Back to Search Start Over

ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL NO SISTEMA CARCERÁRIO: CORTE CONSTITUCIONAL E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA COVID-19

Authors :
Cabrera, Michelle Gironda
Felício, Edna Torres
Muraro, Mariel
Source :
Revista Opinião Jurídica (Fortaleza); v. 20, n. 35 (2022): Em aberto; 139-161, Revista Opinião Jurídica (Fortaleza), Centro Universitário Christus (Unichristus), instacron:UNICHRISTUS
Publication Year :
2022
Publisher :
Instituto para o Desenvolvimento da Educacao (Centro Universitário Christus - Unichristus), 2022.

Abstract

Objective: This paper aims to test the hypothesis of the constitutionality of the public policies implementation by the Federal Supreme Court to tackle Covid-19 in the Brazilian prison system supported by the unconstitutional state of affairs theory developed by the Constitutional Court of Colombia.Background: To this end, it addresses the serious political and legal issues of the prison system, which have been aggravated by the current pandemic moment.Method: The indicative paradigm was prioritized as the methodology of the present work, with the study of two paradigmatic cases analyzed under the theoretical frameworks necessary to apprehend concepts inherent to the theme.Results: As obtained, the research shows that the declaration by the Federal Supreme Court of the unconstitutional state of affairs in the Brazilian prison system innovates by opening possibilities for the Court to take on the role in the formulation, implementation and control of public policies. In cooperation with the other Powers (and eventually with private actors). With the aim of promoting material democracy. Despite the caution that must be taken in order to guarantee the soundness of the separation of Powers (an essential element of a democratic State). An analysis based on the principle of the unity of the Constitution (which must be interpreted as a system of interrelated norms) endorses the legitimacy of applying the theory of the unconstitutional state of affairs in cases where it is not possible to achieve the realization of fundamental rights. As is the case of the prison system.Conclusion: In this way, the intersections between constitutionalism and democracy are worked, as well as the role of the Powers in facing the health crisis from the theoretical analysis of these elements (bibliographic review); an analysis of the paradigmatic decisions (albeit in a preliminary order) of the Federal Supreme Court (ADPF 347 and ADPF 684), which embraces, for the first time in Brazil, the theory of the unconstitutional state of affairs; paradigm decisions are compared with the Covid-19 numbers provided by public entities. In the end, this work proves the constitutionality and the need to implement public policies to protect the rights of the vulnerable in the penal system. It is especially true in the context of the Covid-19 pandemic, and that the Constitutional Court's role in this mission does not corrupt the Separation of Powers, if the requirements of the unconstitutional state of affairs theory are met. Contextualización: El artículo se centra en los graves problemas político-legales del sistema penitenciario, agravados por el momento actual de la pandemia.Objetivo: Por tanto, pone a prueba la hipótesis de constitucionalidad de la implementación de políticas públicas por parte de la Corte Constitucional para enfrentar al Covid-19 en el sistema penitenciario brasileño, sustentada en la teoría del estado de cosas inconstitucional desarrollada por la Corte colombiana.Metodología: Se priorizó el paradigma evidencial como metodología de investigación, con el estudio de dos casos paradigmáticos analizados bajo marcos teóricos necesarios para la aprehensión de conceptos inherentes a la temática.Resultados: Como resultados obtenidos, la investigación mostró que la declaración por el Supremo Tribunal Federal del estado de cosas inconstitucional en el sistema penitenciario brasileño innova al abrir posibilidades para que el Tribunal asuma el papel en la formulación, implementación y control de las políticas públicas en cooperación con las otras Potencias (y eventualmente con actores privados), con el objetivo de promover la democracia material. A pesar del cuidado que debe tenerse para garantizar la solidez de la separación de Poderes (elemento esencial de un Estado democrático), un análisis basado en el principio de la unidad de la Constitución (que debe interpretarse como un sistema de normas que se interrelacionan) refrenda la legitimidad de aplicar la teoría del estado de cosas inconstitucional en los casos en que no es posible lograr la realización de los derechos fundamentales, como es el caso del sistema penitenciario.Conclusión: En el camino, se trabajan las intersecciones entre constitucionalismo y democracia y el papel de los poderes en el enfrentamiento de la crisis de salud a partir del análisis teórico de estos elementos; se realiza el análisis de sentencias paradigmáticas de la Suprema Corte Federal (ADPF 347 y ADPF 684), que aceptan, por primera vez en Brasil, la teoría del estado de cosas inconstitucional; Las decisiones se comparan con los números de Covid-19. Al final, el trabajo prueba la constitucionalidad y la necesidad de implementar políticas públicas para proteger los derechos de las personas vulnerables en el sistema penal, especialmente en el contexto de una pandemia, y que el papel de la Corte Constitucional en esta misión no corrompe. la Separación de Poderes, si cumpliera los requisitos de la teoría inconstitucional del estado de cosas. Contextualização: O artigo se debruça sobre as graves questões de ordem político-jurídica do sistema carcerário, agravadas pelo momento de pandemia.Objetivo: O artigo testa a hipótese da constitucionalidade da implementação de políticas públicas pela Corte Constitucional para o enfrentamento da Covid-19 no sistema carcerário brasileiro, amparado pela teoria do estado de coisas inconstitucional desenvolvida pela Corte colombiana.Método: Priorizou-se o paradigma indiciário como metodologia de pesquisa, com a análise de decisões paradigmáticas do Supremo Tribunal Federal (ADPF 347 e ADPF 684), que acolhem, pela primeira vez no Brasil, a teoria do estado de coisas inconstitucional, analisadas sob balizas teóricas necessárias à apreensão de conceitos inerentes ao tema.Resultados: Como resultados obtidos, a pesquisa trouxe que a declaração pelo Supremo Tribunal Federal do estado de coisas inconstitucional no sistema prisional brasileiro inova ao abrir possibilidades de que a Corte chame para si a atuação na formulação, na implementação e no controle de políticas públicas em cooperação com os demais Poderes (e eventualmente com atores privados), com o intuito de promover a democracia material. Apesar dos cuidados que devem ser tomados a fim de garantir a higidez da separação de Poderes (elemento essencial de um Estado democrático), uma análise pautada no princípio da unidade da Constituição (que deve ser interpretada como um sistema de normas que se interrelacionam) avaliza a legitimidade da aplicação da teoria do estado de coisas inconstitucional nos casos nos quais não se está conseguindo lograr a efetivação de direitos fundamentais, como é o caso do sistema carcerário.Conclusões: Ao final, o trabalho comprova a constitucionalidade e a necessidade de implementação de políticas públicas de proteção de direitos dos vulnerabilizados no sistema penal, em especial, no contexto de pandemia, além disso, comprova que a atuação da Corte Constitucional nessa missão não corrompe a Separação de Poderes, se cumpridos os requisitos da teoria do estado de coisas inconstitucional.

Details

Language :
Portuguese
ISSN :
24476641 and 18060420
Database :
OpenAIRE
Journal :
Revista Opinião Jurídica (Fortaleza); v. 20, n. 35 (2022): Em aberto; 139-161, Revista Opinião Jurídica (Fortaleza), Centro Universitário Christus (Unichristus), instacron:UNICHRISTUS
Accession number :
edsair.od......3056..7d417760e1f8c04589afc2d81a61a5e7
Full Text :
https://doi.org/10.12662/2447-6641oj.v20i35.2022