Percepção e Práticas de Saúde Bucal de Deficientes Visuais no Rio de Janeiro, Brasil

Objective: this study aimed to understand the oral health perceptions and practices of visually impaired people in Rio de Janeiro, Brazil. Materials and Methods: exploratory, descriptive questionnaire-based research, whose data were recorded in IBM SPSS and reported in simple frequencies. Results: 54.5% of the partially blind and 62% of the completely blind participants reported brushing their teeth more than twice a day and using toothbrush (partially blind: 100%; completely blind: 96.5%) rather than other oral hygiene aids. Visiting a dentist 6 to 12 months previously was reposted by 36.3% of the partially blind participants, with 81.8% using a private service, and 72.6% perceiving their oral health to be good or regular. Visiting a dentist up to 6 months previously was reported by 27.5% of the completely blind participants, who preferred a public service(55.1%) and perceived their oral health to be regular (51.7%). Conclusion: both groups recognized the absence of educational material designed specifically to help educate visually impaired people about oral health. There should be public policies specifically for this segment of the population that should not be restricted to the management of care but incorporate health education as an important tool for addressing the challenge of equipping individuals to become autonomous in their self-care Objetivo: Este estudo pretendeu conhecer percepções e práticas de saúde bucal de deficientes visuais na cidade do Rio de Janeiro-RJ. Material e Métodos: É uma pesquisa exploratória, descritiva, que se valeu da utilização de um questionário, cujos dados foram registrados no Statistical Package For Social Sciences e apresentados através de frequências simples. Resultados: Ambos os grupos, com cegueira parcial (54,5%) e total (62%), afirmaram escovar os dentes mais de duas vezes ao dia e utilizam primordialmente a escova dental (cegueira parcial: 100% e total: 96,5%) em detrimento de outros auxiliares para a higienização dentária. A maior percentagem do grupo com cegueira parcial (36.3%) foi à consulta odontológica entre 6 meses a um ano, na rede particular (81.8%) e percebem sua saúde bucal como boa a regular (36,3%). O grupo com cegueira total consultou-se até 6 meses atrás (27,5%), na rede pública (55,1%) e percebe sua saúde bucal como regular (51,7%). Conclusão: Ambos os grupos reconhecem a ausência de material educativo específico para deficientes visuais para auxiliar na educação sobre a saúde bucal. Considera-se que políticas públicas precisam ser direcionadas a esse segmento da população e que estas não devem se restringir à gestão do atendimento, mas considerar a educação em saúde como ferramenta importante frente ao desafio de instrumentalizar os sujeitos e lhes oferecer autonomia para o autocuidado