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Diferenças estrutrais nos relatos de sonho do sono REM e Não-REM avaliados por análise de grafos

Authors :
Martin, Joshua Michael
Tort, Adriano Bretanha Lopes
Louzada, Fernando Mazzilli
Araújo, John Fontenele
Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes
Source :
Repositório Institucional da UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), instacron:UFRN
Publication Year :
2017
Publisher :
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA, 2017.

Abstract

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) A diferença entre a mentação experimentada durante o sono de oculares rápidos (REM) e o sono não-REM persiste como questão importante para investigação no campo de pesquisa dos sonhos. Estudos anteriores têm mostrado que os relatos de sonho documentados depois do REM são, em média, mais longos, vívidos, bizarros, emocionais e com aspectos mais narrativos do que os relatos do não-REM. Apesar desses achados, falta uma comparação estrutural entre relatos de sonho do REM e não-REM no que diz respeito à organização de palavra-a-palavra, e diversas medidas tradicionais de sonhos podem ser confundidas pelo comprimento do relato. A análise de fala transformada em grafos direcionados de palavras pode ser aplicada para fazer uma avaliação estrutural de relatos verbais e também para controlar as diferenças individuais de verbosidade. No presente estudo, tivemos como objetivo investigar as possíveis diferenças na conectividade dos relatos e sua aproximação a uma estrutura aleatória através da análise de grafos em 125 relatos de sonho obtidos por 19 participantes em despertares controlados nas fases de sono REM e N2. Constatou-se que: (1) grafos do REM possuem uma conectividade maior do que os do N2; entretanto, essas diferenças não foram refletidas na aproximação a um grafo randômico; (2) diversas medidas de grafo podem predizer avaliações externas da complexidade do sonho, onde a conectividade aumenta e sua natureza randômica cai em relação à complexidade do relato; e (3) o Componente Maior Conectado (LCC) do grafo pode melhorar o ajuste de um modelo contendo o comprimento do relato como variável no discernimento da fase do sono e na predição da complexidade do sonho. Esses resultados sugerem que os relatos do REM possuem uma conectividade maior do que os relatos do N2 (i.e. as palavras recorrem com uma distância maior), o que, em nossa visão, está relacionado a diferenças subjacentes na complexidade dos sonhos. Esses achados também apontam para a análise de grafos como um método promissor no campo dos sonhos, devido à sua relação com a complexidade do sonho e ao seu potencial de atuar como uma medida complementar ao comprimento do relato. The extent to which Rapid Eye Movement Sleep (REM) mentation may differ to that of non-REM remains an important area of enquiry in dream research. Previous studies have found that dream reports collected after REM awakenings are, on average, longer, more vivid, bizarre, emotional and story-like compared to those collected after non-REM. Despite this, a comparison of the word-to-word structural organisation of dream reports is lacking, and traditional measures that distinguish REM and non-REM dreaming may be confounded by report length. The analysis of speech as directed word graphs can be suitably applied, as it provides a structural assessment of verbal reports, while controlling for differences in verbosity. In the present study, we aimed to investigate the differences in the connectedness of dream reports and their approximation to a random-like structure through applying speech graph analysis to 125 mentation reports obtained from 19 participants in controlled laboratory awakenings from REM and N2 sleep. We found that: (1) transformed graphs from REM possess a larger connectedness compared to those from N2; (2) measures of graph structure can predict ratings of dream complexity, where increases in connectedness and decreases in their random-like nature are observed in relation to increasing dream report complexity; and (3) the Largest Connected Component (LCC) can improve a model containing report length in predicting sleep stage and dream complexity. These results suggest that REM dream reports have a larger connectedness compared to N2 (i.e. words recur with a longer range), which we interpret to be related to underlying differences in dream complexity. They also point to speech graph analysis as a promising method for dream research, due to its relation to dream complexity and its potential to complement report length in dream analysis.

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Repositório Institucional da UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), instacron:UFRN
Accession number :
edsair.od......3056..6bfe1f2ca3c1760106dbaabec545ac27