidade dos cuidados e a proteção da pessoa vítima de agressão? O protocolo construído é válido e útil na recolha e preservação de vestígios forense? E qual a utilidade e usabilidade do protocolo? O protocolo foi construído com base na pesquisa bibliográfica, em guidelines nacionais e internacionais e na consulta de peritos na área forense. As amostras usadas para o estudo foram: para a aplicação da técnica de Delphi, foi constituído um painel de 30 peritos, composto por enfermeiros, com formação forense, e elementos dos Órgãos de Polícia Criminal (Guarda Nacional Republicana, Polícia Judiciária e Polícia de Segurança Pública), com objetivo de obter 75% de consenso; para avaliar a utilidade e usabilidade do protocolo, foi constituída uma amostra de 45 enfermeiros de um serviço de urgência. Na técnica de Delphi realizaram-se duas rondas. Na primeira ronda, obtivemos a validação do protocolo com a participação de 24 peritos e um consenso de 82,2%. Na segunda ronda, com 18 peritos, objetivou-se aperfeiçoar o protocolo, sendo o grau de consenso atingido de 88,8%. Para avaliar a utilidade e usabilidade do protocolo, obtivemos 28 respostas. Da análise destas respostas, concluímos que os enfermeiros consideram o protocolo útil e estão disponíveis para o utilizar como um instrumento promotor da qualidade dos cuidados de enfermagem.