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A memória na prisão: entre a massificação e a resistência

Authors :
José Mauro Oliveira Braz
Fernanda Santos Curcio
Francisco Ramos de Farias
Source :
INTERthesis, Vol 13, Iss 1, Pp 1-20 (2016)
Publication Year :
2016
Publisher :
Universidade Federal de Santa Catarina, 2016.

Abstract

Este artigo tem como objetivo compreender como a instituição prisão consegue, por intermédio de suas dinâmicas, experiências e práticas disciplinares, funcionar de modo a provocar o nivelamento das diferenças subjetivas dos encarcerados pela assimilação das normas de convivência, em termos de submissão e obediência a cultura prisional. Como metodologia utilizada, realizou-se o levantamento bibliográfico de obras que auxiliassem na construção desta discussão, onde autores como Foucault, Goffman, Thompson e Althusser direcionaram o referido trabalho. O fenômeno da massificação subjetiva se faz presente na medida em que a instituição atua no sentido de tentar produzir semelhantes experiências nos encarcerados, transformando-as em vestígios de memórias e lembranças. Desse modo, a prisão, como qualquer outro lugar de memória, conduz seus encarcerados de acordo com um conjunto de determinações estabelecidas para a transmissão da disciplina e controle. Porém, o ambiente prisional que atua na busca da padronização subjetiva está fundamentado em contradições e de correlações de forças que dão espaço a resistência. Configurando, assim, não apenas a preservação da memória do espaço instituído, como também a produção de arranjos, ou melhor, uma modalidade de memória em termos de possíveis dobras que se impõe ao poder desta instituição.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
18071384
Volume :
13
Issue :
1
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
INTERthesis
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.198c1399a54b4098b8fa3f0192e07aaf
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2016v13n1p1