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Sobre alguns limites da razão científica

Authors :
Berlinck, Manoel Tosta
Source :
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Ceará (UFC), instacron:UFC
Publication Year :
1978
Publisher :
www.rcs.ufc.br/edicoes, 1978.

Abstract

No momento em que o homem (re)descobre em si um ser afetuoso, emocional, começa a duvidar da eficácia e da universalidade do saber científico tal como ele é hoje conhecido no Ocidente porque, por mais que procure, não reconhece no interior dessa racionalidade um espaço para a expressão de seu afeto. Antes de mais nada, o conhecimento científico é aqui entendido como o que se caracteriza por ser ou pretender ser: 1) abstrato ou teórico e hipotético; 2) logicamente coerente; 3) axiologicamente neutro; 4) causal; e 5) experimental. A razão científica assim caracterizada constitui um lagos e propõe a possibilidade de apreensão cognitiva do mundo prescindindo do afeto o qual fica sem nenhuma função cognitiva. Mas, cogitar não caracteriza o ser humano que sente e por isso (também) é. Essa verdadeira "escisão" entre razão e afeto que caracteriza o racionalismo científico ocidental pode ser vista como parte da alienação humana e possui diversas implicações que precisam ser compreendidas para que nós, homens do Ocidente, tenhamos ideia mais clara do alcance e dos limites do conhecimento científico (Bedeschi, 1975). Nem sempre, entretanto, foi assim que o homem - mesmo o homem do Ocidente - pensou ainda que o esquecimento seja comum entre os homens...

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Ceará (UFC), instacron:UFC
Accession number :
edsair.od......3056..c91687b4df0b02d32a0d80a54b6456fd