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ID256 Análise de desempenho do emicizumabe no tratamento da hemofilia a no brasil: resultados do primeiro ano de acompanhamento do registro brasileiro de emicizumabe (Projeto EMCase)

Authors :
Juliana Alvares-Teodoro
Ricardo Mesquita Camelo
Augusto Afonso Guerra Júnior
Bárbara Rodrigues Alvernaz dos Santos
Roberto Lúcio Muniz Júnior
Maiara Silva Araújo
Mariana Michel Barbosa
Luila Clicia Moura Henriques
Melissa Palis Santana
Ana Maria Vanderlei
Íris Maciel Costa
Neuza Cavalcanti de Morais Costa
Tânia Maria Rocha Guimarães
Paula Cella Giacometto
José Sávio Santos Ferreira Filho
Luany Elvira Mesquita Carvalho
Tatyane Oliveira Rebouças
Alexandra Vilela Gonçalves
Clarissa Barros Ferreira
Adriana Celia Luz
Francine Campoy
Sandra Sibele de Figueiredo
Edilma Silva Casaretto
Melina Belintani Swain
Rafael Lucas de Assis Ferreira
Andrea Aparecida Garcia Guimarães
Bárbara Cabrera
Francisco de Assis Acurcio
Source :
Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 9, Iss s. 1 (2024)
Publication Year :
2024
Publisher :
Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, 2024.

Abstract

Introdução O emicizumabe é um anticorpo biespecífico recomendado para profilaxia contra sangramentos em pessoas com hemofilia A sem (PcHA) ou com inibidores (PcHAi). No Brasil, o emicizumabe foi incorporado pela CONITEC em 2019 para profilaxia de PcHAi que falharam à terapia de imunotolerância. A incorporação, no entanto, envolveu algumas incertezas, tendo em vista que o ensaio pivoral do medicamento não apresentava comparador ativo e o tempo de acompanhamento foi restrito. A avaliação de desempenho de tecnologias em saúde é uma importante ferramenta para a análise pós-incorporações, em especial para avaliar se os resultados de eficácia, provenientens dos estudos pivotais, se traduzem em efetividade, em cenário de mundo real. Objetivo: Avaliar o desempenho do emicizumabe, considerando como desfecho a taxa anualizada de sangramentos tratados (TAS) um ano antes e durante o primeiro ano de profilaxia com emicizumabe, para PcHAi que falharam a imunotolerância, conforme estabelecido pelo Protocolo Clínico do Ministério da Saúde. Métodos O Registro Brasileiro de Emicizumabe (Projeto EmCase) é uma coorte retrospectiva e prospectiva, que acompanha PcHAi desde o início do uso do medicamento, além de avaliar os dados clínicos de 12 meses anteriores ao uso de emicizumabe. Participam do estudo, até o momento, 63 PcHA de 19 Centros de Tratamento de Hemofilia (CTH) de todo o Brasil. Dados clínicos do tratamento anterior (12 meses) e durante (12 meses) a profilaxia com emicizumabe foram coletados. Avaliaram-se as TAS para sangramento total e espontâneo. Também foi avaliada a frequência de PcHAi com sangramento zero. Resultados No momento da escrita deste resumo, 32 PcHAi registradas em 11 CTH tinham pelo menos 1 ano de profilaxia com emicizumabe. Desse total, 22/32 (69%) tinham hemofilia A grave. Antes de iniciar o emicizumabe, 27/32 (85%) PcHAi estavam em profilaxia, 5/32 (15%) recebiam exclusivamente tratamento episódico e todos recebiam agentes de bypass. A idade mediana no início do emicizumabe foi 10 anos (intervalo 1-71). O ataque de emicizumabe prescrito foi 3 mg/kg/semana ao longo de 4 semanas. O esquema de manutenção mais prescrito foi 1,5 mg/kg/semana (18/32; 56%). A duração mediana da profilaxia com emicizumabe foi 651 dias (intervalo 627- 686). Entre as PcHAi tratadas com profilaxia com agente de bypass antes de iniciar emicizumabe (n = 27), as medianas (intervalos interquartis; intervalo) da TAS-total reduziram de 3 (0,3-4; 0-16) para 0 (0-0; 0-2) e da TAS- espontânea reduziram de 0 (0-1; 0-10) para 0 (0-0; 0-1), entre o período pré-emicizumabe e o primeiro ano de uso de emicizumabe, respectivamente. O número de PcHA com zero sangramento aumentou de 7/26 (27%) para 21/26 (81%), respectivamente. Entre as PcHAi tratadas exclusivamente sob demanda e antes de iniciar emicizumabe (n = 5), as medianas (intervalos interquartis; intervalo) da TAS-total reduziram de 2 (1-12; 0-12) para 0 (0- 0; 0-1) e da TAS-espontânea reduziram de 1 (0-0; 0-12) para 0 (0-0; 0-0), entre o período pré-emicizumabe e no primeiro ano de uso de emicizumabe, respectivamente. O número de PcHA com zero após uso profilático de emicizumabe foi de 4/5 (80%). Nenhuma das PcHAi que utilizaram by pass sob demanda não apresentaram número de sangramentos zero. Não foram relatados eventos adversos ao emicizumabe no primeiro ano de acompanhamento. Discussão e conclusões TAS-total e TAS-espontânea foram reduzidas e o número de PcHAi com sangramentos zero aumentou durante a profilaxia com emicizumabe, em comparação com a profilaxia anterior, entre PcHAi. A avaliação de desempenho do emicizumabe tem mostrado bons resultados entre PcHAi. Houve, em 2023, a ampliação do grupo elegível para uso do medicamento e, com isso, faz-se neessária a continuidade do estudo, para a avaliação do uso em cenário de mundo real.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
25257323 and 25255010
Volume :
9
Issue :
s. 1
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.2db4aa092c1d43eba146963e0cd69ae9
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2024.v9.s1.p.195