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Feminism on other grounds: from the critique of the feminist foundational subject to Judith Butler’s ethics of precarity

Authors :
Arbo, Jade Bueno
Chagas, Flávia Carvalho
Source :
Repositório Institucional da UFPEL, Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), instacron:UFPEL
Publication Year :
2020
Publisher :
Universidade Federal de Pelotas, 2020.

Abstract

Submitted by Simone Maisonave (simonemaisonave@hotmail.com) on 2021-05-19T17:38:56Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTACAO_JADE_BUENO_ARBO.pdf: 700609 bytes, checksum: 4f5d65d0f6edcc4465a5b1032b34a28c (MD5) Approved for entry into archive by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2021-05-19T22:12:55Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTACAO_JADE_BUENO_ARBO.pdf: 700609 bytes, checksum: 4f5d65d0f6edcc4465a5b1032b34a28c (MD5) Made available in DSpace on 2021-05-19T23:48:47Z (GMT). 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Encontramos nas críticas de Judith Butler, filósofa que no final dos anos 1980 inicia sua análise dos problemas de gênero do feminismo, tanto um fio condutor quanto um enquadramento para este problema: se as fundações sobre as quais o feminismo se sustenta - se o sujeito em nome do qual se pretende falar e a partir do qual as demandas morais feministas são elaboradas – se estabelece como local de disputa, e, por consequência, em constante revisão, o que resta ao feminismo? Como mantê-lo vivo, relevante e representativo? De que forma embasar e prosseguir com a ação teórica e política que zela pelos interesses das mulheres e, ao mesmo tempo, permanecer dolorosamente consciente das exclusões, das contradições e das alianças que fazemos e deixamos de fazer para que essa ação seja possível? A hipótese deste trabalho bifurca-se em duas: a primeira é que a desconstrução do sujeito fundacional do feminismo tanto não representa o fim do feminismo como constituise, na verdade, em um passo essencial para que permaneça relevante. O sujeito do feminismo como aberto, como constante campo de contestação e debate, representa uma solução ao problema de representação do feminismo, e não sua derrocada. No entanto, ao renunciarmos a uma base identitária firme – cuja ontologia é, desde o início, ilusória –, somos deixados com uma lacuna: em torno de que nos reunirmos? Qual o elemento, se não o identitário, que permite não apenas as descrições feministas de mundo, mas também suas reivindicações normativas? A nossa segunda hipótese é a de que a resposta para esse questionamento está em uma ontologia fundada não na identidade, mas em uma “nova ontologia do corpo”, cuja vulnerabilidade constitutiva é partilhada por todos. Dessa condição precária inescapável, Judith Butler deriva uma ética da precariedade que, acreditamos, permitiria ao pensamento feminista lidar com as contradições das inúmeras identidades que formam os sujeitos, identidades que não apenas vão além do gênero, mas que informam como o gênero é experienciado – raça, classe, nacionalidade, etc. – e dessa forma construir um pensar e um agir ainda mais permeável pelas diferentes e imprevisíveis intersecções que surgem do encontro de sujeitos diversos em busca de uma vida vivível. The philosophical, epistemological and political tradition that we today call “feminist” was built upon the ever-changing basis of conflict and dispute, through divergent voices in constant clash and defiance of one another. With each attempt to enclose the definition of its subject and its demands, hegemonic feminism is interpellated by those who it invariably excludes; it is called to notice the limitations as well as the localized nature of its universalizing claims. We find in Judith Butler, the philosopher who, in the end of the 1980s, begins her analysis of feminism’s gender troubles, a critique which is both a thread and a framing device to understand the following problem: what is left for feminism if the foundations upon which feminism stands – if the subject it intends to speak on behalf of and from which it draws its moral demands – is established as a place of dispute and is, consequently, under constant revision? How does one keep it alive, relevant and representative? How to establish and move forward with a theoretical and political action that protects the interests of women and simultaneously remain deeply aware of the exclusions, contradictions and alliances that we do or do not make to enable said action? The hypothesis of this research branches in two ways: the first being that the deconstruction of feminism’s foundational subject does not represent the end of feminism, but in fact constitutes an essential step towards keeping feminism relevant. Viewing its subject as an open field for dispute and debate represents the solution to feminism’s representation problem, not its undoing. However, in renouncing a strong identitarian basis – the ontology of which is, from the beginning, illusory –, we are left with a void: what element, if not the identitarian one, allows both a feminist description of the world and its normative claims? Our second hypothesis is that the answer to this question is in an ontology founded not on identity, but on a “new ontology of the body”, whose constitutive vulnerability is shared by all. From this inescapable precarious condition, Judith Butler derives an ethics of precarity which, we believe, would allow feminist thinking to deal with the contradictions of countless identities which constitute subjects; identities that not only reach beyond gender, but also inform how gender is experienced – race, class, nationality, etc. – and, in doing so, build a way of thought and action that is permeated by the many and unpredictable intersections that arise from the meeting of diverse bodies in search of a livable life.

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Repositório Institucional da UFPEL, Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), instacron:UFPEL
Accession number :
edsair.od......3056..385d3308af5af2e612c0bb773fb7b52a