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A memória na prisão: entre a massificação e a resistência
- Source :
- INTERthesis, Vol 13, Iss 1, Pp 1-20 (2016)
- Publication Year :
- 2016
- Publisher :
- Universidade Federal de Santa Catarina, 2016.
-
Abstract
- Este artigo tem como objetivo compreender como a instituição prisão consegue, por intermédio de suas dinâmicas, experiências e práticas disciplinares, funcionar de modo a provocar o nivelamento das diferenças subjetivas dos encarcerados pela assimilação das normas de convivência, em termos de submissão e obediência a cultura prisional. Como metodologia utilizada, realizou-se o levantamento bibliográfico de obras que auxiliassem na construção desta discussão, onde autores como Foucault, Goffman, Thompson e Althusser direcionaram o referido trabalho. O fenômeno da massificação subjetiva se faz presente na medida em que a instituição atua no sentido de tentar produzir semelhantes experiências nos encarcerados, transformando-as em vestígios de memórias e lembranças. Desse modo, a prisão, como qualquer outro lugar de memória, conduz seus encarcerados de acordo com um conjunto de determinações estabelecidas para a transmissão da disciplina e controle. Porém, o ambiente prisional que atua na busca da padronização subjetiva está fundamentado em contradições e de correlações de forças que dão espaço a resistência. Configurando, assim, não apenas a preservação da memória do espaço instituído, como também a produção de arranjos, ou melhor, uma modalidade de memória em termos de possíveis dobras que se impõe ao poder desta instituição.
Details
- Language :
- English, Spanish; Castilian, Portuguese
- ISSN :
- 18071384
- Volume :
- 13
- Issue :
- 1
- Database :
- Directory of Open Access Journals
- Journal :
- INTERthesis
- Publication Type :
- Academic Journal
- Accession number :
- edsdoj.198c1399a54b4098b8fa3f0192e07aaf
- Document Type :
- article
- Full Text :
- https://doi.org/10.5007/1807-1384.2016v13n1p1