US geopolitical goals and IMF conditionality: was Cold War relevant?

Durante a Guerra Fria, o Fundo Monetário Internacional era suscetível a pressões políticas estadunidenses? Se sim, a abordagem dos EUA em relação ao Fundo mudou após 1989? Esta dissertação mostra que países estrategicamente interessantes para os Estados Unidos foram favorecidos em negociações de empréstimos condicionais do FMI. Nós construímos um painel de cerca de 500 tand-By Arrangements para testar se os EUA utilizaram o FMI como instrumento geopolítico durante e após a Guerra Fria. Nós regredimos o número de condições em cada acordo contra a distância da capital do devedor à capital do país comunista ou alinhado à União Soviética mais próxima, controlando por variáveis políticas e econômicas. Nossa variável dependente (o número de condições) a partir de mais de 300 cartas de intenção, escritas entre 1970 e 1985 e disponíveis digitalmente nos arquivos do FMI. A esse bloco agregamos outra base de dados (Kentikelenis et al., 2016), que cobre o período após 1985. Essa pesquisa em fontes primárias nos permite avaliar o papel do Fundo durante a Guerra Fria. Nossos resultados indicam que Stand-By Arrangements acordados com países localizados próximos a países comunistas e linhados à URSS continham, em média, menos condições. Essa conclusão vai ao encontro da hipótese de que o FMI segui os objetivos geopolíticos estadunidenses e favoreceu os países importantes na contenção da expansão comunista. Como testes de robustez adicionais, nós usamos a proporção da fronteira dividida com comunistas e o quociente entre população de países comunistas vizinhos e a população local como regressores. Os resultados gerais sustentam-se. Was the International Monetary Fund (IMF) susceptible to US political pressure during the Cold War? If yes, has the US approach to the Fund changed after 1989? This dissertation shows that countries strategically interesting to the USA have been favoured when negotiating conditional loans. We run a panel of circa 500 Stand-By Arrangements to test whether the USA used the IMF as a geopolitical instrument during and after the Cold War. We regress the number of conditions of each agreement on the distance to the capital of the closest communist or soviet-aligned country, controlling for political and economic variables. We have constructed the dependent variable (the number of conditions) from over 300 Fund’s letters of intent written from 1970 to 1985, which are electronically available on the IMF Archives. We have then add it to another database (Kentikelenis et al., 2016), which covers the post-1985 period. This primary-source research allows us to assess the IMF role during the Cold War. The results indicate that Stand-By Arrangements sealed with countries located closer to communist and soviet-aligned states contained on average fewer conditions. This supports the hypothesis that the IMF acted accordingly to American geopolitical goals and favoured countries that were important in containing the expansion of communism. As additional robustness checks, we use the shared border and the total neighbour population of closest communist and soviet allied countries as regressors. The overall results hold.