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Gravidez na paciente com doença falciforme: resultados maternos e perinatais

Authors :
Vanessa Maria Fenelon da Costa
Regina Amelia Lopes P de Aguiar
Mario Dias Correa Junior
Silvana Santos Assreuy
Antonio Carlos Vieira Cabral
Source :
Repositório Institucional da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instacron:UFMG
Publication Year :
2012
Publisher :
Universidade Federal de Minas Gerais, 2012.

Abstract

Mulheres gestantes com doença falciforme apresentam mais complicações obstétricas, hematológicas e neonatais do que as sem essa doença. Este estudo teve como objetivo comparar os resultados obstétricos, hematológicos e neonatais das pacientes com doença falciforme com um grupo sem a mesma, prospectivamente, no período de janeiro de 2009 a agosto de 2011. Tais pacientes foram acompanhadas simultaneamente por obstetras e hematologistas, seguindo o mesmo protocolo de atendimento. Foram estudadas 60 gestações de pacientes com a doença falciforme (30 HbSS e 30 HbSC) e comparadas com 192 gestações de pacientes sadias. Ao analisarmos os resultados, encontramos diferença significativa entre o grupo estudo e o controle, em relação à idade gestacional do parto (p =0,000; OR = 4,96); taxa de cesariana (p = 0,000; OR=5,00); trombose venosa profunda (p = 0,003); infecção urinária (p = 0,001; OR = 3,31); peso ao nascimento (0,000; HbSS = 2080 g; HbSC = 2737,5 g; controle = 3035g); pequeno para idade gestacional (p = 0,019; OR = 2,66); admissão na Unidade Neonatal de Cuidados Progressivos (0,000; OR = 4,89). Ocorreu uma tendência à significância estatística da taxa de óbito materno (p = 0,056). Ao analisarmos os subgrupos SS e SC,observamos que os achados acima eram mais frequentes nas pacientes com HbSS. A análise multivariada, para avaliar os fatores relacionados à prematuridade no grupo estudo, mostrou que as crises álgicas e o genótipo são fatores que contribuem para a prematuridade. Concluímos que as pacientes com doença falciforme apresentam mais complicações perinatais e maternas do que a população em geral,sendo que, no subgrupo de HbSS, essas complicações foram mais frequentes. O acompanhamento em conjunto com o serviço de hematologia pode melhorar esses resultados. Pregnant women with sickle cell disease (SCD) have more obstetric, perinatal, hematological complications them without SCD. This study aimed to compare the results of maternal and perinatal in patients with the SCD with a group without SCD, prospectively, from January 2009 to August 2011, which was accompanied by both obstetricians and hematologists using the same protocol of care. We studied 60 pregnancies (30 HbSS and 30 HbSC) compared with 192 pregnancies in patients without SCD. We found significant differences between the study group and control in relation to gestational age at delivery (p = 0.000; OR = 4,96), cesarean section rate (p = 0.000; OR = 5.00), deep vein thrombosis (p = 0.003), urinary infection (p = 0.001; OR = 3.31) birth weight (0.000, HbSS = 2080g; HbSC = 2737.5 g; control = 3035g), small for gestational age (p = 0.019; OR = 2.66), admission to the UNCP (0.000; OR = 4.89). There was a trend toward statistical significance rate of maternal death (p = 0.056). When analyzing subgroups SS and SC observed that the above findings were more frequent in patients with HbSS. Multivariate analysis to assess the factors related to prematurity in the study group showed that the painful crises and genotype are factors that contribute to prematurity. We conclude that SCD patients have more complications maternal and fetal that the general population, and the HbSS subgroup of these complications were more evident. The monitoring in conjunction with the hematology service can improve these results.

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Repositório Institucional da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instacron:UFMG
Accession number :
edsair.od......3056..b0ac25a5a40bbec2a77d97c7b565d0e8